Prevalência e Diagnóstico de Carcinoma Hepatocelular Incidental em Pacientes Cirróticos Submetidos a Transplante Hepático no Hospital Santa Isabel de Blumenau (SC)
Palavras-chave:
Carcinoma Hepatocelular, Transplante de Fígado, Doença Hepática Terminal, Neoplasias HepáticasResumo
Objetivos: Quantificar a frequência do carcinoma hepatocelular incidental (CHCi) e avaliar os motivos para transplante de fígado na população estudada e a acurácia dos exames de imagem no diagnóstico de carcinoma hepatocelular (CHC) em centro de referência de transplantes hepáticos. Métodos: Estudo seccional retrospectivo realizado com base em 426 prontuários de pacientes que foram submetidos a transplante de fígado no Hospital Santa Isabel de Blumenau (SC), entre janeiro de 2016 e dezembro de 2019. Foram avaliados os laudos dos exames anatomopatológicos dos fígados explantados, a evolução dos pacientes e os laudos dos exames de imagem feitos até seis meses antes do transplante. Excluíram-se os pacientes com menos de 18 anos, história de retransplante, insuficiência hepática fulminante, doença hepática metabólica, hepatite autoimune e outras etiologias de insuficiência hepática com menor risco de desenvolvimento de CHC. Resultados: Dos 426 pacientes transplantados, 89 foram excluídos. Entre os incluídos, 190 (56,38%) foram transplantados por cirrose sem CHC previamente diagnosticado e 147 (43,62%) por CHC previamente diagnosticado. A frequência de CHCi foi de 7,89% (15/190). O vírus da hepatite C foi mais frequente entre os pacientes com CHC previamente diagnosticado do que entre aqueles com CHCi (p=0,033). A ressonância magnética foi o exame mais sensível e menos específico (S=100%; E=75,76%). A tomografia computadorizada apresentou alta sensibilidade e especificidade (S=93,75%; E=90%), enquanto a ultrassonografia, baixa sensibilidade e alta especificidade (S=56,76%; E=97,86%). Conclusão: Este estudo encontrou dados semelhantes aos da literatura internacional quanto à frequência de CHCi. Ultrassonografia foi o exame menos sensível, enquanto a tomografia computadorizada e a ressonância magnética apresentaram sensibilidade mais elevada do que a vista na literatura. A ressonância magnética demonstrou especificidade menor que a da maioria das referências analisadas.
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