ADENOCARCINOMA DE OVÁRIO EM PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE TRANSPLANTE HEPÁTICO: RELATO DE CASO

Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin; Elaine Cristina de Ataide; Luiz Otavio Zanata Sarian; Larissa Bastos Eloy da Costa; Liliana Aparecida Lucci de Angelo  Andrade; Derli Conceição Munhoz

doi:10.53855/bjt.v24i3.421

Autores

Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin Cirurgia Hepática e Transplante de Órgãos Sólidos / Unidade de Transplante Hepático HC/Unicamp, Campinas/SP
Elaine Cristina de Ataide Cirurgia Hepática e Transplante de Órgãos Sólidos / Unidade de Transplante Hepático HC/Unicamp, Campinas/SP – Brasil.
Luiz Otavio Zanata Sarian Tocoginecologia CAISM / Unicamp, Campinas/SP– Brasil.
Larissa Bastos Eloy da Costa Anatomia Patológica do HC/Unicamp, Campinas/SP– Brasil.
Liliana Aparecida Lucci de Angelo Andrade Anatomia Patológica do HC/Unicamp, Campinas/SP– Brasil.
Derli Conceição Munhoz Departamento de Anestesia - Hospital das Clínicas - Unicamp, Campinas/SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v24i3.421

Palavras-chave:

Histerectomia, Transplante de Fígado, Neoplasias Ovarianas

Resumo

É sabido que pacientes transplantados apresentam maior risco de desenvolver neoplasia maligna. Esse fato deve-se, principalmente ao uso de imunossupressores. Relatamos o caso de NAF, 38 anos, submetida a transplante ortotópico de fígado em fevereiro de 1998 devido à cirrose hepática por vírus da hepatite C. Após nove anos do transplante, a paciente evoluiu com quadro de constipação intestinal, dor abdominal e perda de peso. A investigação mostrou lesão expansiva pélvica medindo 12,5x 9,0x 8,3 cm em contato com parede uterina. Optado por laparotomia exploradora, sendo evidenciado tumor de ovário, cuja biópsia de congelação mostrou neoplasia maligna indiferenciada. Realizada pan-histerectomia e ooforectomia esquerda. O anatomo-patológico mostrou adenocarcinoma de ovário de células claras, estádio IA. Paciente em seguimento durante 3 anos e meio, sem evidências de recidiva, com marcadores tumorais dentro da normalidade. O desenvolvimento de neoplasias pós-transplante é uma frequente complicação, e é uma das principais causas de morte tardia nesses pacientes. Evitar o excesso de imunossupressão é a principal recomendação.