INCIDÊNCIA DE DOENÇA POR CITOMEGALOVIRUS EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL RECEBENDO EVEROLIMUS E DOSE REDUZIDA DE TACROLIMUS: ANÁLISE DE UMA COORTE RETROSPECTIVA

Autores

  • Juliana Bastos Departamento de Transplantes da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora - Juiz de Fora/MG – Brasil.
  • Vinícius Sardão Colares Departamento de Transplantes da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora - Juiz de Fora/MG – Brasil.
  • Alexandre Arantes Pires Departamento de Transplantes da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora - Juiz de Fora/MG – Brasil.
  • Camila Marinho Assunção Departamento de Transplantes da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora - Juiz de Fora/MG – Brasil.
  • Glaucio Souza Departamento de Transplantes da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora - Juiz de Fora/MG – Brasil.
  • Marcio de Sousa Departamento de Transplantes da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora - Juiz de Fora/MG – Brasil.
  • Gustavo Fernandes Ferreira Departamento de Transplantes da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora - Juiz de Fora/MG – Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v24i3.419

Palavras-chave:

Citomegalovírus, Transplante Renal, Inibidores da mTOR

Resumo

Introdução: Citomegalovírus (CMV) é a infecção viral mais comum após o transplante renal. CMV. Geralmente apresenta- se nos primeiros meses após o transplante. O uso de terapia profilática com antivirais resultou em queda da incidência, porém, CMV ainda permanece como uma comorbidade importante, associada com rejeição e perda do enxerto, mortalidade, fibrose intersticial e atrofia tubular (IF/TA) em biópsias protocolares e aumento de custo. Objetivo: Determinar a incidência de doença pelo citomegalovírus em receptores de transplante renal recebendo Everolimus e dose reduzida de Tacrolimus. Materiais e Métodos: Foi realizada análise retrospectiva envolvendo pacientes de baixo risco imunológico que receberam transplante renal na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, entre Janeiro de 2013 e Fevereiro de 2017. O primeiro grupo recebeu indução com Basiliximab e terapia de manutenção pós-operatória com Tacrolimus, Ácido micofenólico e Prednisona (BAS/MPS) e o segundo grupo foi induzido com Globulina anti-linfócito (2,25mg/Kg) e regime de manutenção com Tacrolimus em baixa dose (2mg/10Kg/dia), Everolimus e Prednisona (r-ATG/EVR). Nenhum paciente realizou terapia preemptiva ou profilaxia contra CMV. Resultados: Pacientes que receberam EVR apresentaram menor incidência comparados aos que receberam MPS (4.2% x 17.5%, p=0.005). Houve importante diferença no tempo de hospitalização para tratamento de CMV; aqueles recebendo MPS permaneceram internados cerca de 20 dias mais do que o grupo EVR (p=0.005). Não foram observadas diferenças na incidência de rejeição, função retardada do enxerto ou sobrevida do enxerto. Conclusão: Resultados deste trabalho conduzido em receptores de transplante renal de baixo risco imunológico que não receberam profilaxia contra CMV demonstram que EVR está associado à menor incidência de doença por CMV, quando comparado à MPS. Esses dados sugerem que receptores de transplante renal recebendo EVR podem não usar profilaxia contra CMV.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2021-10-18 — Atualizado em 2021-10-20

Versões

Como Citar

Bastos, J., Colares, V. S., Pires, A. A., Assunção, C. M., Souza, G., Sousa, M. de, & Ferreira, G. F. (2021). INCIDÊNCIA DE DOENÇA POR CITOMEGALOVIRUS EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL RECEBENDO EVEROLIMUS E DOSE REDUZIDA DE TACROLIMUS: ANÁLISE DE UMA COORTE RETROSPECTIVA. Brazilian Journal of Transplantation, 24(3), 25–33. https://doi.org/10.53855/bjt.v24i3.419 (Original work published 18º de outubro de 2021)

Edição

Seção

Artigo Original