GRAVIDEZ PÓS-TRANSPLANTE RENAL: ANÁLISE CRÍTICA DOS ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v8i2.403Palavras-chave:
Gravidez, Transplante Renal, Fisiopatologia, Enxerto, Insuficiência renal terminalResumo
A maioria dos dados relatados sobre gravidez em receptores de órgãos sólidos refere-se a transplantadas renais. Este fato está associado à reabilitação e à melhoria da fertilidade em praticamente todas as pacientes, por meio do restabelecimento da função endócrina e menstrual que, em geral, ocorre entre um e 30 meses após o transplante. A incidência de rejeição em transplantados renais durante a gravidez é de 9%, dado este estatisticamente não significante em relação à população de receptoras não-grávidas. Os episódios de rejeição, quando presentes, influenciam seriamente o resultado da gestação, devido ao comprometimento da função renal. Nas receptoras de transplante renal, o índice de prematuridade oscila entre 45 e 65%, independente do esquema imunossupressor adotado ou do intervalo de tempo entre o transplante e a gestação. Dados do National Transplantation Pregnancy Registry (N.T.P.R), a partir de um estudo de caso - controle de gravidez após transplante renal, não revelou qualquer influência estatisticamente significativa a respeito da gestação sobre a função do enxerto. Concluindo, o transplante renal reabilita a paciente portadora de insuficiência renal crônica terminal para a gestação. Por outro lado, a gestação não representa fator limitante para a manutenção da função do enxerto no pós-transplante renal.