PERFIL DOS CANDIDATOS À LISTA DE TRANSPLANTE RENAL COM DOADOR FALECIDO EM UM CENTRO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v8i3.388Palavras-chave:
Diálise, Insuficiência Renal Crônica, Lista de Espera, Transplante RenalResumo
Introdução: A literatura não oferece consenso quanto às indicações e contra-indicações para inclusão em lista para transplante renal com doador falecido nos centros de terapia renal substitutiva. Objetivos: avaliar o perfil demográfico, as razões das indicações ou não para inclusão em lista de transplante renal doador falecido e a enfermidade primária dos pacientes em terapia renal substitutiva desse centro. Métodos: Foi analisado o banco de dados de pacientes em terapia renal substitutiva quanto aos dados demográficos, às enfermidades primárias e às indicações e contra-indicações para inclusão em lista de transplante renal doador falecido. Foram divididos em três grupos: G1 (aptos ao transplante), G2 (não aptos) e G3 (avaliação). Resultados: de 408 pacientes, 127 estavam no G1, eram 54% masculinos, idade média 43 anos (15-65), 41% tinham glomerulonefrite crônica, 12% nefroesclerose hipertensiva, 10% nefrite túbulo intersticial crônica,
6% diabetes melitus e 6% nefropatia de refluxo. No G2 havia 166 pacientes, 46% masculinos, idade média 62 anos (25-88), 30% tinham diabetes melitus, 15% glomerulonefrite crônica e 14% nefroesclerose hipertensiva, 11% doença ateroembólica. No G3 havia 115 pacientes, 62% masculinos, idade média 49 anos (16-65), 42% com diabetes melitus, 15% glomerulonefrite crônica, 8% nefrite túbulo intersticial crônica, 4% doença ateroembólica e 48% necessitavam de avaliação cardiológica. As principais razões para exclusão no G2 foram: idade superior a 65 anos e recusa ao Transplante. Conclusões: um percentual esperado de pacientes desse centro encontrava-se apto à inclusão em lista de transplante renal doador falecido (31%) e as maiores contra-indicações foram idade avançada e recusa.