EFEITOS DOS FILTROS HIGROSCÓPICO E HIDROFÓBICO NO CLEARANCE DO MUCO E BARREIRA DE BACTÉRIAS EM PACIENTES COM DOENÇA HEPÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v8i3.387Palavras-chave:
Muco Brônquico, Regenerador de Calor e Umidade, Pneumonia Nosocomial, Ventilação Mecânica, Transporte CiliarResumo
Objetivo: Comparar os efeitos dos filtros hidrofóbico e higroscópico nas propriedades físicas e transportabilidade do muco e na incidência de infecção pulmonar. Casuística e Método: Foram estudados 35 pacientes com doença hepática, internados na UTI de Transplante de Fígado e submetidos à ventilação mecânica por mais de 24 horas. Os pacientes foram randomizados em dois grupos, imediatamente após a intubação. Grupo 1 (n = 19) usou o filtro hidrofóbico - BB100-(PALL) e grupo 2 (n = 16) usou o filtro higroscópico – Humid-Vent Filter® (GIBEC). A média de idade dos grupos hidrofóbico e higroscópico era 52,4 13,0 e 45,5 16,4 anos, respectivamente. Resultados: Os pacientes eram semelhantes em relação à fração inspirada de oxigênio, à pressão parcial de oxigênio / fração inspirada oxigênio, ao volume minuto, ao balanço hídrico nas últimas 24 horas e ao valor de sódio e bilirrubina. A transportabilidade do muco foi avaliada através do transporte ciliar e da tosse. A adesão foi medida pelo ângulo do contato. A análise do filtro como barreira de bactéria foi avaliada por cultura da secreção traqueal. Os grupos tiveram resultados similares em relação à adesão, ao transporte ciliar, à freqüência da contaminação do circuito e à infecção pulmonar. Conclusão: As propriedades físicas do muco ficaram inalteradas com o uso dos dois filtros. No entanto, o transporte através da tosse foi melhor no grupo higroscópico. Ambos os filtros podem ser considerados como barreira de bactérias e podem reduzir a ocorrência de pneumonia relacionada ao ventilador.