TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA NO NORDESTE BRASILEIRO: RESULTADOS DOS 100 PRIMEIROS TRANSPLANTES NA BAHIA
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v8i4.379Palavras-chave:
Transplante de Medula Óssea, Imunologia, Rejeição de EnxertoResumo
Objetivo: Este relato apresenta a evolução dos 100 primeiros pacientes transplantados na Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital Português, no período de fevereiro de 2000 a novembro de 2005. Por ser pioneira na Bahia, e uma das únicas referências para este procedimento nas regiões norte e nordeste, fica determinada a importância e peculiaridade do trabalho desta unidade. Métodos: Foram avaliados 48 transplantes alogênicos convencionais, cinco alogênicos não mieloablativos (mini-alo) e 47 autólogos. A idade mediana foi de 31 anos, havendo um predomínio do sexo masculino (59%) sobre o feminino (41%). As indicações foram: leucemia mielóide crônica (20), anemia aplástica grave (11), leucemia mielóide aguda (07), síndrome mielodisplásica (06), leucemia linfoblástica aguda (04), linfoma não Hodgkin (12), doença de Hodgkin (13), mieloma múltiplo (21) e doença auto-imune (06). Resultados: A sobrevida global em cinco anos foi de 52%, sendo 60% para TMO autólogo, 47% para TMO alogênico convencional e 40% para mini-alo. Observamos uma mortalidade nos 100 primeiros dias de 31%, sendo 17% para TMO autólogo, 46% para TMO alogênico convencional e 20% para mini-alo. Conclusão: Os dados demonstram que, apesar de todas as dificuldades impostas pela situação sócio-econômica e cultural desta região, o TMO é um procedimento factível e apresenta resultados satisfatórios, que não divergem de outros grandes centros transplantadores do país e do mundo.