TRAUMA E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTE
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v9i3.365Palavras-chave:
Transplante, Traumatismo, Morte Encefálica, EnfermagemResumo
Atualmente, trauma representa uma das grandes causas de morte. Algumas vítimas de trauma podem evoluir para morte encefálica, podendo ser viabilizadas como doadoras de órgãos e tecidos. Objetivos: Conhecer os diferentes tipos de trauma que resultaram em morte encefálica; caracterizar potenciais doadores segundo a faixa etária, sexo e raça; quantificar os potenciais doadores que efetivaram ou não a doação de órgãos e tecidos, especificando os motivos da não-doação; conhecer quais os órgãos e tecidos utilizados para transplante. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo, utilizando dados coletados dos prontuários da Organização de Procura de Órgãos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Resultados: Foram analisados os dados de 198 prontuários de potenciais doadores, durante o período de janeiro de 2004 a dezembro de 2005. Os dados mostraram que dos potenciais doadores vítimas de trauma, 78,79% eram do sexo masculino, 67,17% eram da raça branca e a faixa etária predominante foi de 0 a 25 anos com 47,48%. Dentre os diferentes tipos de trauma, o acidente de trânsito representou 44,45%. Dos potenciais doadores, 72,73% não efetivaram a doação e, dos motivos de não-doação, a recusa familiar representou 45,83% e parada cardíaca, 41,67%. Dos doadores, os órgãos mais utilizados foram os rins com 98,14%. Conclusão: Os resultados mostraram que a não efetivação da doação se deu principalmente por recusa familiar e por parada cardíaca. Fica evidente que o tema merece atenção da sociedade, do governo e dos profissionais da saúde.