RELATO DE CASO DE NOCARDIOSE EM TRANSPLANTE RENAL RECENTE
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v9i2.364Palavras-chave:
Transplante de Rim, Complicação, Infecção, Nocardiose, Imunosupressão, TracolimoResumo
Introdução: Paciente de 47 anos, branca, mantida em terapia renal substitutiva de 1999 até 2002, quando recebeu transplante renal de doador cadáver. A terapia imunossupressora inicial constava de tacrolimus, prednisona e micofenolato mofetil (MMF). No momento da internação, as doses utilizadas eram respectivamente: 5mg 12/12h de tracolimus, 1000mg 12/12h de MMF, 10mg/dia de prednisona e 40mg/dia de furosemida. Após oito semanas, a paciente procurou o hospital e foi internada com quadro de febre (37,9ºC), tosse, mal- estar e vômitos. Foi solicitado RX de tórax, que revelou uma massa no lobo superior esquerdo, inicialmente tratado com levofloxacin associado a ceftriaxone. Houve melhora parcial do quadro de tosse, com remissão total da febre. A paciente recebeu alta após três semanas de tratamento em boas condições, com todas as culturas negativas. Passados dez dias, a paciente retornou ao hospital com os mesmos sintomas anteriores, tendo sido encontrada coleção purulenta subcutânea na perna esquerda, que foi drenada, e o material coletado foi enviado para exame. Foi evidenciado um microorganismo filamentoso identificado como Nocardia sp, posteriormente especificado como Nocardia asteroides. Foi iniciado tratamento com sulfametoxazol-trimetroprin 800mg 12/12h, e após cinco dias, a paciente já se mostrava afebril e o tratamento foi mantido por seis meses.