FATORES ASSOCIADOS À MORTALIDADE PRECOCE EM LISTA DE ESPERA DE TRANSPLANTE HEPÁTICO EM PACIENTES COM PONTUAÇÃO MELD BAIXA
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v9i2.359Palavras-chave:
Transplante de Fígado, Listas de Espera, Alocação de Recursos/Métodos, Hiponatremia, AsciteResumo
Introdução: O número de óbitos em lista de espera de transplante hepático é bastante elevado. No Brasil, foram realizados apenas 5,63 transplantes hepáticos/milhão de habitantes em 2005. Com a recente implantação no Brasil do critério de gravidade através do MELD, espera-se que haja redução da mortalidade em fila de espera. Objetivo: Analisar a relação entre os valores do MELD e a presença de hiponatremia ou ascite refratária no momento da inclusão em lista, dos pacientes que apresentaram óbito precoce em lista de espera para transplante hepático. Método: Análise de 46 prontuários de pacientes que faleceram em até seis meses em lista de espera para transplante hepático. Foram estudados idade, sexo, classificação MELD no momento da inclusão em lista, sódio sérico, presença de ascite refratária e tempo em lista até o óbito. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo A com pacientes com MELD inicial ³ 16 e grupo B com MELD inicial < 16. Os dois grupos foram comparados quanto a presença de ascite e/ou hiponatremia. Resultados: Tempo médio de três meses até o óbito. O total de pacientes nos grupos A e B foi respectivamente de 31 e 15. No grupo B, 93% dos pacientes apresentavam hiponatremia e/ou ascite. Não houve diferença estatística quanto a presença de hiponatremia e/ou ascite refratária entre grupos. Conclusão: A maioria dos pacientes com MELD <16 que evoluíram para óbito precoce em lista apresentou hiponatremia e/ou ascite refratária.