ESTUDO MORFOMÉTRICO COMPARANDO DUAS ALTERNATIVAS DE RECONSTRUÇÃO DA VIA DE EFLUXO VENOSO DO ENXERTO NO MÉTODO PIGGYBACK DE TRANSPLANTE DE FÍGADO
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v10i1.325Palavras-chave:
Transplante de Fígado, Anatomia, Veias Hepáticas, Circulação Hepática, Estudo Comparativo, CadáverResumo
Introdução: A freqüência de complicações do efluxo venoso no transplante de fígado piggyback (Tx) está relacionada com o tipo de reconstrução empregado. Há uma baixa incidência quando são utilizadas as três veias hepáticas (DME) do receptor. No entanto, nessa modalidade, existe redução na eficiência do retorno venoso na fase anepática do Tx. A utilização do óstio das veias hepáticas direita e média (DM) propicia menor constrição da veia cava inferior (VCI). Entretanto, esse benefício só se justifica se a via de efluxo venoso obtida não apresentar restrições anatômicas. Objetivo: Comparar a congruência do perímetro da VCI com o das bocas anastomóticas e dos óstios de drenagem na VCI, obtidos nas modalidades DM e DME. Método: Realizou-se estudo prospectivo morfométrico em 16 cadáveres frescos, aferindo-se o perímetro da VCI (PVCI) e, nas reconstruções DM e DME, o perímetro das bocas anastomóticas (PDM e PDME) e dos óstios de desembocadura na VCI (PoDM e PoDME). A análise estatística foi realizada por meio de análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas. Resultado: Os valores de PDME (137,2 + 24,3 mm; p<0,001), PDM (123,2 + 20,1 mm; p=0,003) e PoDM (116,6 + 17,5 mm; p=0,027) foram significantemente maiores do que PVCI (107,9 ± 18,8 mm). PDME foi significantemente maior que PDM (p=0,004) e PoDM (p=0,001). Conclusão: A modalidade DM apresenta perímetro maior que o da VCI tanto no sítio de anastomose quanto no óstio de desembocadura na VCI. Em comparação com DME, a modalidade DM apresenta perímetro mais congruente com o da VCI.