TRANSPLANTE DE RIM E PÂNCREAS - ANÁLISE DE 55 CASOS DE AGOSTO DE 1987 A JANEIRO DE 2005
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v7i4.318Palavras-chave:
Transplante de pâncreas, Transplante de Órgãos, Diabetes MelitusResumo
Os transplantes de pâncreas e de ilhotas pancreáticas são os únicos métodos terapêuticos capazes de restaurar o estado euglicêmico em pacientes com diabete tipo 1. O transplante pancreático apresentou avanços importantes nos últimos anos; continua, contudo, sendo procedimento cirúrgico complexo, associado a morbimortalidade não desprezível. Objetivo: Relatar a experiência pioneira de nosso serviço com o transplante simultâneo de rim e pâncreas, enfocando os resultados dos últimos 18 anos. Métodos: De agosto de 1987 a janeiro de 2005 foram realizados 53 transplantes simultâneos de pâncreas e rim e 2 de pâncreas após rim. Na primeira fase (1987 a 1998) foram realizados 9 transplantes simultâneos de rim e pâncreas e 1 transplante após rim; na segunda fase (2000-2005) foram realizados 44 transplantes simultâneos de pâncreas e rim e 1 transplante após rim. Resultados: A idade média dos pacientes foi 31,8 anos; 70,9% estavam em hemodiálise e 20% em diálise peritonial. A sobrevida atuarial em 2 anos de pacientes e enxertos, renal e pancreático, na segunda fase foram, respectivamente, 81%, 77% e 71%. A análise estatística comparativa mostrou uma melhora na sobrevida do enxerto renal na segunda fase (log-rank=0,03). Conclusão: As mais acuradas avaliações e seleções pré-operatórias dos pacientes, associadas às melhorias na abordagem cirúrgica e aos protocolos de imunossupressão permitiram o alcance de melhores resultados em termos de qualidade de vida e sobrevida para os pacientes diabéticos com insuficiência renal em fase terminal.