INFECÇÕES HOSPITALARES BACTERIANAS EM UNIDADE DE TRANSPLANTE HEPÁTICO

Autores

  • Júlio Cezar Uili Coelho Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo e Unidade de Transplante Hepático do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná – Curitiba/PR – Brasil.
  • Mônica Beatriz Parolin Unidade de Transplante Hepático - – Curitiba/PR – Brasil.
  • Jorge Eduardo Fouto Matias Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo e Unidade de Transplante Hepático – Curitiba/PR – Brasil.
  • Alexandre Coutinho Teixeira de Freitas Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo e Unidade de Transplante Hepático – Curitiba/PR – Brasil.
  • André Ricardo Dall’Oglio Tolazzi Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo – Curitiba/PR – Brasil.
  • Marta Francisca de Fátima Fragoso Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – Curitiba/PR – Brasil.
  • Maria Edutânia Skroski Castro Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – Curitiba/PR – Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v7i4.316

Palavras-chave:

Infecção Hospitalar, Bactéria, Pneumonia, Transplante Hepático, Hepatopatia

Resumo

Objetivo: A incidência de infecção após transplante hepático permanece elevada, sendo maior se comparada aos transplantes de outros órgãos sólidos. Este estudo tem por objetivo apresentar a incidência, distribuição topográfica e os microorganismos mais freqüentemente encontrados nas infecções hospitalares em uma unidade de transplante hepático de um Hospital Universitário. Métodos: os prontuários de 1963 pacientes admitidos para transplante hepático ou por complicações pré ou pós-transplante foram avaliados prospectivamente, utilizando os critérios diagnósticos de infecções nosocomiais instituídos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Durante o período de estudo foram realizados 175 transplantes hepáticos, sendo 148 com enxerto cadavérico e 27 transplantes intervivos. Resultados: infecções hospitalares foram diagnosticadas em 79 pacientes, representando 5,5% do total das internações. A infecção de sítio cirúrgico apresentou-se com maior incidência (27,7% ou 30 casos), seguida pela pneumonia (20,3%), infecções do aparelho digestivo (15,7%) e relacionadas à corrente sangüínea (12%). Dos microorganismos isolados nas 79 culturas positivas, os mais freqüentes foram: Staphylococcus sp (40,5%), Enterococcus faecalis (13,9%), Klebsiella pneumoneae e Escherichia coli (7,6% cada). Das infecções causadas por bactérias multirresistentes (43% do total), Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) foi o mais prevalente (22 infecções). A mortalidade global relacionada às infecções hospitalares foi de 22,7% (18 pacientes) e a infecção de maior letalidade esteve relacionada à corrente sangüínea (30,7%). Conclusão: o local mais comum de infecção bacteriana em pacientes de serviço de transplante hepático é o sítio cirúrgico e o local de maior letalidade é a infecção da corrente sangüínea. As bactérias isoladas mais freqüentes são Staphylococcus sp e Enterococcus faecalis, sendo que um número expressivo destas bactérias são multirresistentes.

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Publicado

2004-09-01

Como Citar

Coelho, J. C. U., Parolin, M. B., Matias, J. E. F., Freitas, . A. C. T. de, Tolazzi, A. R. D., Fragoso, M. F. de F., & Castro, M. E. S. (2004). INFECÇÕES HOSPITALARES BACTERIANAS EM UNIDADE DE TRANSPLANTE HEPÁTICO. Brazilian Journal of Transplantation, 7(4), 198–202. https://doi.org/10.53855/bjt.v7i4.316

Edição

Seção

Artigo Original