AVALIAÇÃO ENDÓCRINA, MORFOLÓGICA E GESTACIONAL APÓS TRANSPLANTE HOMÓGENO ORTOTÓPICO DE OVÁRIOS ÍNTEGROS E FATIADOS SEM ANASTOMOSE VASCULAR
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v7i4.312Palavras-chave:
Hormônios Ovarianos, Transplante de ovário, Histologia Ovariana, Ciclosporina, FertilizaçãoResumo
Objetivo: Avaliar a fertilização, aspectos endócrinos e histológicos ovarianos após seu transplante ortotópico, sem anastomose vascular. Método: Foram utilizadas 32 coelhas da raça Nova Zelândia Branca e Califórnia. No Grupo 1 (n=8)- controle: laparotomia e laparorrafia. No Grupo 2A (n=8), transplantaram-se ortotopicamente os ovários de uma coelha de uma raça para o da outra raça e vice-versa, na forma íntegra, no Grupo 2B (n=8) na forma fatiada e no Grupo 2C (n=8), de um lado, o ovário íntegro e, do outro lado, fatiado. Todas as coelhas do Grupo 2 foram imunossuprimidas com ciclosporina. A partir do 3° mês pós-operatório, cada coelha foi colocada para cópula. Dosou- se o estradiol, a progesterona, o FSH e o LH no 9° mês pós-operatório. Estudaram-se as morfologias macro e microscópicas dos ovários, tubas e útero, de todas os animais. O número de gestações e filhotes foi avaliado por meio do teste qui-quadrado e as dosagens hormonais pelo one-way ANOVA e teste de Tukey-Kramer. Resultados: Todas as coelhas do Grupo controle engravidaram, entre o 2° e o 3° meses após início da cópula. No Grupo 2, as gestações ocorreram entre o 4° e o 8° meses pós-operatórios. A porcentagem de gravidez observada foi de 37,5% no Grupo 2A, 50% no Grupo 2B e 62,5% no Grupo 2C. Os níveis hormonais e o estudo morfofuncional dos ovários, tubas e úteros não apresentaram alterações. Conclusão: O transplante ovariano homógeno ortotópico sem pedículo vascular foi eficaz para a manutenção de hormônios ovarianos em níveis normais e permitiu a fertilização natural.