REGRESSÃO DE LINFOMA GÁSTRICO MALT EM TRANSPLANTE RENAL APÓS CONVERSÃO DA IMUNOSUPPRESSÃO PARA SIROLIMO

Autores

  • Euler Pace Lasmar Unidade de Transplante Renal do Hospital Universitário São José / Hospital Mater Dei – Belo Horizonte / MG – Brasil.
  • Luiz Gonzaga Vaz Coelho Unidade de Transplante Renal do Hospital Universitário São José / Hospital Mater Dei – Belo Horizonte / MG – Brasil.
  • Marcus Faria Lasmar Unidade de Transplante Renal do Hospital Universitário São José / Hospital Mater Dei – Belo Horizonte / MG – Brasil.
  • Leonardo Faria Lasmar Unidade de Transplante Renal do Hospital Universitário São José / Hospital Mater Dei – Belo Horizonte / MG – Brasil.
  • Adalberto Fernandes Nogueira Unidade de Transplante Renal do Hospital Universitário São José / Hospital Mater Dei – Belo Horizonte / MG – Brasil.
  • Luiz Flávio Couto Giordano Unidade de Transplante Renal do Hospital Universitário São José / Hospital Mater Dei – Belo Horizonte / MG – Brasil.
  • Heloisa Reniers Vianna Unidade de Transplante Renal do Hospital Universitário São José / Hospital Mater Dei – Belo Horizonte / MG – Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v11i4.310

Palavras-chave:

Transplante Renal, Linfoma Malt, Imunosupressão

Resumo

O linfoma não-Hodgkin de células B é a disfunção linfo-proliferativa mais comum após transplante de órgão sólido e seu tratamento não é bem definido. Reportamos um caso de linfoma gástrico MALT com remissão rápida, persistente e completa após conversão da imunossupressão de ciclosporina (CsA) para sirolimo (SRL). Uma mulher de 42 anos submetida a transplante renal em 1992 evoluiu sem maiores anormalidades até 2006, quando uma gastroscopia executada para investigar sintomas dispépticos mostrou uma associação de linfoma gástrico MALT (com componentes de baixo e alto graus) com uma infecção por Helicobacter pylori(H.pylori). Foram realizadas duas intervenções terapêuticas com intervalo de uma semana: tratamento da infecção por H. pylori (associação de omeprazol, amoxicilina e claritromicina por 14 dias) e modificação da imunossupressão, substituindo a CsA e azatioprina (AZA) por SRL. Ecoendoscopia de controle executada um mês depois mostrou persistência da infecção por H. pylori e ausência do tumor gástrico. Novas ecoendoscopias executadas aos dois, sete meses e um ano após a terapia confirmaram a ausência da neoplasia e erradicação do H. pylori. Atualmente, a paciente não apresenta queixas, com valores de creatinina de 1,8 mg/dl, fazendo uso de SRL e ibersatan. A SRL tem sido extensivamente estudada como droga anticancerígena, atuando como inibidor do mTOR (mammalian target of rapamycin). Dados acumulados na literatura suportam o papel do mTOR na linfomagênese. Pelo que sabemos, este é o primeiro relato de linfoma gástrico MALT em paciente submetido a transplante renal com remissão completa após alteração do esquema de imunossupressão com a introdução de SRL.

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Publicado

2008-09-01

Como Citar

1.
Lasmar EP, Coelho LGV, Lasmar MF, Lasmar LF, Nogueira AF, Giordano LFC, Vianna HR. REGRESSÃO DE LINFOMA GÁSTRICO MALT EM TRANSPLANTE RENAL APÓS CONVERSÃO DA IMUNOSUPPRESSÃO PARA SIROLIMO. bjt [Internet]. 1º de setembro de 2008 [citado 22º de janeiro de 2025];11(4):1020-2. Disponível em: https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/310

Edição

Seção

Artigo Original