ALTERAÇÕES DO LIPIDOGRAMA APÓS ESPLENECTOMIA TOTAL, ESPLENECTOMIA SUBTOTAL E AUTO-IMPLANTE ESPLÊNICO EM RATAS
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v11i4.307Palavras-chave:
Baço, Esplenectomia, Transplante, Colesterol, TriglicéridesResumo
Objetivo: Apesar de serem bem estabelecidas as alterações esplênicas nas dislipidemias, como a doença de Gaucher, ainda não se estudou adequadamente a relação do baço com o metabolismo lipídico. Visando contribuir para preencher esse hiato, a presente investigação avaliou experimentalmente o lipidograma na presença do baço, em asplenia e após operações conservadoras desse órgão. Métodos: Foram utilizadas 50 ratas Wistar de peso e idades semelhantes distribuídas em quatro grupos: Grupo 1 - controle, com baço íntegro; Grupo 2 – laparotomia e laparorrafia, Grupo 3 - esplenectomia total; Grupo 4 - esplenectomia subtotal e Grupo 5 - esplenectomia total complementada por implantes de tecido esplênico autógeno. Após quatro meses, foram dosados os níveis séricos de triglicérides, colesterol total e suas frações VLDL, LDL, HDL. Os resultados dos quatro grupos foram comparados entre si pela análise de variância, seguido pelo teste de Tukey-Kramer, com significância para p < 0,05. Resultados: Não houve diferença entre os grupos 1, 2, 3 e 4. Nos animais submetidos a esplenectomia total, as concentrações de colesterol total (p = 0,0151) e de sua fração LDL (p < 0,0001) foram maiores, enquanto a fração HDL foi menor (p = 0,0026) do que as encontradas nos demais grupos. Não houve diferença entre grupos com relação aos triglicérides (p = 0,1571) e VLDL (p = 0,2527). Conclusões: É provável que o baço desempenhe um papel de destaque no metabolismo lipídico de ratas e que a esplenectomia total se relacione com alterações no controle do colesterol. É possível que a preservação de tecido esplênico previna tais distúrbios metabólicos.