EFEITO DA FORÇA DA MUSCULATURA RESPIRATÓRIA PRÉ-OPERATÓRIA NO RESULTADO DO TRANSPLANTE DE FÍGADO

Autores

  • Carla da Silva Machado Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo/SP – Brasil.
  • Paulo Celso Bosco Massarollo Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo/SP – Brasil.
  • Eliane Maria de Carvalho Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo/SP – Brasil.
  • Maria Rita Montenegro Isern Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo/SP – Brasil.
  • Poliana de Andrade Lima Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo/SP – Brasil.
  • Sérgio Mies Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo/SP – Brasil.
  • Aldo Junqueira Rodrigues Jr. Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo/SP – Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v11i3.297

Palavras-chave:

Músculos Respiratórios, Debilidade Muscular, Desmame do Respirador, Transplante de Fígado

Resumo

Objetivo: Avaliar o efeito das medidas pré-operatórias das pressões inspiratória máxima (PImáx) e expiratória máxima (PEmáx) no resultado do transplante de fígado (Tx). Métodos: Foram estudados retrospectivamente 228 pacientes submetidos a primeiro Tx eletivo. Os pacientes foram classificados conforme a ocorrência de valores absolutos de pressão respiratória menores ou iguais a 50 cm H2O. As variáveis estudadas foram: tempo de ventilação mecânica pós-operatória, necessidade de re-intubação orotraqueal ou de ventilação mecânica não-invasiva, tempo de internação e sobrevida. Resultado: Os resultados mostraram que os valores observados de PImáx e PEmáx estavam abaixo de 50 cm H2O em 19,7% (45/228) e 14,5% (33/228) dos pacientes, respectivamente. A freqüência de óbito até seis meses após o transplante foi de 26/183 (14,2%) nos pacientes com PImáx > 50 cm H2O e de 15/45 (33,3%) nos pacientes com PImáx mais baixa (p=0,003). A sobrevida de 1, 3 e 5 anos foi 84%, 77% e 71% no grupo com PImáx > 50 cm H2O e 57%, 50% e 50% no grupo com PImáx mais baixa (p=0,0024). Em relação à PEmáx, essas probabilidades foram 80%, 74% e 69% no grupo com valores maiores que 50 cm H2O e 66%, 59% e 51% nos pacientes com força expiratória menor (p=0,1039). Não houve diferença estatisticamente significante em relação às demais variáveis analisadas. Conclusão: Pacientes com PImáx baixa apresentam maior mortalidade após o Tx. Entretanto, não foram encontrados efeitos estatisticamente significantes da medida pré-operatória da força da musculatura respiratória nas variáveis de resposta mais diretamente relacionadas com alterações respiratórias.

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Publicado

2008-06-01

Como Citar

Machado, C. da S., Massarollo, P. C. B., Carvalho, E. M. de, Isern, . M. R. M., Lima, P. de A., Mies, S., & Rodrigues Jr., A. J. (2008). EFEITO DA FORÇA DA MUSCULATURA RESPIRATÓRIA PRÉ-OPERATÓRIA NO RESULTADO DO TRANSPLANTE DE FÍGADO. Brazilian Journal of Transplantation, 11(3), 948–953. https://doi.org/10.53855/bjt.v11i3.297

Edição

Seção

Artigo Original