NEUROARTROPATIA DE CHARCOT APÓS O TRANSPLANTE SIMULTÂNEO DE PÂNCREAS-RIM (TSPR)

Autores

  • Erika Bevilaqua Rangel Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo, SP, Brasil.
  • Samirah Abreu Gomes Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo, SP, Brasil.
  • João Roberto de Sá Disciplina de Endocrinologia, Universidade Federal de São Paulo, SP, Brasil.
  • Cláudio Santiago Melaragno Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo, SP, Brasil.
  • Aluízio Carvalho Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo, SP, Brasil.
  • Alcides Salzedas Departamento de Cirurgia, Universidade Federal de São Paulo, SP, Brasil.
  • Marcelo Moura Linhares Departamento de Cirurgia, Universidade Federal de São Paulo, SP, Brasil.
  • Adriano Miziara Gonzalez Departamento de Cirurgia, Universidade Federal de São Paulo, SP, Brasil.
  • José Osmar Medina-Pestana Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo, SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v11i1.288

Palavras-chave:

Neuroartropatia de Charcot, Transplante de Pâncreas

Resumo

A neuroartropatia de Charcot foi inicialmente descrita na Tabes Dorsalis, mas ocorre com mais freqüência em pacientes diabéticos. Sua patogênese inclui (a) neuropatia sensorial; perda da sensibilidade levando a micro-fraturas de repetição, (b) neuropatia motora; atrofia e fraqueza muscular que alteram os pontos de pressão nas articulações levando a traumas e úlceras e finalmente (c) neuropatia autonômica; que resultam no aumento do fluxo sanguíneo local com shunts artério-venosos e na reabsorção óssea, o que leva, por sua vez, a luxações, sub-luxações e micro-fraturas.1,2 O evento desencadeante costuma ser traumático, embora nem sempre reportado pelos pacientes, com acometimento geralmente unilateral. Na fase aguda, o pé encontra-se quente e edemaciado, doloroso ou não, podendo apresentar eritema. Na fase crônica, há deformidade do pé associada ao desabamento do arco plantar, calosidades e úlceras. No nosso centro, observamos incidência de 4,6% de neuroartropatia de Charcot de novo no TSPR (mediana: 10 meses), sendo o principal fator de risco a dose cumulativa do corticóide ajustada para o peso nos seis primeiros meses do transplante.3 Relatamos um caso numa paciente de 42 anos com quadro clínico-radiológico após seis meses do TSPR (Figuras 1 e 2). O diagnóstico da neuroartropatia de Charcot é clínico e deve incluir Raio-X (procurar pelas alterações dos “5 D’s”: distensão articular, deslocamento, debris, desorganização e aumento da densidade), cintilografia óssea com tecnécio e/ou ressonância nuclear magnética. O tratamento pode ser clínico (imobilização e medicações que inibem a reabsorção óssea) ou cirúrgico de acordo com a gravidade do quadro1,2,4.

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Publicado

2008-01-01

Como Citar

Rangel, E. B., Gomes, S. A., Sá, J. R. de, Melaragno, C. S., Carvalho, A., Salzedas, A., Linhares, M. M., Gonzalez, A. M., & Medina-Pestana, J. O. (2008). NEUROARTROPATIA DE CHARCOT APÓS O TRANSPLANTE SIMULTÂNEO DE PÂNCREAS-RIM (TSPR). Brazilian Journal of Transplantation, 11(1), 882–883. https://doi.org/10.53855/bjt.v11i1.288

Edição

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