IMPORTÂNCIA DE ANTICORPOS ANTI-MICA PRÉ-FORMADOS PARA A SOBREVIDA DO ENXERTO RENAL DE DOADOR FALECIDO

Autores

  • Tatiana Michelon Programa de Pós-Graduação em Patologia - Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, Porto Alegre / RS – Brasil/ Santa Casa de Porto Alegre – Laboratório de Imunologia de Transplantes, Porto Alegre / RS – Brasil.
  • Cristiane Sandri Programa de Pós-Graduação em Patologia - Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, Porto Alegre / RS – Brasil.
  • Regina Schroeder Programa de Pós-Graduação em Patologia - Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, Porto Alegre / RS – Brasil/ Santa Casa de Porto Alegre – Laboratório de Imunologia de Transplantes, Porto Alegre / RS – Brasil.
  • Márcia Graudenz Programa de Pós-Graduação em Patologia - Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, Porto Alegre / RS – Brasil.
  • Elizete Keitel Programa de Pós-Graduação em Patologia - Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, Porto Alegre / RS – Brasil/ Santa Casa de Porto Alegre – Serviço de Transplante Renal, Porto Alegre / RS – Brasil.
  • Valter Garcia Santa Casa de Porto Alegre – Serviço de Transplante Renal, Porto Alegre / RS – Brasil.
  • Miyuki Ozawa Terasaki Foundation Laboratory, Los Angeles, CA – USA.
  • Paul Terasaki Terasaki Foundation Laboratory, Los Angeles, CA – USA.
  • Jorge Neumann

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v11i1.280

Palavras-chave:

Anticorpos, Mica, Sobrevivência de Enxerto

Resumo

Introdução: Anticorpos anti-HLA pré-formados ou desenvolvidos após o transplante estão associados à menor sobrevida do enxerto. A importância de anticorpos contra aloantígenos MICA ainda não é clara. Objetivo: Determinar a prevalência de anticorpos anti-MICA pré-transplante em receptores de rim de doador falecido e analisar seu efeito na sobrevida do enxerto. Pacientes e Métodos: Foram estudados 339 transplantes renais de doador falecido realizados após prova cruzada negativa contra linfócitos T+AGH e B. A pesquisa de anticorpos anti-MICA foi realizada através de tecnologia Luminex, categorizada como: negativa (Neg, n=251; 74%), fraco-positiva (FP, n=39; 11,5%) e positiva (Pos, n=49; 14,5%). Foram comparadas as características clínicas e do transplante (qui-quadrado, Fisher, t Student, Mann-Whitney), conforme o padrão sorológico para MICA. A sobrevida atuarial do enxerto foi analisada em modelo de cox-regression, incluindo os seguintes fatores: idade, sexo, teste de PRA pré-transplante, re-transplante, uso de terapia de indução e imunossupressão incluindo rapamicina, micofenolato mofetil e/ou tacrolimo x tríplice convencional (CyA+Aza+Pred). P<0,05 e IC95%. Resultados: A prevalência de anticorpos anti-MICA pré-formados foi de 26% (n=88). Pacientes anti-MICA positivos eram mais jovens (36,9+12,0 x 44,1+12,8anos; P=0,00), recebendo mais freqüentemente re-transplante (20,4% x 7,6%; P=0,01). O padrão sorológico anti-MICA pré-transplante não atingiu significância estatística para a sobrevida do enxerto (Negativo: HR=1; Fraco Positivo: HR=0,71; P=0,25; Positivo: HR=0,94; P=0,88); todavia, um efeito deletério moderado não pode ser excluído entre os receptores de um primeiro transplante (Fraco Positivo: HR=1,4[0,8-2,7], P=0,28 e Positivo: HR=1,6[0,9-3,1], P=0,14). Nesse grupo, a intensidade da sensibilização anti-MICA demonstrou tendência linear (Ptrend=0,09). Conclusão: A prevalência de anticorpos anti-MICA pré-formados em transplante renal de doador falecido foi de 26%, mais freqüente entre jovens recebendo re-transplante. Um efeito deletério na sobrevida do enxerto renal não pode ser excluído entre receptores de um primeiro enxerto, necessitando estudos com maior número de pacientes.

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Publicado

2008-01-01

Como Citar

Michelon, T., Sandri, C., Schroeder, R., Graudenz, M., Keitel, E., Garcia, V., Ozawa, M., Terasaki, P., & Neumann, J. (2008). IMPORTÂNCIA DE ANTICORPOS ANTI-MICA PRÉ-FORMADOS PARA A SOBREVIDA DO ENXERTO RENAL DE DOADOR FALECIDO. Brazilian Journal of Transplantation, 11(1), 848–855. https://doi.org/10.53855/bjt.v11i1.280

Edição

Seção

Artigo Original