A CENTRALIDADE DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS

Autores

  • Cláudia Medrado Martins Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - Curso de Especialização em Psicologia da Saúde - Rio de Janeiro/RJ - Brasil.
  • Mayla Cosmo Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - Curso de Especialização em Psicologia da Saúde - Rio de Janeiro/RJ - Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v12i4.273

Palavras-chave:

Morte Encefálica, Família, Doação de Órgãos

Resumo

Cresce a necessidade de órgãos para transplante, e o número de doações não atende à demanda, levando à morte muitos dos que aguardam na fila de espera. Objetivo: O objetivo deste estudo é aprofundar o conhecimento do processo de doação de órgãos e tecidos e discutir o papel da família, responsável por consentir ou não a doação. Métodos: Realizou-se revisão da literatura nas bases de dados MedLine e Scielo. Também foram analisados livros e artigos que se encontravam nas referências bibliográficas das fontes indexadas. Recorreu-se às palavras-chaves death brain, family and organ donation. Discussão: A abordagem de familiares para solicitação da doação é o ponto central em todo caminho que se percorre desde a constatação da morte encefálica do paciente até o consentimento ou não para doação. Percebe-se que a disseminação da informação é preponderante, mas não é apenas a falta de informação que interfere nos baixos índices de doação de órgãos e tecidos. Há diversos fatores psíquicos e sociais que merecem atenção, para que o desenvolvimento de estratégias de incentivo à doação de órgãos torne-se mais eficaz na nossa sociedade. O cuidado com a família é importante, suas ansiedades e fantasias podem reverter-se em desconfiança em relação à equipe de saúde. A manifestação em vida a favor ou contra a doação é relevante, por facilitar a tomada de decisão da família. Conclusão: A dificuldade de lidar com o tema morte perpassa todo esse processo, uma vez que a família se vê diante de uma situação inesperada e tem que lidar com o imponderável da finitude humana. Daí a importância do preparo técnico, ético e emocional da equipe de saúde que cuida do potencial doador, bem como da equipe responsável pela captação e abordagem à família. É essencial compreender e respeitar as condições emocionais em que a família se encontrar antes de apresentar a possibilidade da doação de órgãos.

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Publicado

2009-09-01

Como Citar

Martins, C. M., & Cosmo, M. (2009). A CENTRALIDADE DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS. Brazilian Journal of Transplantation, 12(4), 1186–1190. https://doi.org/10.53855/bjt.v12i4.273

Edição

Seção

Artigo Original