INDUÇÃO DA EXPRESSÃO DA MOLÉCULA INDOLEAMINA 2,3-DIOXIGENASE (IDO) COMO TERAPIA GÊNICA EM TRANSPLANTE DE ILHOTAS PANCREÁTICAS
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v12i4.272Palavras-chave:
Ilhotas pancreáticas, Rejeição de Enxerto, Terapia de Genes, Diabetes MelitoResumo
O bloqueio da rejeição ao enxerto é fundamental para o sucesso do transplante de ilhotas pancreáticas (IP). Uma atraente alternativa surge do paradoxo imunológico durante a gravidez, onde a mãe não rejeita o feto imunologicamente distinto. Esta proteção pode ser devido à produção placentária de IDO. Objetivo: Construir um vetor para induzir a expressão de IDO em IP e analisar se a produção de IDO protege as IP em transplante alogênico experimental. Métodos: O cDNA da IDO foi isolado de placenta de ratas, ligado no vetor pcDNA 3,1 e transfectado em IP através de lipofecção. A expressão da IDO nas IP foi confirmada por RT-PCR, imuno-histoquímica e análise funcional. Ratos Lewis diabéticos induzidos por estreptozotocina (glicemia>300mg/dL) receberam IP sob a cápsula renal e foram divididos em 3 grupos: ISO Tx (isogênico), ratos transplantados com IP de ratos Lewis; ALO Tx (alogênico), transplante com IP de ratos Sprague-Dawley (SD); e ALO+IDO Tx, transplante com IP de ratos SD transfectadas com vetor-IDO. Resultados: O grupo ISO permaneceu normoglicêmico pós-transplante, enquanto que o grupo ALO Tx voltou a apresentar hiperglicemia (>300mg/dL) logo após o transplante (11+1 dias). O grupo ALO+IDO Tx manteve-se com glicemia <300mg/dL. No PO-45, o grupo ISO Tx apresentou níveis normais de insulina sérica (0,55+0,13 ng/mL), enquanto que o ALO Tx apresentou diminuição significativa (0,14+0,02 ng/mL;p<0,05). O grupo ALO+IDO Tx apresentou níveis de insulina sérica significativamente maiores comparado ao ALO Tx (0,33+0,04 ng/mL;p<0,05). Conclusão: A indução da expressão de IDO em IP confere proteção às IP, aumenta a sobrevida e promove um melhor controle metabólico.