DUODENO-PANCREATECTOMIA CEFÁLICA NO TRATAMENTO DE ÚLCERA DUODENAL SANGRANTE NO TRANSPLANTE DE PÂNCREAS
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v12i3.270Palavras-chave:
Transplante de Pâncreas, Úlcera Duodenal do Enxerto, Diabetes Mellitus, SangramentoResumo
O transplante de pâncreas constitui atualmente a única terapêutica conhecida que restabelece um estado fisiológico do metabolismo glicêmico no paciente diabético. Sua indicação mais prevalente é em associação ao transplante renal em portadores de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) e nefropatia que estão sob tratamento dialítico ou na iminência dessa terapêutica. Entre as complicações do transplante simultâneo de pâncreas e rim (TxSPR), destacam-se as cirúrgicas, em especial aquelas decorrentes da derivação exócrina vesical, com elevada morbimortalidade. Neste relato, apresentamos o caso clínico de um paciente masculino, 31 anos, branco com DM1 desde os 12 anos e em hemodiálise há dois anos, que foi submetido ao TxSPR. Após, desenvolveu hematúria franca por úlcera duodenal sangrante do enxerto, sem etiologia definida. O emprego da técnica de pancreatocistostomia do pâncreas segmentar para drenagem da secreção exócrina permitiu a manutenção do enxerto e o estado euglicêmico do paciente, livre de insulina exógena.