AVALIAÇÃO DOS TRANSPLANTADOS HEPÁTICOS NO ESTADO DE SANTA CATARINA NO PERÍODO DE AGOSTO DE 2002 A JANEIRO DE 2008

Autores

  • Marcelo Augusto Scheidemantel Nogara Serviço de Gastroenterologia, Hepatologia e Cirurgia Geral – Equipe de transplantes do Hospital Santa Isabel, Blumenau, SC, Brasil.
  • Julio Wiederkher Serviço de Gastroenterologia, Hepatologia e Cirurgia Geral – Equipe de transplantes do Hospital Santa Isabel, Blumenau, SC, Brasil.
  • Renan André Cicatto Benghi Curso de Medicina da Universidade Regional de Blumenau – FURB, Blumenau, SC, Brasil.
  • Marcelo Zalli Curso de Medicina da Universidade Regional de Blumenau – FURB, Blumenau, SC, Brasil.
  • Ernani Tiaraju de Santa Helena Departamento de Medicina da Universidade Regional de Blumenau – FURB; Blumenau, SC, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v12i3.267

Palavras-chave:

Transplante de Fígado, Taxa de Sobrevida, Prognóstico, Insuficiência Hepática, Cirrose Hepática, Sepse

Resumo

Objetivo: Avaliar os transplantados hepáticos no estado de Santa Catarina no período de agosto de 2002 a janeiro de 2008. Método: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, em que o critério de inclusão foi o paciente ter sido submetido ao transplante hepático há no mínimo um ano. O estudo foi realizado através da coleta de dados secundários pelos prontuários dos pacientes durante a permanência hospitalar por motivo de transplante. Foram buscados dados epidemiológicos (idade, sexo, cidade de origem, indicação do transplante hepático); escore MELD e classificação Child-Turcotte-Pugh pré-transplante; complicações pós-transplante; causas do óbito e evolução daqueles transplantados (ocorrência de re-transplante, sobrevida e tempo de internação hospitalar e em UTI). A coleta dos dados foi realizada de outubro de 2008 a fevereiro de 2009. Resultados: A média de idade obtida em nosso estudo foi de 50,1 anos. Dentre os transplantados, 77% eram do sexo masculino. Quanto à procedência, 26,2% eram de Blumenau, 66,3% vieram de outras cidades do estado de Santa Catarina, e 7,4% dos pacientes residiam em outros estados. Dos 187 pacientes submetidos ao transplante hepático, 48,7% foram classificados como Child-Pugh B, 35,8% como C, sendo apenas 15,5% classificados como Child-Pugh A. Na avaliação MELD, 39,6% foram classificados como menor que 18, e 60,4% dos pacientes com MELD maior ou igual a 18. A causa prevalente de indicação para transplante hepático foi cirrose (65,7%). Entre as complicações, observou-se que alguns pacientes apresentaram mais que uma. As mais prevalentes são as infecções, com 135 casos, seguidas de complicações pulmonares com 43 casos, e de complicações clínicas com 33 casos. A média de tempo de internação hospitalar e de permanência em UTI foi de 14,6 e 4,8, dias respectivamente. A letalidade desde o início dos transplantes até o término da pesquisa foi de 33,7%, onde choque séptico representou 50,8% das causas. Conclusão: O estudo demonstrou que os dados obtidos foram congruentes em sua maioria com os apresentados pela literatura, comprovando ser este um serviço em evolução com casuística de bons resultados e uma expressiva melhora em relação a dados de publicações anteriores.

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Publicado

2009-06-01

Como Citar

Nogara, M. A. S., Wiederkher, J., Benghi, R. A. C., Zalli, M., & Helena, E. T. de S. (2009). AVALIAÇÃO DOS TRANSPLANTADOS HEPÁTICOS NO ESTADO DE SANTA CATARINA NO PERÍODO DE AGOSTO DE 2002 A JANEIRO DE 2008. Brazilian Journal of Transplantation, 12(3), 1141–1145. https://doi.org/10.53855/bjt.v12i3.267

Edição

Seção

Artigo Original