AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DO BANCO DE OLHOS DA SANTA CASA DE PORTO ALEGRE 2003-2007
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v12i3.265Palavras-chave:
Córnea, Transplante de Córnea, Obtenção de Órgãos e Tecidos, Doadores de Tecido, Coleta de Tecidos e ÓrgãosResumo
Objetivo: Descrever a captação de córneas no Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre (CHSCPA) e analisar as atividades do seu Banco de Olhos (BOSCPA) entre 2003 e 2007. Métodos: Análise retrospectiva da captação de córneas no CHSCPA e dos prontuários dos doadores de origem interna e externa atendidos pelo BOSCPA no período. Empregou-se teste t de Student ou Mann-Whitney, Qui-quadrado e descrição das taxas de porcentagem, sendo significativo P<0,05. Resultados: Entre os 11398 óbitos registrados no CHSCPA, 29,5% eram potenciais doadores e 10,6% foram doadores efetivos. A não doação por contraindicação médica ocorreu em 51,9% e a negativa familiar somou 49,6%. O BOSCPA processou 3785 córneas de 2087 doadores (62,7% captação interna e 37,3% externa). Os doadores internos eram mais idosos, com óbito por neoplasia e menos comumente em morte encefálica. A taxa global de descarte das córneas processadas foi de 29%, sendo 64% das córneas liberadas destinadas a transplante óptico e 36% a enxerto tectônico. Conclusão: O CHSCPA obteve uma taxa de negativa familiar relativamente alta e uma baixa taxa de potenciais doadores, sendo seus doadores mais idosos e com óbito por neoplasia. O BOSCPA, com mais de 60% de seu atendimento procedente das captações internas, foi responsável por 54% das captações e 22% dos transplantes corneanos do estado no período de estudo.