COMPARAÇÃO ENTRE TÉCNICAS DE IMUNOISTOQUÍMICA E DE IMUNOFLUORESCÊNCIA PARA ANTIGENEMIA PP65 DO CITOMEGALOVÍRUS (CMV) EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE

Autores

  • Regina Barbosa Schroeder Programa de Pós-Graduação em Patologia – Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – Porto Alegre/RS- Brasil/ Laboratório de Imunologia de Transplantes – Santa Casa de Porto Alegre– Porto Alegre/RS- Brasil.
  • Tatiana Michelon Programa de Pós-Graduação em Patologia – Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – Porto Alegre/RS- Brasil/ Laboratório de Imunologia de Transplantes – Santa Casa de Porto Alegre– Porto Alegre/RS- Brasil.
  • João Wurdig Laboratório de Imunologia de Transplantes – Santa Casa de Porto Alegre– Porto Alegre/RS- Brasil.
  • Elizete Keitel Programa de Pós-Graduação em Patologia – Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – Porto Alegre/RS- Brasil.
  • Jorge Neumann Laboratório de Imunologia de Transplantes – Santa Casa de Porto Alegre– Porto Alegre/RS- Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v12i2.261

Palavras-chave:

Transplante de órgãos, Infecções por Citomegalovírus, Citomegalovírus, Diagnóstico, Imunoistoquímica, Imunofluorescência

Resumo

Infecção por citomegalovírus é importante causa de morbidade em pacientes imunossuprimidos, como os receptores de transplantes. A detecção do antígeno viral através da antigenemia pp65 em sangue periférico tem-se mostrado eficiente como marcador de reativação viral, com boa correlação clínica. Houve algumas modificações na técnica artesanal ao desenvolvimento de kits comerciais, o que padronizou e diminuiu o tempo de execução. Objetivo: Comparar a eficácia diagnóstica de dois kits comerciais que utilizam anticorpo monoclonal primário C10/C11 específico contra a proteína pp65 da matriz viral do citomegalovírus em amostras de sangue de pacientes transplantados. Material e Métodos: Foram estudadas 132 amostras aleatórias de sangue testadas simultaneamente através dos dois kits comerciais para pesquisa de antigenemia pp65 do CMV: a) Imunoistoquímica (IQ), que usa uma anti-fosfatase alcalina como revelador -[APAAP-BIOTEST- Alemanha] em granulócitos previamente separados com dextran, necessitando de seis horas para execução e, b) Imunofluorescência(IF), que usa fluoresceína [BRITE TURBO-IQP-Holanda] em leucócitos totais, e é realizada em duas horas. Resultado: Os pacientes tinham em média 41,1±20,1 anos e eram receptores de transplantes: renal (n=73; 55,3%), pulmonar (n=34; 25,8%), hepático (n=11; 8,3%), medula óssea (n=7; 5,3%), rim conjugado ao pâncreas (n=3; 2,3%) ou cardíaco (n=4; 3,0%). A mediana de tempo pós-transplante na colheita da amostra para antigenemia foi de 91 dias (5 a 2.103 dias). O emprego da técnica de IQ resultou 35,6% (n=47) de amostras positivas, sendo essa taxa 38,6% (n=51) quando avaliada através de IF. A mediana do número de células+ foi de 4,0/100.000 granulócitos na IQ (máximo=515 granulóccitos+) e 5,0/200.000 leucócitos na IF (máximo=682 leucócitos+). Houve discordância em 4,5% (6/130) entre eles, cinco foram testes falso-negativos pela IQ, que foram considerados positivos pela IF (mediana=1cél+/200.000 leucócitos); o outro caso foi um falso- negativo de IF, com resultado positivo pela IQ (1cél+/100.000 granulócitos). A correlação foi altamente significativa (P=0,000) entre as duas técnicas, tanto entre testes positivos (R=0,974) como na análise global (R=0,996). Conclusão: Antigenemia por Imunoistoquímica e Imunofluorescência apresentam correlação altamente significativa para pesquisa de antigenemia pp65 para CMV pós-transplante, sendo a IF mais rápida e de mais fácil execução.

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Publicado

2009-03-01

Como Citar

Schroeder, R. B. ., Michelon, T., Wurdig, J., Keitel, E., & Neumann, J. (2009). COMPARAÇÃO ENTRE TÉCNICAS DE IMUNOISTOQUÍMICA E DE IMUNOFLUORESCÊNCIA PARA ANTIGENEMIA PP65 DO CITOMEGALOVÍRUS (CMV) EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE. Brazilian Journal of Transplantation, 12(2), 1101–1104. https://doi.org/10.53855/bjt.v12i2.261

Edição

Seção

Artigo Original