TRANSPLANTE NO BRASIL: UM INVESTIMENTO DO SUS
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v12i1.257Palavras-chave:
Politica, Saúde Pública, Transplante, BrasilResumo
As políticas de saúde no Brasil vêm sendo desenvolvidas desde a década de 20, com a criação do Seguro Social, mas somente na década de 30 foram criados os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP) organizados por categorias profissionais. Na década de 60, o governo unificou os IAP e criou um sistema único, o INPS (Instituto Nacional de Previdência Social). O SUDS (Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde), aprovado em 1987, foi o antecessor do SUS (Sistema Único de Saúde). Uma das políticas de saúde atualmente em vigor é gerenciada pelo SNT (Sistema Nacional de Transplantes) e atualmente, mais de 80% dos transplantes de órgãos no Brasil são financiados pelo SUS. O presente estudo objetiva descrever o processo de doação e transplante de órgãos e tecidos como uma das políticas de saúde no Brasil. Foi realizado estudo descritivo retrospectivo da política de saúde no Brasil, com ênfase nos procedimentos relativos aos transplantes de órgãos e tecidos; os dados analisados foram fornecidos pelo Registro Brasileiro de Transplantes - RBT e pela Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Sergipe – CNCDO-SE. A partir de dados do RBT, observa-se o crescimento no número de transplantes. O estado de Sergipe, o menor da federação, também conta com o apoio do SUS e vem crescendo aos poucos em número de transplantes, como pôde ser evidenciado através de dados de 2001 a 2008 fornecidos pela CNCDO-SE, com destaque para os anos de 2001, 2003, 2004 e 2007, apesar da falta de alguns recursos, como laboratório de imunogenética. Concluiu-se então com a pesquisa que o Brasil vem aos poucos melhorando em número de doações, conforme registro do RBT com um quantitativo de 3954 transplantes de órgãos sólidos em 2001, passando a 4836 transplantados no ano de 2007; já no ano de 2008, percebe-se uma significativa redução, com registro de apenas 2505 transplantes efetuados no período. Esse fato só comprova que é preciso intensificar o processo de doação através da implementação de disciplinas pertinentes à doação de órgãos e tecidos nas universidades, orientação da população através da mídia, palestras nas escolas visando uma redução efetiva na lista de espera, já que quando se relacionou os dados sobre transplantes efetuados e lista de espera no mesmo período, observou-se um aumento significativo na lista de espera a cada ano, que era de 43581 pessoas em 2001, passando a 68908 em 2008.