ANÁLISE DAS REOPERAÇÕES E DE SEU IMPACTO NOS RESULTADOS DOS TRANSPLANTES DE PÂNCREAS
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v12i1.249Palavras-chave:
Diabetes MellitusTipo 1, Transplante, Transplante de Pâncreas, Rejeição, ImunosupressãoResumo
Introdução: Diversos fatores, incluindo avanços da técnica cirúrgica e a imunossupressão, entre outros, têm trazido significativa melhora nos resultados da sobrevivência do enxerto e dos pacientes submetidos a Transplante de Pâncreas (TP). No entanto, um terço desses pacientes é submetido a reoperações (ReOps). Objetivos: Avaliar a distribuição das ReOps nas categorias de TP, no período pós-operatório (precoce ou tardio) e analisar o impacto das mesmas na sobrevida de pacientes e enxertos. Métodos: Estudo unicêntrico, retrospectivo realizado através da coleta de dados do prontuário de 182 pacientes submetidos ao TP de janeiro de 2000 a dezembro de 2007. Resultados: 88 reoperações foram realizadas em 73 pacientes, sendo 47 precoces e 41 tardias. O grupo TPRS apresentou maior incidência de ReOp precoce em relação aos demais grupos. O grupo submetido à ReOp precoce apresentou menor sobrevida (87,2%) quando comparado ao grupo não reoperado e semelhante ao grupo submetido à ReOp tardia (97,5%). Em relação à sobrevida em um ano do enxerto pancreático, verificamos que o grupo ReOp precoce foi inferior quando comparado ao grupo ReOp tardia e ambos apresentaram resultados significativamente piores em relação ao grupo sem ReOp. Conclusão: ReOps após o TP estão diretamente relacionadas ao sucesso do procedimento. Quando realizadas nos três primeiros meses após TP, determinaram impacto negativo na sobrevida em um ano de paciente e enxerto.