TRANSPLANTE HEPÁTICO, ADOLESCÊNCIA E TRANSIÇÃO PARA AMBULATÓRIO ADULTO
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v13i4.247Palavras-chave:
Adolescência, Transplante Hepático, Adesão à MedicaçãoResumo
Objetivo: Fornecer informações ao hepatologista, referentes ao atendimento ao adolescente transplantado, no que diz respeito às questões da adolescência para evitar risco de rejeição, muito prevalente nesse grupo. As informações foram coletadas de artigos científicos publicados nas bases de dados SciELO, MEDLINE e PUBMED de 2004 a 2010, livros técnicos e publicações de consenso de organismos internacionais. Síntese dos dados: Com o aumento do número de transplantes e melhora da sobrevida, muitas crianças transplantadas estão atingindo a fase turbulenta da adolescência e muitos adolescentes são submetidos ao transplante nessa fase. Na atualidade, poucos serviços de transplante têm padronizado um programa de transição, para assegurar ao paciente adolescente um seguimento de saúde adequado após sua transferência para uma clínica de adultos. Alguns autores confirmam que a atenção no período de transição possibilita uma revisão educacional para os pacientes adolescentes e também uma oportunidade conveniente para otimizar o bem-estar na vida adulta. Infelizmente, porém, as clínicas de adultos em geral estão sobrecarregadas de pacientes e as questões do desenvolvimento da adolescência não são prioritárias. O pediatra, que deveria ter um papel essencial na transferência de adolescentes para serviços de saúde de adultos, muitas vezes e de modo inconsciente, acaba atuando como um dificultador por não demonstrar confiança plena em seus colegas. Conclusão: Um ambulatório de transição oferece a oportunidade de abordar questões essenciais para a saúde integral do adolescente transplantado e seu desenvolvimento pleno com temas como: autonomia, identidade, auto-estima, qualidade de vida, sexualidade, alterações corporais, projetos de vida e desenvolvimento da escolaridade/profissionalização.