TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA PARA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA NA ERA DOS INIBIDORES DE TIROSINOKINASE: EXPERIÊNCIA DE CENTRO NA BAHIA

Autores

  • Ronald Sérgio Pallotta Filho Departamento de Onco-Hematologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador/BA- Brasil /Grupo de pesquisa Epidemiologia, Biologia Celular e Terapia de doenças oncológicas, hematológicas e imunológicas da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador/BA- Brasil/Departamento de Transplante de Medula Óssea do Hospital Português da Bahia, Salvador/BA- Brasil.
  • Gerson Geraldo de Paula Grupo de pesquisa Epidemiologia, Biologia Celular e Terapia de doenças oncológicas, hematológicas e imunológicas da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador/BA- Brasil.
  • Edson Ferreira Lima Filho Grupo de pesquisa Epidemiologia, Biologia Celular e Terapia de doenças oncológicas, hematológicas e imunológicas da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador/BA- Brasil/Estudante de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador/BA- Brasil.
  • Rosane Giuliani Grupo de pesquisa Epidemiologia, Biologia Celular e Terapia de doenças oncológicas, hematológicas e imunológicas da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador/BA- Brasil.

Palavras-chave:

Leucemia Mielóide Crônica, Tratamento, Transplante

Resumo

Introdução: Leucemia mielóide crônica corresponde aproximadamente a 15% das leucemias. É uma doença mieloproliferativa crônica clonal que pode aparecer em qualquer idade, mas seu pico de incidência ocorre em indivíduos entre a sexta e a sétima décadas de vida. Classicamente, evolui em três fases: crônica, acelerada e crise blástica. O diagnóstico é baseado na clínica, achados do sangue periférico e exame da medula óssea com análise citogenética e de biologia molecular. Atualmente, as terapêuticas mais utilizadas são inibidores de tirosinoquinase, como o mesilato de imatinibe, que revolucionou seu tratamento e transplante de células hematopoiéticas progenitoras, considerado por muitos autores o único método curativo. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes tratados para leucemia mielóide crônica, comparando resposta aos tratamentos em centro de referência na Bahia, no Nordeste brasileiro. Métodos: Foi conduzido estudo observacional descritivo, retrospectivo de corte transversal, onde analisamos 73 prontuários. Resultados: A mediana de idade foi de 39 anos, predominando o sexo masculino (69,9%) e cor não branca (64,4%). A fase clínica predominante foi crônica (78,1%), seguida pela acelerada (19,2%) e crise blástica (2,7%). As sobrevidas globais nos grupos tratados com mesilato de imatinibe e transplante corresponderam a 87,5% e 43,1%, respectivamente. As sobrevidas livres de progressão da doença nos mesmos grupos foram de 63,2% e 28,9%, respectivamente. Conclusão: Dessa forma, pode-se concluir que pacientes do sexo masculino com idade mediana de 39 anos não brancos e em fase crônica são o perfil epidemiológico predominante em pacientes tratados em centro de referência de Salvador. Ao se analisar as curvas de sobrevida global e livre de progressão da doença, conclui-se que o tratamento com mesilato de imatinibe apresenta melhor eficácia e menor mortalidade quando comparado ao transplante.

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Publicado

2010-09-01

Como Citar

Pallotta Filho, R. S., Paula, G. G. de, Lima Filho, E. F., & Giuliani, R. (2010). TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA PARA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA NA ERA DOS INIBIDORES DE TIROSINOKINASE: EXPERIÊNCIA DE CENTRO NA BAHIA. Brazilian Journal of Transplantation, 13(4), 1425–1430. Recuperado de https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/246

Edição

Seção

Artigo Original