CO-INFECÇÃO ENTRE CITOMEGALOVÍRUS CMV (HHV5) E HERPES VÍRUS HUMANO 6 (HHV6) EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE DE RIM

Autores

  • Juliana Andréa Manfrinato Disciplina de Nefrologia – DCM; FCM Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil.
  • Sohemys Silvestre Bodine Disciplina de Nefrologia – DCM; FCM Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil.
  • Gentil Alves Filho Disciplina de Nefrologia – DCM; FCM Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil.
  • Marilda Mazzali Disciplina de Nefrologia – DCM; FCM Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil.
  • Janaína Luisa Leite Laboratório de Genética Molecular do Cancer (GEMOCA) – FCM Unicamp, Campinas/SP- Brasil.
  • Laura Sterian.Ward Laboratório de Genética Molecular do Cancer (GEMOCA) – FCM Unicamp, Campinas/SP- Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v13i4.244

Palavras-chave:

Citomegalovírus, Herpesviridae, Transplante Renal

Resumo

Objetivo: Avaliar a ocorrência de co-infecção entre CMV-HHV6 em transplantados renais. Métodos: Critérios de inclusão: PCR para CMV negativo na ocasião do transplante, que se tornou positivo durante o acompanhamento. Dos 25 indivíduos que preenchiam os critérios de inclusão, foram selecionadas três amostras consecutivas de sangue, para pesquisa de HHV6 e CMV pela técnica de Nested PCR. Resultados: Por ocasião do transplante, 30% dos pacientes apresentavam HHV6-PCR positivo. Durante o acompanhamento, 11 pacientes adicionais apresentaram pelo menos um HHV6-PCR+, totalizando uma incidência de 80% de viremia para HHV6 nesta série. Como alguns autores sugerem que tanto HHV6 quanto HHV7 podem agravar o quadro clínico de infecção pelo CMV, a análise dos prontuários médicos mostrou que nove pacientes apresentavam viremia assintomática por CMV. Nos 16 casos restantes, foi identificada leucopenia isolada (n = 8) ou infecção sintomática pelo CMV, com necessidade de tratamento com ganciclovir (n = 8). Não houve diferença na incidência de viremia por HHV6 nos grupos com CMV assintomático ou leucopenia isolada. Entretanto, no grupo com infecção sintomática por CMV tratada, a prevalência de viremia por HHV6 foi de 100%. A função renal dos diferentes grupos era comparável por ocasião da viremia. No entanto, após um ano de acompanhamento, houve uma tendência para níveis mais elevados de creatinina no grupo HHV6 positivo, que se tornou significativa após cinco anos (2,5 vs 1,2 mg/dl, p <0,05). Conclusão: A co-infecção por CMV-HHV6 foi associada à apresentação clínica mais grave do CMV, com necessidade de terapia antiviral. A piora da função renal no grupo HHV6+ pode ser consequência de reduções temporárias de imunossupressão frente ao quadro infeccioso mais intenso, favorecendo a ocorrência de episódios de rejeição subclínica.

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Publicado

2010-09-01

Como Citar

Manfrinato, J. A., Bodine, S. S., Alves Filho, G., Mazzali, M., Leite, J. L., & Sterian.Ward, L. . (2010). CO-INFECÇÃO ENTRE CITOMEGALOVÍRUS CMV (HHV5) E HERPES VÍRUS HUMANO 6 (HHV6) EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE DE RIM. Brazilian Journal of Transplantation, 13(4), 1414–1418. https://doi.org/10.53855/bjt.v13i4.244

Edição

Seção

Artigo Original