ALTERAÇÕES PRECOCES NOS MARCADORES DE RISCO PARA DOENÇA CARDIOVASCULAR EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE RENAL DE DOADOR VIVO

Autores

  • Giovanna Parada Martins Departamento de Medicina I da Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA, Brasil.
  • Francival Leite de Souza Departamento de Medicina I da Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA, Brasil.
  • Andréa Rodrigues de Sousa Departamento de Medicina I da Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA, Brasil.
  • Karenn Barros Bezerra Departamento de Medicina I da Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v13i1.221

Palavras-chave:

Transplante Renal, Doenças cardiovasculares, Fatores de Risco

Resumo

A doença cardiovascular é a principal causa de mortalidade em pacientes com doença renal crônica (DRC) em terapia dialítica, sendo responsável por cerca de metade de todas as mortes nesses pacientes. O transplante renal se acompanha de redução da mortalidade cardiovascular e coronária em relação ao tratamento dialítico, porém, estas são também, a principal causa de morte após o primeiro ano pós-transplante. Objetivo: Avaliar as alterações nos marcadores de risco tradicionais relacionados à uremia três meses após transplante renal de doador vivo. Métodos: Estudo prospectivo com 27 pacientes submetidos a transplante renal no Hospital Universitário-UFMA de junho de 2007 a janeiro de 2009. Coletados dados clínicos e metabólicos do dia da internação hospitalar e após três meses de transplante renal. Resultados: A média de idade foi de 30,4 anos; 57% eram homens com tempo médio de diálise de 24 meses. Após três meses de transplante ocorreu redução significativa da PA sistólica (128,1 ± 25,7 mmHg para 112,6 ± 15,8 mmHg, p=0,006) e da PA diastólica (83,7± 19,4 mmHg para 70,4 ± 10,5 mmHg, p=0,002). Hipocalcemia foi observada em 16 pacientes pré-transplante e em um paciente após o transplante (p<0,001). Observou-se redução nos níveis séricos de fósforo (5,4 ± 1,7 mg/dL para 3,9 ± 1,3 mg/dL, p= 0,004), assim como melhora dos níveis hemantimétricos, hemoglobina e hematócrito no pré-transplante (11,2 ± 1,9 g/dL e 34,9 ± 6,0%) para o pós-transplante (12,3 ± 3,4 g/dL e 37,8 ± 6,4%). Após três meses, observou-se elevação do colesterol total (149,18 ± 35,3mg/dL para 174,6 ± 44,3 mg/dL, p= 0,001), triglicerídeo (141,8 ± 67,4 mg/dL para 200,1 ± 102,9 mg/dL, p= 0,008) e da glicemia em jejum (87,55 ± 12,12 mg/dL passando para 107,44 ± 35,85 mg/dL, p= 0,002). Conclusão: Este estudo demonstrou melhora precoce e significativa de alguns elementos de risco para doença cardiovascular, tais como, anemia, pressão arterial e produto cálcio-fósforo após transplante renal. Houve piora do colesterol, triglicerídeos e glicemia no pós-transplante. Deve-se monitorar e tratar precocemente todos os fatores relacionados a risco cardiovascular na população transplantada.

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Publicado

2010-01-01

Como Citar

Martins, G. P., Souza, F. L. de, Sousa, A. R. de, & Bezerra, K. B. (2010). ALTERAÇÕES PRECOCES NOS MARCADORES DE RISCO PARA DOENÇA CARDIOVASCULAR EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE RENAL DE DOADOR VIVO. Brazilian Journal of Transplantation, 13(1), 1246–1250. https://doi.org/10.53855/bjt.v13i1.221

Edição

Seção

Artigo Original