PERFIL SOROLÓGICO EM POTENCIAIS DOADORES DE ÓRGÃOS SÓLIDOS DE SANTA CATARINA NO PERÍODO DE 2001 A 2007
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v14i3.204Palavras-chave:
Hepatite B, Hepatite C, HIV, Vírus Linfotrópico de Células T Humanas Tipo 1, Doença de Chagas, Citomegalovírus, Sífilis, Toxoplasmose, Soroprevalência, Transplante de ÓrgãosResumo
Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o perfil sorológico entre os potenciais doadores de órgãos sólidos no Estado de Santa Catarina no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2007. Métodos: Foi conduzido estudo epidemiológico, transversal baseado em dados secundá- rios. A população estudada foi composta por 1424 potenciais doadores de órgãos sólidos. O perfil sorológico das doenças da população do estudo foi realizado pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina, HEMOSC e os dados sócio-econômicos foram captados pela Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Santa Catarina (CNCDO/SC). As variáveis analisadas neste estudo fo- ram os resultados das sorologias segundo gênero, idade e ano do exame. Resultados: O estudo constitui-se de 1424 resultados dos testes sorológicos de potenciais doadores de órgãos sólidos, 551 (38,7%) do gênero feminino e 873 (61,3%), do gênero masculino. Os resultados foram: anti-HBc=21,7%, HBsAg= 3,9%, anti-HCV=1,3%, doença de Chagas=0,3%, sífilis=0,9%, HTLV I/II =0,3%, HIV I/II=0,5%, toxo IgG=38,2%, toxo IgM=2,3%, CMV IgG=46,2% e CMV IgM=2,6%. A soroprevalência de CMV IgM foi maior nas mulheres (p<0,01). Os outros marcadores não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os gêneros. Conclusões: Houve maior prevalência do gênero masculino entre os potenciais doadores de órgãos e aumento na faixa etária acima de 60 anos. O marcador HBsAg foi maior em homens durante o período estudado. As soroprevalências de HCV, HIV I/II, HTLV I/II e doença de Chagas foram baixas, sem alterações ao longo do período estudado. As infecções por citomegalovírus e toxoplasmose mostraram-se elevadas, sendo a infecção aguda pouco comum. Citomegalovírus foi mais frequente nas mulheres e nos mais jovens.