A INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E TACROLIMUS APÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO

Autores

  • Lucas Souto Nacif Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.
  • André Ibrahim David Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.
  • Marcio Augusto Diniz Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.
  • Alessandra Crescenzi Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.
  • Wellington Andraus Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.
  • Rafael Soares Pinheiro Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.
  • Ruy Jorge Cruz Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.
  • Luiz Carneiro D’Albuquerque Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v16i1.155

Palavras-chave:

Transplante Hepático, Insuficiência Renal, Tacrolimo

Resumo

Introdução: O transplante de fígado melhorou consideravelmente a sobrevivência em pacientes com doença hepática em estágio final. Mas, continua sendo um desafio alcançar a terapia imunossupressora ideal, evitando complicações precoces e a insuficiência renal. Objetivo: Avaliar o nível sérico de tacrolimus com insuficiência renal aguda precoce após transplante de fígado, nos primeiros 30 dias de internação ou até a alta. Método: Foram estudados dados clínicos e laboratoriais dos pacientes submetidos a transplante de fígado, a partir de outubro de 2011 até fevereiro de 2013. Foram excluídos casos com doador vivo, hepatite aguda grave, fígado bipartido, uso de outros imunossupressores além da rotina (tacrolimus e prednisona), muito grave e que tenha morrido antes de 30 dias. A análise estatística foi realizada utilizando medidas descritivas (média±desvio padrão) das variáveis: níveis séricos de tacrolimus (ng/ml), taxa de filtração glomerular (TFG) (ml/min) e creatinina (mg/dl). Comparação das variáveis pela análise de variância (ANOVA) com medidas repetidas pelo programa estatístico não paramétrico em R, versão 2.15.1. Significância estatística com p<0,05. Resultado: Alta prevalência de pacientes do sexo masculino (68,18%). A idade média dos pacientes foi de 52,43 (±12,33) e mediana de 55,5 (variação, 19-71 anos). O tempo médio de internação foi de 16,1 ± 9,32 dias. A causa principal para o transplante foi cirrose pelo vírus da hepatite C (47,7%). A média do escore MELD foi de 26,18 ± 4,28. A análise dos gráficos ao longo do tempo mostrou uma correlação significativa entre o valor sérico do tacrolimus, com a deterioração da taxa de filtração glomerular bem como da creatinina sérica. Na análise comparativa, observou-se diferença estatística em relação aos níveis séricos de tacrolimus e infecção (p=0,0391) e em relação ao tempo (p=0,0001). Notamos que na população estudada, 11,37 % dos casos apresentaram rejeição celular aguda e 36,37% dos casos, infecção. Conclusão: O nível sérico de tacrolimus, quando superior a 10 ng/ml, apresenta deterioração da taxa de função renal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2013-01-01

Como Citar

Nacif, L. S., David, A. I., Diniz, M. A., Crescenzi, A., Andraus, W., Pinheiro, R. S., Cruz, R. J., & D’Albuquerque, L. C. (2013). A INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E TACROLIMUS APÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO. Brazilian Journal of Transplantation, 16(1), 1720–1723. https://doi.org/10.53855/bjt.v16i1.155

Edição

Seção

Artigo Original