TAXA DE DOAÇÕES EFETIVAS NO BRASIL E CORRELAÇÃO COM O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v24i2.13Palavras-chave:
Obtenção de Órgãos e Tecidos, Transplantes, Epidemiologia, Saúde Pública, Indicadores de DesenvolvimentoResumo
Introdução: O Sistema Nacional de Transplantes está inserido no SUS, refletindo as desigualdades regionais. A relação do índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) com a doação de órgãos é pouco conhecida. Objetivo: Analisar o IDHM com os doadores efetivos de órgãos no ano de 2019. Método: Análise do banco de dados da Central Estadual de Transplantes do Paraná e do Registro Brasileiro de Transplantes do ano de 2019. Resultados: O IDHM médio é de 0,749 + 0,04. A média de doações efetivas foi de 13,01+12,21 por milhão de população (pmp). Os estados considerados de IDHM médio (14,81%) tiveram média de 2,45 +1 ,64 doações efetivas/pmp; de IDHM alto (74,07%) 12,71+10,58 e de IDHM muito alto (11,11%) 29,13+16,06, com diferença significativa entre os grupos (p 0,01). A correlação linear negativa é observada nos estados de IDHM médio e muito alto, positiva nos estados de IDHM alto. O número de doações efetivas/pmp cresce 418% na transição da faixa de IDHM médio para alto e 129% na transição de IDHM alto para muito alto. Dentro dos subgrupos de IDHM há diferença significativa das taxas de doadores efetivos/pmp entre os estados (p 0,000), denotando a existência de outros fatores que influenciam as taxas de doação. Santa Catarina e Paraná se destacam na gestão estadual do sistema. Conclusão: O IDHM se relaciona com as taxas de doadores de órgãos efetivos/pmp, porém, não é seu principal fator determinante.