FATORES PREDITORES DE HIPERPARATIREOIDISMO PERSISTENTE PÓS-TRANSPLANTE RENAL

Autores

  • Luiz Roberto Sousa Ulisses Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Médicas -Divisão de Nefrologia - Unidade de Transplante Renal - Campinas/SP - Brasil.
  • Leonardo Figueiredo Camargo Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Médicas -Divisão de Nefrologia - Unidade de Transplante Renal - Campinas/SP - Brasil.
  • Marcos Vinícius de Sousa Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Médicas -Divisão de Nefrologia - Unidade de Transplante Renal - Campinas/SP - Brasil.
  • Carla Feitosa do Vale Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Médicas -Divisão de Nefrologia - Unidade de Transplante Renal - Campinas/SP - Brasil.
  • Gabriel Giollo Rivelli Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Médicas -Divisão de Nefrologia - Unidade de Transplante Renal - Campinas/SP - Brasil.
  • Marilda Mazzali Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Médicas -Divisão de Nefrologia - Unidade de Transplante Renal - Campinas/SP - Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53855/bjt.v18i1.121

Palavras-chave:

Transplante, Hiperparatireoidismo, Hipercalcemia

Resumo

Hiperparatireoidismo persistente (HPTx) aumenta o risco de complicações após transplante renal. Objetivo: Identificar fatores de risco para HPTx no primeiro ano pós-transplante. Métodos: Análise retrospectiva de prontuários médicos de transplantados renais entre julho/2008 e dezembro/2010. Critérios de Inclusão: PTH sérico ≥500 pg/ml no transplante; função renal normal ao final de um ano (creatinina ≤2mg/dL). Dados analisados: cálcio sérico (Ca), fosfatemia (Pi), fosfatase alcalina sérica (AP), PTH e taxa de filtração glomerular (GFR) no transplante e nos meses 3, 6 e 12 pós transplante. Resultados: De 224 transplantes renais realizados no período, 69 (30%) preencheram os critérios de inclusão e foram divididos em dois grupos, de acordo com os níveis de PTH após um ano de transplante: controle, PTH<150 pg/ml (n=32) e Hiperparatireoidismo persistente HPTx, PTH ≥150 pg/ml (n= 37). No transplante, os grupos eram comparáveis em relação à idade, fosfatemia e níveis de PTH. Entretanto, a duração de diálise pré-transplante (78+40 vs. 50+34 meses, p<0,05) e calcemia (8,9+0,9 vs. 8,5+0,6mg/dL, p<0,05) foram maiores no grupo HPTx. Após três meses, os níveis de PTH, (365.4+176.2 vs. 166.9+92.2pg/mL, p<0.05) e de AP (175+145 vs. 109+52UI, p<0.05) foram significativamente maiores no grupo HPTx, apesar de filtração glomerular, calcemia e fosfatemia semelhantes aos controles. A partir do sexto mês pós-transplante, o grupo HPTx manteve hipercalcemia (10,2+0,7 vs. 9,9+0,5mg/dL, p<0.05), hipofosfatemia (p<0.05), e níveis mais elevados de PTH e fosfatase alcalina (p<0.05). Ao final de um ano, apesar da recuperação da função renal, o grupo HPTx manteve hipercalcemia, enquanto no grupo controle, a normalização da função renal foi associada à  normalização dos parâmetros do metabolismo mineral e ósseo. Conclusão: HPTx foi associado ao maior tempo de tratamento dialítico pré-transplante e maiores níveis de calcemia no transplante. Após o transplante, níveis mais elevados de PTH e fosfatase alcalina no terceiro mês também foram associados  à  maior incidência de HPTx, com persistência de hipercalcemia e hipofosfatemia, apesar da recuperação da função renal do enxerto.

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Publicado

2015-01-01

Como Citar

Ulisses, L. R. S., Camargo, L. F., Sousa, M. V. de, Vale, C. F. do, Rivelli, G. G., & Mazzali, M. (2015). FATORES PREDITORES DE HIPERPARATIREOIDISMO PERSISTENTE PÓS-TRANSPLANTE RENAL. Brazilian Journal of Transplantation, 18(1), 12–15. https://doi.org/10.53855/bjt.v18i1.121

Edição

Seção

Artigo Original