DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: A EXPERIÊNCIA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.53855/bjt.v19i1.101Palavras-chave:
Obtenção de Tecidos e Órgãos, Morte Encefálica, Transplante de Órgãos, ComunicaçãoResumo
A partir da regulamentação do Sistema Nacional de Transplantes, com a criação das equipes de Comissão Intra- Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), estruturou-se novo campo de atuação para profissionais de saúde. Neste, apresentam-se como tarefas: organizar o processo de captação e doação de órgãos; detectar pacientes que sejam classificados como potenciais doadores de órgãos e questionar a família do paciente sobre o desejo de doar os órgãos para transplante. Objetivo: Considerando-se que o trabalho em hospitais é potencialmente estressor e, no contexto acima descrito, agravado pelo contato direto com a morte e a finitude, entrevistou-se uma equipe de nove profissionais de saúde de um hospital público de Brasília, com intenção de compreender a experiência de trabalho. Método: Os profissionais de saúde foram convidados a participar do presente estudo embasado no método da entrevista semiestruturada. As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas na íntegra. Posteriormente, realizou-se análise de discurso com a elaboração de eixos temáticos. Resultados: No presente texto, destacam-se as seguintes categorias: carga emocional, considerações sobre a morte e foco no receptor. Conclusão: Os dados aqui discutidos, em conformidade com a literatura atual, ressaltam a necessidade de treinamento adequado dos profissionais de saúde integrantes de CIHDOTT, bem como a importância de espaços de escuta e troca entre pares.