Brazilian Journal of Transplantation https://bjt.emnuvens.com.br/revista <p> </p> <p> </p> pt-BR bjt@abto.org.br (Ana Morais) thiago@abto.org.br (Thiago Quintas Camara) Fri, 12 Jan 2024 00:00:00 -0300 OJS 3.3.0.7 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Recomendações de Triagem de Dengue de Doador e Receptor no Transplante de Órgãos Sólidos https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/588 <p>A dengue, infecção caracterizada por ciclos epidêmicos que se repetem a cada 3 a 5 anos, figura como um dos problemas de maior destaque, tendo em vista sua progressiva expansão em número de casos e extensão geográfica. Em que pese sua vasta distribuição geográfica, é nas Américas e Sudeste Asiático que a doença incide de forma mais intensa. No contexto de surtos e epidemias, as infecções transmitidas pelos doadores podem representar um grande desafio devido à falta de dados, na literatura, de uma política clara para triagem dos doadores e dos possíveis desfechos indesejáveis. Casos de transmissão provável e confirmada têm sido relatados em receptores de diferentes órgãos. Embora o total de casos descritos seja pequeno, é importante considerar a possibilidade de subnotificação e o aumento substancial do risco desse evento, especialmente nos períodos em que a transmissão da dengue atinge níveis epidêmicos na população. Com base na escassa literatura, porém baseada em estratégias adotadas em outros países que já experimentaram epidemias de dengue com transmissão do vírus por meio de transplante de órgãos, a Comissão de Infecção em Transplante (COINT) da Associação Brasileira de Transplante (ABTO) sugere triagem de doadores e candidatos a transplante com o uso combinado de NS1/IgM no sangue e critérios para o aceite do doador e do candidato.</p> Daniel Wagner de Castro Lima Santos , Raquel Silveira Bello Stucchi , Wanessa Trindade Clemente , Edson Abdala, Guilherme Santoro-Lopes, Ligia Pierrotti Copyright (c) 2024 Daniel Wagner de Castro Lima Santos , Raquel Silveira Bello Stucchi , Wanessa Trindade Clemente , Edson Abdala, Guilherme Santoro-Lopes, Ligia Pierrotti https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/588 Sun, 24 Mar 2024 00:00:00 -0300 Prevalência de Sintomas Miccionais e Fatores Preditivos em Transplantados Renais em um Centro Transplantador Brasileiro https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/562 <p><strong>Objetivos:</strong> Identificar relações entre escores de sintomas miccionais e variáveis relacionadas ao transplante. <strong>Métodos:</strong> Estudo observacional, transversal e analítico no qual o conjunto dos pacientes submetidos a transplante renal no estado de Rondônia, Brasil, foi avaliado por meio de entrevistas e análise de registros quanto a seu perfil clínico-demográfico e aos sinais e sintomas de disfunção miccional. Qui-quadrado, analysis of variance (ANOVA) e regressão linear multivariada foram utilizados para estabelecer possíveis correlações. <strong>Resultados:</strong> Abordaram-se 81,87% dos pacientes (n = 122). Os sintomas mais frequentes foram aumento da frequência (68,2%) e noctúria (97,6%). O teste ANOVA demonstrou relação entre a idade e o International Consultation on Incontinence Questionnaire (ICIQ) (Questionário Internacional de Consulta sobre Incontinência) (p = 0,014), etilismo e o Overactive Bladder Questionnaire (OAB-V8) (Question.rio de Avaliação da Bexiga Hiperativa) (p = 0,001), esquema imunossupressor e ICIQ (p = 0,04), timoglobulina e OAB (p = 0.009), uso de duplo J e ICIQ (p = 0,014), infecção por citomegalovírus e OAB (p = 0,031) e International Prostate Symptom Score (IPSS) (Escore Internacional de Sintomas Prostáticos) (p = 0,008). Das comorbidades, foi observada insuficiência cardíaca relacionada aos escores OAB (p = 0,009) e ICIQ (p = 0,003). Qui-quadrado apontou associação entre uso de álcool e grupo 1 do OAB (p = 0,005). O teste de Pearson correlacionou positivamente tempo de isquemia do enxerto com ICIQ (p = 0,04). <strong>Conclusão:</strong> A prevalência de sintomas do trato urinário inferior é maior em transplantados renais do que na população geral, e foi possível determinar fatores preditivos para sua ocorrência.</p> Diego Henrique Gomes Sobrinho, Kézia Jahel Santos Tomaz, Guilherme Rodrigues Schwamback, Renata Gonçalves Santos Rodrigues, Alessandro Corrêa Prudente dos Santos Copyright (c) 2024 Diego Henrique Gomes Sobrinho, Kézia Jahel Santos Tomaz, Guilherme Rodrigues Schwamback, Renata Gonçalves Santos Rodrigues, Alessandro Corrêa Prudente dos Santos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/562 Wed, 13 Mar 2024 00:00:00 -0300 Análise de Sobrevida do Enxerto em Pacientes Pediátricos Submetidos ao Transplante Renal https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/571 <p><strong>Introdução:</strong> O transplante renal . a terapia padr.o ouro para doença renal crônica (DRC) em estágio final. Entretanto, aspectos relacionados às características do doador e do receptor, à técnica cirúrgica, ao protocolo de imunossupressão e comorbidade podem impactar a sobrevida do enxerto. <strong>Objetivos</strong>: Avaliar os fatores associados à sobrevida do enxerto em pacientes pediátricos submetidos ao transplante renal. <strong>Métodos:</strong> Estudo descritivo do tipo coorte retrospectivo que incluiu todos os pacientes de 1 a 18 anos submetidos ao transplante renal na Unidade Renal Pedi.trica do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), Recife, Brasil, de janeiro de 2017 a dezembro de 2021, com tempo m.nimo de seguimento de 10 meses, totalizando 51 pacientes. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do IMIP sob o CAAE: 52023921.1.0000.5201. <strong>Resultados</strong>: A mediana de idade dos pacientes ao transplante renal foi de 12 anos (9-13), sendo 27 (52,9%) do sexo masculino e oito (15,6%) com menos de 5 anos. As principais etiologias da DRC foram as anomalias congênitas do rim e do trato urinário (n = 25; 49%). Quanto ao transplante renal, 49 (96,1%) foram de doador falecido e a mediana do tempo de seguimento foi de 32 (14-42) meses. Após o transplante, 58% da população eram hipertensos, enquanto 80,4% apresentavam dislipidemia. As taxas de sobrevida do enxerto e do paciente em 5 anos, avaliadas pela curva de Kaplan Meier, foram, respectivamente, 86,3 e 90,2%. Sete pacientes (n = 5) perderam o enxerto, sendo a causa mais frequente a trombose de veia renal. As causas não glomerulares de DRC mostraram menor sobrevida do enxerto quando comparadas .s causas glomerulares (log rank p = 0,010). <strong>Conclusão:</strong> As taxas de sobrevida do enxerto e dos pacientes em nossa casuística assemelham-se aos dados nacionais e mundiais. As causas mais frequentes de perda do enxerto foram os eventos tromboembólicos. Além disso, observamos elevada prevalência de hipertensão e dislipidemia. Esses resultados nos direcionam para estabelecer estratégias para melhorar a sobrevida nos transplantes renais pediátricos.</p> Ligia Soeiro, Anna Clara de Moura Lima, Alice Pimentel Vinicius Silva, Maria Eduarda Cardoso de Araújo, Daniela Saraiva Guerra Lopes, Iracy de Oliveira Araújo, Emília Maria Danta Soeiro Copyright (c) 2024 Ligia Soeiro, Anna Clara de Moura Lima, Alice Pimentel Vinicius Silva, Maria Eduarda Cardoso de Araújo, Daniela Saraiva Guerra Lopes, Iracy de Oliveira Araújo, Emília Maria Danta Soeiro https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/571 Fri, 26 Apr 2024 00:00:00 -0300 Complicações Prevalentes no Transplante Cardíaco: Uma Análise de Coorte Retrospectiva https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/558 <p class="p1"><strong>Objetivos:</strong> Identificar as complicações prevalentes no pós-transplante cardíaco (TxC). <strong>Métodos:</strong> Trata-se de pesquisa quantitativa de coorte retrospectiva, com pacientes pós-TxC no período de 2010 a 2022, por meio de análise de prontuário. <strong>Resultados: </strong>Participaram do estudo 49 pacientes pós-TxC, sendo seis óbitos. A principal causa de insuficiência cardíaca prévia ao transplante foi dilatada idiopática (36,7%), seguida de etiologia chagásica (30,6%), com tempo médio de fila de transplante de 7,4 meses [desvio-padrão (DP) = 9,7]. No período pós-TxC, 95,9% da população apresentou ao menos uma complicação, sendo a mais frequente a rejeição celular aguda (81,6%) seguida de infecção por citomegalovírus (44,9%). <strong>Conclusão</strong>: O estudo forneceu dados relevantes para a literatura para de identificar as complicações prevalentes no TxC para implementar ações de enfermagem, como o planejamento realizado pelo enfermeiro para melhorar a autogestão do cuidado ao paciente transplantado.</p> Gabriela Ribeiro Borzani, Nadja Van Geen Poltronieri , Sérgio Henrique Simonetti, Bruna Bronhara Damiani Copyright (c) 2024 Gabriela Ribeiro Borzani, Nadja Van Geen Poltronieri , Sérgio Henrique Simonetti, Bruna Bronhara Damiani https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/558 Wed, 22 May 2024 00:00:00 -0300 Nível Sérico dos Imunossupressores como Marcador de Efetividade da Educação farmacêutica no Transplante de Órgãos Sólidos https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/528 <p>Os indivíduos acometidos por doenças graves que comprometem algum órgão específico, muitas vezes, necessitam do transplante de órgãos sólidos. A terapia imunossupressora e a adesão ao tratamento medicamentoso influenciam nos desfechos clínicos positivos, como aumento da sobrevida do enxerto e melhora na qualidade de vida. Diante disso, a atuação do farmacêutico clínico a nível hospitalar e ambulatorial mediante acompanhamento farmacoterapêutico propicia a otimização do tratamento pós-transplante. <strong>Objetivos:</strong> Avaliar o reflexo da educação farmacêutica, bem como o acompanhamento farmacoterapêutico na adequação do nível sérico dos inibidores de calcineurina em pacientes receptores de órgãos sólidos. <strong>Métodos:</strong> Estudo descritivo e retrospectivo com pacientes adultos transplantados hepático e pulmonar em uso de inibidores de calcineurina. O índice de variação foi utilizado para avaliar a adequação do nível sérico em três períodos distintos. <strong>Resultados:</strong> Foram incluídos 64 pacientes no estudo, sendo 45 transplantes hepáticos e 19 pulmonares. Em análise de subgrupo, cerca de 50% da população não apresentou conformidade do nível sérico na primeira consulta pós-alta. Após um ano do procedimento cirúrgico e dos diferentes acompanhamentos ambulatoriais, o nível sérico alvo alcançou 63,16% no transplante hepático e 77,78% no transplante pulmonar. <strong>Conclusão:</strong> A importância da atuação do farmacêutico clínico baseia-se no reflexo obtido na adequação e conformidade dos níveis séricos dos inibidores de calcineurina, de forma não exclusiva aos dados iniciais avaliados no hospital no período imediato, mas principalmente no seguimento farmacoterapêutico realizado de modo ambulatorial, em que observamos um valor mais expressivo.</p> Thayse Ventura Luz, Paola Hoff Alves, Camila Silva Muneretto Copyright (c) 2024 Thayse Ventura Luz, Paola Hoff Alves, Camila Silva Muneretto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/528 Sat, 24 Feb 2024 00:00:00 -0300 O Uso de Técnicas para Controle de Qualidade Microbiológico Adotadas em um Banco de Tecidos Humanos https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/565 <p>A Portaria de Consolidação n. 4, de 28 de setembro de 2017, do Ministério da Saúde, dispõe sobre a avaliação dos serviços destinados aos bancos de tecidos humanos (BTH) quanto ao controle microbiológico dos ambientes (sala de processamento classificação ISO 5) e dos produtos (cultura para patógenos aeróbicos, anaeróbicos e fungos), visando a garantia de inocuidade nos transplantes de tecidos. <strong>Objetivos:</strong> Evidenciar as técnicas para controle microbiológico dos tecidos distribuídos, adotadas por um BTH em 5 anos, assim como os resultados obtidos pela aplicação e uso dessas técnicas. <strong>Métodos:</strong> Por meio de procedimentos operacionais padrão (POP), foram estabelecidas previamente a metodologia e a frequência das coletas, dos exames e da limpeza das salas. Foram coletadas culturas microbiológicas dos tecidos em todas as captações e processamentos. Além disso, durante o processamento do tecido, amostras das digitais nas luvas do processador e na sala de processamento foram semeadas em placas ágar sangue. Semanalmente, a sala de processamento foi limpa com “biguanida + quaternário de amônia”, sendo a bancada de processamento higienizada com álcool 70% estéril e o controle ambiental microbiológico realizado semestralmente, por empresa terceirizada e qualificada. <strong>Resultados:</strong> No período analisado, as técnicas se mostraram eficazes em 46 (96%) casos, tendo sido identificada contaminação em apenas duas (4%) amostras processadas e coletadas. A eficência e os resultados foram documentados. <strong>Conclusão: </strong>Métodos eficazes de controle de qualidade biológico são legitimamente obrigatórios, porém passíveis de aperfeiçoamento, suscitando a necessidade do desenvolvimento de protocolos seguros para qualidade dos servi.os e inocuidade dos tecidos transplantados.</p> Carlos Alexandre Curylofo Corsi, Katia Carmen Gabriel Scarpelini, Rodolfo Leandro Bento, Alan Vinicius Assunção-Luiz, Flávio Luís Garcia , Luís Gustavo Gazoni Martins Copyright (c) 2024 Carlos Alexandre Curylofo Corsi, Katia Carmen Gabriel Scarpelini, Rodolfo Leandro Bento, Alan Vinicius Assunção-Luiz, Flávio Luís Garcia , Luís Gustavo Gazoni Martins https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/565 Fri, 15 Mar 2024 00:00:00 -0300 Análise das Notificações Recebidas pela Central de Transplantes do Estado de Roraima de 2017 a 2021 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/548 <p><strong>Objetivos</strong>: Analisar as notificações de morte encefálica (ME) recebidas pela Central de Transplantes (CET) do estado de Roraima (RR) de 2017 a 2021.<strong> Métodos:</strong> Trata-se de estudo transversal, quantitativo e observacional no qual foram analisadas todas as notificações recebidas pela CET no período de 2017 a 2021, resultando em 120 pacientes, dos seguintes centros de saúde: Hospital Geral de Roraima (HGR), Hospital Confederação Nacional das Cooperativas Médicas (UNIMED), Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), Hospital das Clínicas (HC) e Hospital Lotty Íris (HLI). Os dados foram coletados do sistema de gerenciamento de dados da central e repassados para a ficha de coleta desenvolvida pela pesquisadora. <strong>Resultados:</strong> Este estudo analisou 119 notificações após a exclusão de uma devido a dados conflitantes. Houve predominância do sexo masculino (58%), com trauma cranioencefálico sendo a causa mais frequente de ME. Ao todo, foram realizadas seis captações de órgãos, todas no HGR. Este estudo não encontrou associações significativas entre a captação de órgãos e sexo, idade, local de internação e ano. <strong>Conclusão: </strong>Há grandes desafios em relação à doação de órgãos em RR, com uma taxa de captação baixa ao longo de 5 anos. Apenas o HGR obteve sucesso em realizar captações de órgãos, diferentemente de outros hospitais notificadores. São necessárias melhorias, destacando a importância de se realizarem mais estudos para uma análise mais aprofundada dos dados.</p> Lidiane Cristina Santiago de Oliveira, Larissa Lima Araújo Mendes, Matheus Dantas Brum, Mykaelle Soares Lima, Ana Carolina Ferrer Lobo, Jéssica Anne Pereira Corrêa França, Carlos Henrique dos Santos Junior, Lueli Evelin Leite Mota, Geraldo Pereira Maia Neto, José Egberg Santos de Araújo, Matilde Nascimento Rabelo, Thaís Lorena Pereira da Paz, Victor Hugo Souza Lustosa, Bárbara Carvalho dos Santos, Marcelo Moura Linhares Copyright (c) 2024 Lidiane Cristina Santiago de Oliveira, Larissa Lima Araújo Mendes, Matheus Dantas Brum, Mykaelle Soares Lima, Ana Carolina Ferrer Lobo, Jéssica Anne Pereira Corrêa França, Carlos Henrique dos Santos Junior, Lueli Evelin Leite Mota, Geraldo Pereira Maia Neto, José Egberg Santos de Araújo, Matilde Nascimento Rabelo, Thaís Lorena Pereira da Paz, Victor Hugo Souza Lustosa, Bárbara Carvalho dos Santos, Marcelo Moura Linhares https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/548 Mon, 20 May 2024 00:00:00 -0300 Agonistas do Receptor de Peptídeo Semelhante ao Glucagon-1 em Transplantados Renais - Estudo Retrospectivo de um Centro Hospitalar https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/563 <p><strong>Objetivos:</strong> A incidência de diabetes pós-transplante e o aumento do risco cardiovascular entre os receptores de transplante estão em ascensão. Os agonistas do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon têm o potencial de mitigar os efeitos dos medicamentos imunossupressores, abordando tanto a hiperglicemia quanto o aumento de peso, o que os torna atrativos para uso nesta população, dadas as suas vantagens cardiovasculares e renoprotetoras. No entanto, a evidência atual é insuficiente sobre a sua eficácia em receptores de transplante renal diabéticos (RTRD). <strong>Métodos:</strong> O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar a eficácia e segurança dos agonistas do peptídeo semelhante ao glucagon-1 em RTRD. O foco principal foi avaliar o seu impacto em vários parâmetros, tais como níveis de hemoglobina A1c, índice de massa corporal (IMC), perfil lipídico, níveis de hemoglobina, função do enxerto renal (taxa de filtração glomerular estimada [TFGe]) e relação proteína-creatinina urinária. <strong>Resultados:</strong> Durante um período de observação mediano de 18 meses, esta investigação incluiu 64 pacientes transplantados renais. A TFGe mediana no início foi de 61,9 mL/min/1,73 m<sup>2</sup> e permaneceu estável durante o acompanhamento. A mediana da HbA1c diminuiu de 7,5 para 7% (IC95%; p &lt; 0,002). Também foi observada uma melhoria significativa no IMC e no perfil lipídico. Não foram observadas mudanças significativas nos níveis medianos de creatinina e relação proteína:creatinina urinária. Nenhum efeito colateral justificou a descontinuação do medicamento. <strong>Conclusão:</strong> Este estudo mostra que o uso de agonistas do peptídeo semelhante ao glucagon é viável e bem tolerado em RTRD, sem efeitos colaterais significativos observados. Estudos subsequentes são necessários para explorar se esta terapêutica pode melhorar efetivamente a sobrevida do aloenxerto nesses pacientes.</p> Joana Freitas, José Silvano, Catarina Ribeiro, Jorge Malheiro, Sofia Pedroso, Manuela Almeida, Isabel Fonseca, La Salete Martins Copyright (c) 2024 Joana Freitas, José Silvano, Catarina Ribeiro, Jorge Malheiro, Sofia Pedroso, Manuela Almeida, Isabel Fonseca, La Salete Martins https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/563 Fri, 12 Apr 2024 00:00:00 -0300 Transplante Renal em Idosos: Experiência de Cinco Anos https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/580 <p class="p1"><strong>Objetivos:</strong> A prevalência de doença renal em estágio terminal está aumentando entre os adultos mais velhos em todo o mundo. Apesar de o transplante renal ser considerado a melhor terapia de substituição renal, ele apresenta desafios únicos em pacientes idosos. Este estudo pretende descrever o transplante renal com doador falecido em nosso centro, analisar os resultados, nomeadamente, função tardia do enxerto (FTE), rejeição aguda, infecções bacterianas e perda do aloenxerto censurada para a morte em pacientes com 65 anos ou mais, e comparar a sobrevida do enxerto e do paciente com receptores com menos de 65 anos.<strong> Métodos:</strong> Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo em um único centro sobre transplante renal de doador falecido entre 2016 e 2020. Foram coletados dados sobre as características do doador, do receptor e do transplante, e os resultados após o transplante foram analisados. A regressão univariada de Cox foi usada para comparar a sobrevida do paciente e do aloenxerto censurada para a morte entre pacientes mais velhos e mais jovens. <strong>Resultados:</strong> Dos 294 transplantes de doadores falecidos realizados, 48 foram alocados para receptores com 65 anos ou mais. Esses pacientes tiveram uma prevalência significativamente maior de doadores com critérios estendidos (DCE) em comparação com receptores mais jovens (p &lt; 0,001). A idade média dos receptores no grupo de idosos foi de 68 ± 2 anos, com um acompanhamento mediano de 29 meses (intervalo interquartil [IQR] 18-49). Durante o primeiro ano, cinco (10,4%) pacientes foram diagnosticados com rejeição aguda comprovada por biópsia e 24 (50%) com infecções bacterianas. A FTE foi observada em 27 (56,3%) pacientes e foi associada a uma proporção maior de doadores de alto risco (doadores com DCE e morte circulatória não controlada com perfusão regional normotérmica) (p = 0,034), tempos isquêmicos frios mais longos (p = 0,031) e maior duração de hospitalização (p &lt; 0,001). A sobrevida do aloenxerto censurado para a morte em 1, 3 e 5 anos foi de 89,1, 89,1 e 84,6%, respectivamente, o que não foi estatisticamente diferente do grupo de receptores mais jovens (p = 0,56). Durante o acompanhamento, cinco pacientes morreram, três (60%) dos quais tinham um aloenxerto funcional. A sobrevida dos pacientes em 1, 3 e 5 anos foi de 100, 97,6 e 79,2%, respectivamente, mais uma vez sem diferenças notáveis em comparação com os receptores mais jovens (p = 0,12). <strong>Conclusão:</strong> Embora uma abordagem individualizada e uma cuidadosa avaliação pré-transplante sejam fundamentais para o sucesso do transplante renal na população idosa, nossa sobrevida do aloenxerto e do paciente censurado para a morte em 1, 3 e 5 anos em pacientes idosos foi semelhante à dos receptores mais jovens.</p> Núria Paulo, Vítor Fernandes, Ana Cerqueira, Manuela Bustorff, Ana Pinho, Susana Sampaio, Manuel Pestana Copyright (c) 2024 Núria Paulo, Vítor Fernandes, Ana Cerqueira, Manuela Bustorff, Ana Pinho, Susana Sampaio, Manuel Pestana https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/580 Tue, 28 May 2024 00:00:00 -0300 Qualidade de Vida Tardia em Receptores de Transplante Renal https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/560 <p class="p1"><strong>Introdução:</strong> Com o aumento da expectativa de vida, houve também crescimento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, como a doença renal crônica (DRC). O tratamento de escolha da DRC terminal é o transplante renal (TR), via doador vivo (DV) ou falecido (DF). São escassos os dados na literatura sobre a qualidade de vida (QV) em pacientes transplantados e a correlação com a origem do enxerto. <strong>Objetivos:</strong> Analisar a QV em pacientes submetidos a TR antes de 2012, no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. <strong>Métodos:</strong> Este é um estudo transversal observacional. Foram selecionados pacientes submetidos a TR até 2012, sendo a amostra composta por 24 pacientes do sexo feminino (61,5% de DF) e 19 do sexo masculino (38,5% de DF). Foi aplicado o questionário Short Form-36 (SF-36). Os dados foram tabulados em Excel<span class="s1">® </span>e analisados estatisticamente. <strong>Resultados:</strong> Pacientes com DF apresentaram 39 meses excedentes de diálise (p = 0,017) e maiores níveis iniciais medianos de creatinina do que o grupo de DV (D1: p = 0,001, D3 e D7: <em>p</em> &lt; 0,001), com maior decaimento mensal nos 8 anos de TR (<em>p</em> &lt; 0,001) e menores níveis de creatinina nos 7º (<em>p</em> = 0,008) e 8º anos (<em>p</em> = 0,037). Com relação ao questionário SF-36, o único domínio estatisticamente significante foi “saúde mental”, melhor no grupo de DF (<em>p</em> = 0,008). <strong>Conclusão:</strong> A QV de pacientes transplantados por DV e DF não apresentou diferença significativa, exceto em saúde mental, que foi melhor em DF. Os achados de creatinina foram melhores nos 7º e 8º anos em DF, com taxas maiores na 1ª semana pós-TR, apontando decaimento temporal no grupo de DF.</p> Renata Namie Yoshioka Kimura, Pedro Henrique Haisi Amaral Camargo, Paulo Eduardo Dietrich Jaworski Copyright (c) 2024 Renata Namie Yoshioka Kimura, Pedro Henrique Haisi Amaral Camargo, Paulo Eduardo Dietrich Jaworski https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/560 Wed, 19 Jun 2024 00:00:00 -0300 Impacto Econômico das Recomendações Farmacêuticas Realizadas em uma Unidade de Transplante Hepático de um Hospital Universitário https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/570 <p><strong>Introdução:</strong> Os avanços na medicina proporcionaram a possibilidade do transplante de órgãos e tecidos para fins terapêuticos. Os pacientes transplantados, além da terapia imunossupressora, fazem, em sua maioria, tratamento para outras comorbidade e essa polifarmácia faz com que o papel do farmacêutico seja de extrema importância para garantir a segurança e a adesão do paciente. Por meio das recomendações farmacêuticas (RF), o profissional consegue reduzir a morbimortalidade e o tempo de internação, assim como os custos de saúde. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de estudo observacional, descritivo retrospectivo, realizado no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2022, que tem por objetivo analisar o impacto econômico das recomendações farmacêuticas realizadas em uma unidade de transplante hepático de um hospital universitário. A coleta de dados ocorreu no período de maio a agosto de 2023 com auxílio do banco de dados da farmácia clínica da instituição. O impacto econômico foi classificado como aumento de efetividade (AE), redução de custo (RC) e risco evitado (RE), calculados por uma metodologia desenvolvida e adaptada à realidade do estudo. Os custos relacionados à aquisição dos medicamentos foram verificados mediante o sistema próprio do hospital e os valores foram ajustados de acordo com a inflação de junho de 2023. <strong>Resultados:</strong> Foram realizadas 363 RF, das quais o AE representou 64% (n = 231), seguido por RC (20%, n = 72) e RE (16%, n = 60). O valor total resultante corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de R$ 179.223,31, sendo o valor do RE de R$ 140.414,04 e da RC de R$ 38.809,27. <strong>Conclusão:</strong> A importância do farmacêutico clínico na equipe multidisciplinar é evidente por meio da melhoria do acompanhamento dos pacientes, da monitorização e da gestão da condição de saúde. Por intermédio deste estudo podemos perceber que as RF apresentadas obtiveram impacto financeiro considerável e obteve-se, pela otimização da farmacoterapia dos pacientes transplantados, uma AE terapêutica. Percebe-se, ainda, a importância de se desenvolverem mais estudos que mostrem o impacto da qualidade assistencial proporcionada pela atuação da farmácia clínica, para que seja possível destacar a importância dessa seara para a assistência em saúde.</p> Lara Nascimento, Alene Barros de Oliveira, José Martins de Alcântara Neto, Maria Gabrielle oliveira e Silva Linhares, Cinthya Cavalcante de Andrade Copyright (c) 2024 Lara Nascimento, Alene Barros de Oliveira, José Martins de Alcântara Neto, Maria Gabrielle oliveira e Silva Linhares, Cinthya Cavalcante de Andrade https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/570 Thu, 25 Apr 2024 00:00:00 -0300 Fatores Associados ao Letramento em Saúde Limitado de Pacientes Submetidos ao Transplante Renal https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/526 <p class="p1"><strong>Introdução:</strong> O letramento em saúde (LS) limitado está associado a maiores dificuldades de autogerenciamento em saúde e a resultados desfavoráveis em pacientes com doença renal crônica (DRC) submetidos ao transplante renal (TxR). Este estudo objetivou analisar os fatores associados ao LS limitado em pacientes submetidos ao TxR. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de estudo transversal, analítico, realizado com 129 pacientes de um hospital referência em TxR de Goiânia, estado de Goiás, Brasil. Foi aplicado um questionário estruturado contendo variáveis sociodemográficas, ocupacionais, de hábitos de vida, clínicas e laboratoriais. O nível de LS foi avaliado pelo Brief Test of Functional Health Literacy in Adults (B-TOFHLA). <strong>Resultados:</strong> A prevalência de LS limitado foi de 34,1%. Na análise bivariada, observaram-se maiores prevalências de LS limitado em ensino fundamental [razão de prevalência (RP) = 1,85; intervalo de confiança (IC95%) 1,13-3,06], menor renda familiar mensal RP = 2,00; IC95% 1,17-3,43), não ter acesso à internet no domicílio (RP = 1,83; IC95% 1,07-3,10) e não trabalhar (RP = 2,29; IC95% 1,12-4,68). No modelo multivariado final, mantiveram-se associados ao LS limitado: ter ensino fundamental (RP: 1,72; IC95% 1,04-2,83) e não trabalhar (RP: 2,14; IC95% 1,05-4,35). Ter ensino fundamental completo e não trabalhar fortaleceram a prevalência de LS limitado em 72% e mais que duas vezes, respectivamente. <strong>Conclusão:</strong> A prevalência de LS limitado na população estudada está associada à maior vulnerabilidade socioeconômica.</p> Marcos Paulo Marinho Montelo, Jules Ramon Brito Teixeira, Karine Anusca Martins, Edna Regina Silva Pereira Copyright (c) 2024 Marcos Paulo Marinho Montelo, Jules Ramon Brito Teixeira, Karine Anusca Martins, Edna Regina Silva Pereira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/526 Mon, 10 Jun 2024 00:00:00 -0300 Impacto da Pandemia da SARS-CoV-2 nas Doações de Tecidos Oculares para Transplantes em Hospital Universitário https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/553 <p><strong>Objetivos:</strong> Analisar o impacto da pandemia da síndrome respiratória aguda grave do coronavírus 2 (SARS-CoV-2) nas doações de tecidos oculares quanto às perdas de oportunidade de potenciais doadores devido à suspensão das captações e às mudanças nos critérios de elegibilidade, nas taxas de elegibilidade hospitalar de doadores e causas de não doação. <strong>Métodos:</strong> Foram analisados dados de pacientes falecidos em parada cardiorrespiratória (PCR) em um hospital universitário brasileiro em 2020. Compararamse o número de doações efetivadas, o número de óbitos potencialmente elegíveis para doação e as causas de não doação nos três períodos de 2020: período 1, pré-pandemia (1 de janeiro a 18 de março de 2020), período 2, com suspensão de doações em PCR (19 de março a 19 de setembro de 2020), e período 3, de captações com triagem epidemiológica para SARS-CoV-2 e redução da faixa etária de doadores até 65 anos (20 de setembro a 31 de dezembro de 2020). <strong>Resultados:</strong> Houve 710 óbitos por morte circulatória em 2020. A taxa de elegibilidade hospitalar foi de 5,7% em 140 óbitos no período 1, 11,9% de 395 pacientes durante a suspensão da captação no período 2 e 3,4% de 175 pacientes durante as restrições da faixa etária e triagem para doença do coronavírus 2019 (COVID-19) (p = 0,004). Os 47 pacientes falecidos no período 2 representaram perda de oportunidade de doação devido à suspensão das captações e 13 (7,6%) dos 175 pacientes no período 3 não foram elegíveis devido à redução da faixa etária. Dentre os elegíveis sem contraindicação clínica, 81% dos 75 pacientes tiveram limitação na oferta de doação devido às restrições da pandemia. Apenas um paciente foi considerado inelegível para doação devido à triagem clínico-epidemiológica para SARSCoV-2. As infecções graves foram a principal causa de não doação em 50,7, 48,1 e 47,4% dos óbitos nos três períodos (p = 0,615). <strong>Conclusão:</strong> A pandemia de SARS-CoV-2 afetou significativamente a captação de tecidos oculares para transplantes devido às medidas restritivas implementadas por motivos de segurança, resultando na perda de oportunidade de doação para 81% das famílias. As taxas de elegibilidade de potenciais doadores foram reduzidas significativamente pela restrição de faixa etária. As infecções graves foram a principal causa de não doação de tecidos oculares, porém, neste estudo, não houve aumento significativo durante o período pandêmico estudado.</p> Adriana Carla de Miranda Magalhaes, Edna Andrea Pereira de Carvalho, Joel Edmur Boteon, Luciana Cristina dos Santos Silva, Tatiane Batista Chaves de Faria, Rene Coulaud Santos da Costa Cruz , Silvia Zenobio Nascimento Copyright (c) 2024 Adriana Carla de Miranda Magalhaes, Edna Andrea Pereira de Carvalho, Joel Edmur Boteon, Luciana Cristina dos Santos Silva, Tatiane Batista Chaves de Faria, Rene Coulaud Santos da Costa Cruz , Silvia Zenobio Nascimento https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/553 Wed, 15 May 2024 00:00:00 -0300 Validação da Captação de Tecido Musculoesquelético em Doador Vivo: Experiência de um Banco de Multitecidos https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/596 <p class="p1"><strong>Introdução:</strong> A captação de tecidos musculoesqueléticos é fundamental para garantir o fornecimento de produtos biológicos de origem humana com segurança e eficácia clínica. Para assegurar a qualidade desses tecidos, é essencial que a etapa de captação passe por um processo de validação. <strong>Objetivos:</strong> Este artigo descreve a experiência de um banco de multitecidos humanos (BMTHs) público na validação da captação de tecido musculoesquelético (cabeça femoral) de doador vivo. <strong>Métodos:</strong> Trata-se da avaliação e adequação de um protocolo de captação visando promover a excelência na qualidade dos tecidos distribuídos para fins terapêuticos e de pesquisa. Para isso, foram realizadas uma visita técnica em outro banco de tecidos e reuniões com a equipe do serviço de ortopedia para apresentação e discussão sobre o fluxo do processo. A triagem do doador foi conduzida por meio da aplicação de formulários, avaliando os critérios de seleção e exclusão. Após a aceitação, mediante termo de consentimento, foram solicitados os exames sorológicos do doador e, por fim, a captação. Validaram-se o kit de captação, o controle de temperatura da caixa térmica de transporte e a coleta de material microbiológico da peça no momento da retirada. Para considerar válido o processo, o tecido captado passou por avaliações macroscópicas, radiológicas e microbiológicas. Os formulários e demais documentos do prontuário foram auditados pelo Núcleo de Qualidade e Segurança em Saúde (NQSS) da instituição. Também foi realizado o mapeamento dos processos, visando os riscos e oportunidades de melhoria. <strong>Resultados:</strong> O protocolo de captação foi realizado e validado conforme previsto no plano de ação. A técnica de captação foi realizada de forma estéril no centro cirúrgico. As análises microbiológicas e sorológicas apresentaram resultados negativos e o tecido foi considerado macroscopicamente viável. Após auditoria, a documentação foi considerada adequada ao atender a legislação vigente (Resolução da Diretoria Colegiada – RDC Nº 707, de 1 de julho de 2022). Além disso, o mapeamento dos processos garantiu a segurança da captação e proporcionou oportunidades de melhoria. <strong>Conclusão:</strong> Apresenta-se um protocolo de captação de tecidos musculoesqueléticos no serviço de referência, sendo o processo de validação replicável, por meio de uma ferramenta fundamental para assegurar a inocuidade e segurança na captação de tecidos.</p> Luiz Henrique de Freitas Filho, Cristina de Carvalho Silva Neves, Carlos Alexandre Curylofo Corsi, Evelyn Machado Cardoso, Nilcilene Pinheiro Silva, Gustavo Constantino de Campos Copyright (c) 2024 Luiz Henrique de Freitas Filho, Cristina de Carvalho Silva Neves, Carlos Alexandre Curylofo Corsi, Evelyn Machado Cardoso, Nilcilene Pinheiro Silva, Gustavo Constantino de Campos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/596 Tue, 28 May 2024 00:00:00 -0300 Competências Essenciais para a Atuação do Enfermeiro no Transplante de Medula Óssea https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/564 <p class="p1"><strong>Introdução:</strong> O transplante de medula óssea (TMO) é o processo de substituição de uma medula óssea doente ou lesada por outra com função normal. No Brasil, as atividades assistenciais relacionadas ao cuidado direto ao paciente são supervisionadas por um enfermeiro, sendo outras atividades privativas desse profissional. Devido à complexidade desses pacientes, alguns programas de TMO podem optar por prover o cuidado de enfermagem exclusivamente por enfermeiros. <strong>Objetivos:</strong> (i) Desvelar a percepção dos enfermeiros relativa às competências exigidas durante o processo de cuidado a pacientes na unidade de TMO e (ii) identificar se os enfermeiros reconhecem incremento da qualidade em unidades de TMO que implementam o cuidado de enfermagem exclusivamente por enfermeiros. <strong>Métodos:</strong> Estudo descritivo-exploratório com método misto concorrente realizado em um hospital de grande porte da Zona Sul da cidade de São Paulo com enfermeiros atuantes do TMO no ano de 2023. <strong>Resultados:</strong> A partir da análise das entrevistas, foi possível elencar os resultados em três categorias: a) as competências necessárias para atuação do enfermeiro no TMO; b) o TMO como especialização para a enfermagem; c) relação do cuidado exclusivo do enfermeiro com os resultados no TMO. <strong>Conclusão:</strong> Cinco competências centrais foram identificadas: raciocínio clínico, tomada de decisão, trabalho em equipe, educação em saúde e liderança. Os profissionais reconhecem o incremento da qualidade dos cuidados de enfermagem prestados no TMO quando realizados exclusivamente por enfermeiros.</p> Isabelle Ribeiro de Farias, Marina de Jesus Leite, Rafaela Vilela Alves dos Santos, Filipi Utuari de Andrade Coelho, Priscilla Caroliny de Oliveira Copyright (c) 2024 Isabelle Ribeiro de Farias, Marina de Jesus Leite, Rafaela Vilela Alves dos Santos, Filipi Utuari de Andrade Coelho, Priscilla Caroliny de Oliveira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/564 Tue, 18 Jun 2024 00:00:00 -0300 Inibidores do Cotransportador de Sódio-Glicose 2 em Receptores de Transplante Renal – um Estudo Retrospectivo de Centro Único https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/546 <p><strong>Introdução:</strong> Considerando o aumento da incidência de diabetes pós-transplante e o elevado impacto cardiovascular entre os receptores de transplantes, este facto faz com que o uso de inibidores de SGLT2 nesse grupo seja atrativo devido aos seus benefícios cardiovasculares e renoprotetores. No entanto, há escassez de evidência nos receptores de transplante renal com diabetes devido a preocupações com possíveis danos ao enxerto renal e efeitos adversos. <strong>Métodos:</strong> Este estudo retrospectivo foi elaborado para avaliar a eficácia e segurança dos inibidores de SGLT2 em receptores de transplante renal (KTRs). O foco principal foi avaliar o seu impacto em parâmetros como níveis de hemoglobina A1c, índice de massa corporal (IMC), perfil lipídico, níveis de hemoglobina, função do enxerto renal (taxa de filtração glomerular estimada) e relação proteína/creatinina urinária. <strong>Resultados:</strong> Um total de 75 pacientes receptores de transplante renal foram incluídos em nossa investigação. O estudo abrangeu um período de observação mediano de 18 (2,0–71,0) meses. A taxa média de filtração glomerular estimada no início foi de 61,9 (26–120) mL/min/1,73 m2 e permaneceu estável durante o acompanhamento. A mediana da HbA1c diminuiu de 7,5 para 7,0% (IC 95%; p&lt;0,002). A melhora significativa no IMC (IC 95%; p&lt;0,001) e no perfil lipídico (IC 95%; p&lt;0,05) também foram observados. A taxa média de hemoglobina no início foi de 13,5g/dL e melhorou modestamente no final do acompanhamento para 13,7g/dL (p=0,12). Em relação à relação proteína/creatinina urinária, os níveis aumentaram ligeiramente, mas não significativamente [+0,05 g/g (p=0,9)]. Numa análise de subgrupo post-hoc, a taxa de infecções do trato urinário foi baixa (10%). Nenhum outro efeito colateral foi observado durante o curso do tratamento. <strong>Conclusões:</strong> Este estudo demonstra que a administração de inibidores de SGLT2 é viável e bem tolerada, sem efeitos colaterais notáveis em receptores de transplante renal. No entanto, a questão de saber se a inibição do SGLT2 pode efetivamente reduzir a mortalidade cardiovascular e melhorar a sobrevida do enxerto nesses pacientes permanece a ser explorada em estudos subsequentes.</p> Joana Freitas, José Teixera Francisco, Miguel Trigo Coimbra, Renata Carvalho, Sara Vilela, José Luís Silvano, Catarina Ribeiro, Jorge Malheiro, Sofia Pedroso, Manuela Almeida, Isabel Fonseca, La Salete Martins Copyright (c) 2024 Joana Freitas, José Teixera Francisco, Miguel Trigo Coimbra, Renata Carvalho, Sara Vilela, José Luís Silvano, Catarina Ribeiro, Jorge Malheiro, Sofia Pedroso, Manuela Almeida, Isabel Fonseca, La Salete Martins https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/546 Fri, 12 Jan 2024 00:00:00 -0300 Análise Perioperatória dos Pacientes Submetidos a Transplante Hepático no Hospital de Clínicas da Unicamp no Contexto da Pandemia de SARS-Cov-2 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/530 <p><strong>Introdução:</strong> A pandemia causada pelo SARS-CoV-2 teve início no ano de 2020 e ocasionou mudanças importantes no número de transplantes realizados nos hospitais e nos protocolos de admissão de candidatos para realização do procedimento. A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) recomendava não realizar transplante de doadores com infecção COVID-19 ativa, teste positivo ou com Síndrome Respiratória Aguda Grave. As repercussões hepáticas relacionadas a COVID-19 são apresentadas em alguns relatos presentes na literatura médica. Estão bem documentadas as alterações hepáticas decorrentes de outros coronavírus tais como SARSCoV e MERS-CoV. O Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas é um centro terciário que realiza transplantes de órgãos sólidos. <strong>Objetivos:</strong> Realizar a análise retrospectiva descritiva perioperatória dos transplantes hepáticos no contexto da pandemia por SARS-CoV-2 realizados no hospital das clínicas da Universidade Estadual de Campinas no período de março de 2020 a julho de 2021. <strong>Materiais e Métodos:</strong> Estudo retrospectivo, descritivo de coorte longitudinal baseado na revisão dos prontuários dos pacientes submetidos ao transplante hepático no contexto da pandemia por SARS-CoV-2 no período de março de 2020 a julho de 2021 no hospital de clínicas da Universidade Estadual de Campinas. <strong>Resultados:</strong> A análise retrospectiva foi realizada em 57 pacientes no período. Apenas 1 paciente precisou ser excluído por ter menos de 18 anos. Dos 56 pacientes, 52 realizaram coleta do exame laboratorial RT-PCR e tomografia (TC) de tórax. Desses 52 pacientes apenas 2 positivaram o exame, um pré transplante (TX) e um no pós-operatório (pós-op). Em relação às TC de tórax nenhuma apresentava alterações típicas para COVID pré-TX, no pós-op 4 pacientes apresentaram TC típicas. A média de idade foi de 55,86 anos. A taxa de mortalidade foi de 38% e nenhum óbito foi atribuído ao COVID 19. A escala de MELDNa média foi de 20,94. <strong>Conclusão:</strong> O presente estudo realizado no Hospital de Clínicas da Unicamp analisou a associação clínica, laboratorial e radiológica para melhor elucidar as variáveis determinadas pela COVID-19 no seu diagnóstico e manejo intra-hospitalar. Conclui-se que a pandemia por SARS-CoV-2 teve impacto na rotina de realização do transplante hepático mundialmente e no serviço no qual o estudo foi realizado.</p> Marcos Melo, Adilson Roberto Cardoso, Cristina Aparecida Arrivabene Caruy, Derli Conceição Munhoz, Sérgio San Juan Dertkigil, André Henrique Miyoshi , Thierry Lodomez Mecchi, Isabeli Camila Miyoshi , Simone Reges Perales, Elaine Cristina de Ataíde, Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin Copyright (c) 2024 Marcos Melo, Adilson Roberto Cardoso, Cristina Aparecida Arrivabene Caruy, Derli Conceição Munhoz, Sérgio San Juan Dertkigil, André Henrique Miyoshi , Thierry Lodomez Mecchi, Isabeli Camila Miyoshi , Elaine Cristina de Ataíde, Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/530 Thu, 15 Feb 2024 00:00:00 -0300 Perfil e Avaliação Social de Candidatos a Transplante de Fígado: Uma Abordagem Retrospectiva https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/545 <p><strong>Introdução:</strong> A complexidade do transplante de fígado requer uma equipe altamente qualificada, em que o Serviço Social desempenha papel crucial para analisar e intervir na situação social dos candidatos. <strong>Objetivos:</strong> Detectar o perfil social dos candidatos ao transplante de fígado e relacioná-lo com as intervenções e reflexões efetuadas durante a avaliação social na Unidade de Transplante de Fígado do Hospital de Base. <strong>Métodos: </strong>Com base nos registros do Serviço Social, foram analisadas as informações dos candidatos avaliados entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020. Este estudo quantitativo-qualitativo, retrospectivo, descritivo e documental, com observação participante, foi conduzido a partir de um panorama dialético. <strong>Resultados</strong>: Durante o período de coleta de dados, obteve-se 174 avaliações. Perfil social: média etária de 55,8 anos, predominância masculina (N=116; 66,7%), com companheiro/a (N=129, 74,1%), residentes em municípios do estado de São Paulo (124; 71,3%), ensino fundamental incompleto (N=68, 39,1%), baixo nível de instrução (N=65; 37,4%), inatividade no mercado de trabalho (N=151; 86,8%), acessando benefício da previdência social (N=120; 69%), positiva aceitação do transplante (N=158; 90,8%), família nuclear (N=120; 69%), oferta de cuidados e aderência familiar (172; 98,9%), acesso parcial a medicamentos (N=122; 70,1%), facilidade de acesso ao centro transplantador (N=157; 90,2%), renda per capita familiar de 1\2 a 2 salários mínimos (N=107; 61,5%) e padrão habitacional e estado de conservação satisfatório/conservado (N=157; 90,3%). <strong>Conclusão</strong>: O perfil social de maior vulnerabilidade social exigiu mais intervenções na maioria das 25 variáveis avaliadas, fornecendo elementos importantes para a identificação e atendimento das necessidades sociais de cada indivíduo.</p> Cristina Serrano; Vinícius Araújo Pereira; Rafael Mangas Barbeiro, William José Duca, Rita de Cássia Martins Alves da Silva, Paulo César Arroyo Júnior, Jemima Domingos Lemes, Allana C. Fortunato, Adriano Virches, Eliane Tiemi Miyazaki, Adília Maria Pires Sciarra, Renato Ferreira da Silva Copyright (c) 2024 Cristina Serrano; Vinícius Araújo Pereira; Rafael Mangas Barbeiro, William José Duca, Rita de Cássia Martins Alves da Silva, Paulo César Arroyo Júnior, Jemima Domingos Lemes, Allana C. Fortunato, Adriano Virches, Eliane Tiemi Miyazaki, Adília Maria Pires Sciarra, Renato Ferreira da Silva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/545 Mon, 29 Jan 2024 00:00:00 -0300 Tonometria Gastrointestinal no Perioperatório do Transplante Hepático: Uma Revisão Integrativa https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/538 <p><strong>Introdução</strong>: A tonometria gástrica é uma ferramenta útil para examinar a perfusão esplâncnica regional por permitir o fornecimento de uma avaliação indireta do estado do enxerto hepático. Isso ocorre devido à hipoperfusão esplâncnica ser um parâmetro crítico no contexto do transplante de fígado, estando associada ao desenvolvimento de problemas como insuficiência hepática aguda e falência de múltiplos órgãos. <strong>Objetivo</strong>: Analisar os efeitos da tonometria gastrointestinal no perioperatório dos pacientes submetidos ao transplante hepático. <strong>Metodologia</strong>: Trata-se de uma Revisão Integrativa realizada nas bases de dados PubMed e BVS. Foram utilizados os descritores: “Tonometry”, “Splanchnic circulation” e “Liver transplantation”, incluindo o operador booleano “AND”, e selecionados artigos de relevância para o tema. Foram selecionados inicialmente 24 artigos, todos publicados nos últimos 20 anos, em português e/ou inglês. Após análise, seis artigos corresponderam ao objetivo proposto. <strong>Resultado:</strong> Observou-se que a diferença entre a PraCO2 no final da cirurgia e na fase anepática foi maior em pacientes sem disfunção do enxerto hepático. Foi identificada uma correlação positiva entre ΔpraCO2 e o pico de ALT após o transplante de fígado. Em outro estudo, verificou-se que a presença de enzimas hepáticas elevadas e a piora da função hepática sintética, coagulopatia e encefalopatia estava relacionada à má função do enxerto. Também foi comprovado que o pH gástrico intramucoso pode predizer a funcionalidade precoce do enxerto. Em um grupo com disfunção hepática, os pacientes apresentaram pH gástrico intramucoso abaixo de 7,3 no período perioperatório, mantendo-se baixo até a 24ª hora pós-operatória, enquanto o grupo sem disfunção apresentou pH gástrico intramucoso acima de 7,3, exceto na fase anepática, quando ficou abaixo desse valor. <strong>Conclusão:</strong> Descreve-se a utilidade da tonometria gastrointestinal para monitorar a circulação esplâncnica e a função do enxerto hepático durante o transplante hepático. Embora alguns estudos ofereçam suporte a essa afirmação, esta revisão apresenta limitações devido à quantidade restrita de artigos disponíveis, o que a impede de abranger uma ampla gama de evidências científicas.</p> Tatiany Cíntia da Silva Brito, Sabrina Priscila de Souza Xavier, Breno Pereira Teixeira, Carolline Eronita da Silva, Jefferson Aires Falcão, Lívia Farias da Silva, Artur Guilherme Caldas de Santana , Pedro Henrique Mafra dos Santos Nogueira Batista, Hugo Rafael de Souza e Silva, Manuela Izidio de Lima, Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto Copyright (c) 2024 Tatiany Cíntia da Silva Brito, Sabrina Priscila de Souza Xavier, Breno Pereira Teixeira, Carolline Eronita da Silva, Jefferson Aires Falcão, Lívia Farias da Silva, Artur Guilherme Caldas de Santana , Pedro Henrique Mafra dos Santos Nogueira Batista, Hugo Rafael de Souza e Silva, Manuela Izidio de Lima, Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/538 Sat, 17 Feb 2024 00:00:00 -0300 Particularidades no Manejo do Trato Urinário antes do Transplante Renal Pediátrico em Crianças Pequenas https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/568 <p>O número de transplantes renais em crianças pequenas (bebês ou com menos de 15 kg) aumentou devido à melhoria do diagnóstico pré-natal, ao encaminhamento mais precoce para centros especializados e aos avanços no tratamento de pacientes com insuficiência renal. A maioria desses pacientes tem anomalias congênitas do rim e do trato urinário, que precisam ser corrigidas antes do transplante. Para enfrentar esse desafio, a presença de um urologista pediátrico trabalhando em conjunto com uma equipe multidisciplinar experiente é fundamental. Este estudo fornece uma revisão narrativa compilando detalhes sobre o manejo urológico do trato urinário de pacientes de baixo peso com doença renal crônica e anomalias congênitas do rim e do trato urinário (CAKUT) encaminhados para transplante renal (TR). <strong>Objetivos</strong>: Realizar uma revisão narrativa sobre a correção urológica em crianças pequenas antes do TR. <strong>Métodos:</strong> Foram revisados artigos publicados em língua inglesa nos últimos 20 anos. As palavras-chave consideradas para a pesquisa e seleção de artigos foram TR pediátrico ou transplante de rins e crianças, ou crianças pequenas, ou lactentes pequenos, ou crianças jovens, ou lactentes jovens e reconstrução do trato urinário e CAKUT. Alguns artigos referenciados para elucidar os aspectos urológicos da revisão também foram incluídos.</p> Priscila Cardoso Braz Ascar, Jovelino Quintino de Souza Leão, Maria Fernanda Camargo de Carvalho, Paulo Cesar Koch Nogueira Copyright (c) 2024 Priscila Cardoso Braz Ascar, Jovelino Quintino de Souza Leão, Maria Fernanda Camargo de Carvalho, Paulo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/568 Mon, 26 Feb 2024 00:00:00 -0300 O Índice de Apgar Cirúrgico na Cirurgia Hepatobiliopancreática e no Transplante Hepático – Uma Revisão Integrativa https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/589 <p>O índice de Apgar foi criado com o objetivo de avaliar o risco de morte e de complicações em recém-nascidos. Para adaptar esse índice à avaliação de mortalidade e morbidade pós-cirúrgicas, foi criado o índice de Apgar cirúrgico (IAC). Essa escala varia de 0 a 10, sendo o maior valor correspondente ao paciente com menor risco, e sua utilização pode ser mais amplamente difundida par evitar e avaliar possíveis complicações pós-operatórias em cirurgias específicas. <strong>Objetivos:</strong> Este estudo visa investigar a efetividade do IAC e sua implicação na avaliação de riscos pós-cirúrgicos em pacientes submetidos à cirurgia hepatobiliopancreática e a transplante hepático. <strong>Métodos:</strong> Revisão integrativa da literatura desenvolvida por meio de buscas na base de dados PubMed. Para compor esta revisão, após análise e aplicação dos critérios definidos pelos autores, foram selecionados seis artigos. <strong>Resultados:</strong> O uso do IAC apresenta bons indícios estatísticos como escala para avaliação de risco de complicações e morte no pós-operatório de cirurgias hepatobiliopancreáticas e transplante hepáico. Além de se mostrar útil e eficiente em cirurgias pancreáticas, o IAC foi considerado útil para indicar complicações após a cirurgia hepática e a transplante hepático. <strong>Conclusão:</strong> O IAC pode ser de utilidade clínica para orientar as decisões sobre o rastreamento rápido de risco pós-transplante – e perioperatório de cirurgias em geral – ou para atribuir cuidados intensivos, visto que se mostra uma estratégia eficiente que pode predizer morbidade e mortalidade de determinado paciente submetido à cirurgia.</p> Lorena Nascimento Paiva, Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto Copyright (c) 2024 Lorena Nascimento Paiva, Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/589 Thu, 25 Apr 2024 00:00:00 -0300 A Importância da Reconstituição do Corpo de Doadores de Órgãos e Tecidos: um Olhar Sobre a Dignidade Humana https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/566 <p><strong>Introdução:</strong> A negativa familiar para autorização da doação de órgãos e tecidos humanos mantém-se elevada ao longo dos anos. Dentre as muitas causas de não efetivação da doação, destacam-se a falta de informação sobre o processo e o desconhecimento da família sobre o desejo do doador em vida, além de outras questões, como a aparência do corpo do doador após a captação. Nesse sentido, torna-se necessário trazer à luz da discussão os aspectos que permeiam os conceitos de morte, dignidade humana e zelo pela imagem do doador, principalmente no caso de doadores de tecidos, nos quais a retirada pode apresentar-se mais perceptível. <strong>Objetivos:</strong> Realizou-se uma revisão integrativa da literatura (RI), buscando evidenciar lacunas e caracterizar o processo da doação de órgãos e tecidos humanos, com foco na reconstrução do corpo do doador e na dignidade humana. Em complemento, também se propôs descrever um relato de experiência de um profissional de um banco de tecidos humanos (BTH). <strong>Métodos:</strong> Por meio da estratégia PICO, elaborou-se a questão norteadora do estudo, após a RI realizada nos últimos 10 anos, operacionalizada por descritores controlados nas bases de dados SciELO, LILACS, Google Acadêmico e PubMed. Adicionado à busca, foi descrito um relato de experiência referente às técnicas de reconstrução do corpo do doador após a captação dos tecidos utilizados por um BTH localizado no interior do estado de São Paulo. <strong>Resultados</strong>: Foram encontrados nove estudos específicos sobre doação e utilização de próteses para reconstrução de áreas doadas. Os resultados demonstram os motivos que envolvem a recusa familiar, assim como o cuidado que as equipes técnicas têm na reconstituição do corpo dos doadores. A preocupação da família em relação à situação estética do doador influencia a aceitação para doação, portanto, torna-se necessário investir na seguridade e na qualidade dos serviços prestados pelos BTH, a fim de diminuir a recusa familiar para doação. <strong>Conclusão:</strong> A comunicação clara e a seguridade dos processos que envolvem a captação de órgãos e tecidos humanos mostraram-se o melhor caminho para facilitar a doação, podendo, assim, aumentar as doações.</p> Carlos Alexandre Curylofo Corsi, Alan Vinicius Assunção-Luiz, Leonardo Monteiro-Silva, Katia Carmen Gabriel Scarpelini , Rodolfo Leandro Bento, Mayara Segundo Ribeiro, Flávio Luis Garcia , Luís Gustavo Gazoni Martins Copyright (c) 2024 Carlos Alexandre Curylofo Corsi, Alan Vinicius Assunção-Luiz, Leonardo Monteiro-Silva, Katia Carmen Gabriel Scarpelini , Rodolfo Leandro Bento, Mayara Segundo Ribeiro, Flávio Luis Garcia , Luís Gustavo Gazoni Martins https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/566 Tue, 23 Apr 2024 00:00:00 -0300 Prof Sir Roy Calne: Pioneiro que Realizou o Primeiro Transplante de Fígado na Europa https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/554 Eleazar Chaib, Luciana Haddad Copyright (c) 2024 Eleazar Chaib, Luciana Haddad https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/554 Fri, 16 Feb 2024 00:00:00 -0300 Importância e Relevância do Brazilian Journal of Transplantation para a Transplantação Brasileira https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/555 <p>O <em>Brazilian Journal of Transplantation</em>, por meio de sua atuação e comprometimento com altos padrões éticos e acadêmicos, almeja consolidar-se como uma referência na disseminação de conhecimento e avanço científico no campo dos transplantes, tanto nacional quanto internacionalmente. É inegável a contribuição social da BJT como um veículo de divulgação confiável e avaliado por pares. Alcança não apenas a comunidade científica, mas também a população em geral, desmistificando os processos de doação de órgãos, evidenciando o modelo de distribuição dos órgãos por meio da fila única nacional e sensibilizando para a necessidade da doação.</p> <p> </p> Ilka de Fatima Santana Ferreira Boin, Luciana Haddad, Gustavo Fernandes Ferreira Copyright (c) 2024 Ilka de Fatima Santana Ferreira Boin, Luciana Haddad, Gustavo Fernandes Ferreira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/555 Thu, 15 Feb 2024 00:00:00 -0300