https://bjt.emnuvens.com.br/revista/issue/feed Brazilian Journal of Transplantation 2025-02-03T08:13:09-03:00 Ana Morais bjt@abto.org.br Open Journal Systems <p> </p> <p> </p> https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/649 Ocorrência de Infecção do Trato Urinário em Pacientes após Transplante Renal 2024-12-16T18:28:34-03:00 Elisa Camila de Souza e Silva souza.elisac@gmail.com Sibely de Paula Guilherme sibely.guilherme@santacasajf.org.br Cristina Nantes Miranda cristina.lopes@santacasajf.org.br André Luiz Silva Alvim andrealfim1@ufjf.br Gustavo Fernandes Ferreira gustavofferreira@gmail.com Thiago Cesar Nascimento thiago.nascimento@ufjf.br Ana Paula Machado da Rocha rocha.ana@ufjf.br <p><strong>Introdução:</strong> A Sociedade Brasileira de Nefrologia estimou que cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil tinham doença renal crônica em 2019. Em 2022, 5.303 transplantes renais foram realizados no país, destacando-se o município de Juiz de Fora como um dos maiores centros de referência em transplantes renais. <strong>Objetivos:</strong> O objetivo deste trabalho é avaliar a ocorrência de infecções no trato urinário de pacientes pós-transplante, bem como o tipo de infecção. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de estudo transversal, quantitativo e retrospectivo, no qual dados dos prontuários dos pacientes que realizaram transplante renal de 2019 a 2022 foram analisados. <strong>Resultados:</strong> Do total de 537 transplantes renais realizados nesse período, foram observadas 64 infecções do trato urinário associadas ao cateter vesical nos primeiros 30 dias pós-transplante, com maior incidência nos primeiros 5 dias. A maior parte dos microrganismos observados pertence à microbiota humana, indicando que a causa pode estar relacionada ao cateterismo, ao ambiente hospitalar ou ao próprio paciente. As infecções são causadas por bactérias resistentes aos antibióticos trimetoprima e sulfametoxazol, como <em>Escherichia coli</em>, <em>Klebsiella</em> sp. e <em>Serratia</em> sp. <strong>Conclusão:</strong> O trabalho aponta que é necessário melhorar a manipulação dos pacientes e materiais, visando reduzir as infecções, principalmente em função do alto grau de resistência a antibióticos dos microrganismos observados.</p> 2025-02-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Elisa Camila de Souza e Silva, Sibely de Paula Guilherme, Cristina Nantes Miranda, André Luiz Silva Alvim, Gustavo Fernandes Ferreira, Thiago Cesar Nascimento, Ana Paula Machado da Rocha https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/652 Perfil Epidemiológico de Candidatos à Doação em um Centro de Referência de Transplante Cardíaco Pediátrico 2024-12-16T17:37:05-03:00 Ana Laura Camargo Sturm analaurasturm@hotmail.com Bruno Hideo Saiki Silva bruno_hiki@hotmail.com <p><strong>Introdução:</strong> O transplante cardíaco (TxC) é o tratamento-padrão para doença cardíaca em estágio terminal. A adoção dessa terapêutica é limitada a fatores relacionados ao doador e ao receptor, além de haver peculiaridades inerentes à sua realização na população pediátrica. Devido à disparidade entre oferta e demanda de órgãos, a mortalidade durante a espera por um TxC é alta nessa faixa etária, variando de 17 a 30% no mundo. Mesmo assim, cerca de 40% dos corações listados não são utilizados em nível mundial. A alta taxa de recusa se explica pela falta de uniformidade na avaliação, no aceite e na recusa das ofertas no TxC em pediatria. Sabe-se que os fatores do doador e do receptor interagem entre si de forma complexa, exigindo uma análise conjunta para definir se o órgão disponível naquele momento é adequado ao paciente em questão. <strong>Objetivos:</strong> Identificar o perfil epidemiológico de candidatos à doação de coração ofertados a um centro de referência de TxC pediátrico do sul do Brasil. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de um estudo observacional, descritivo e retrospectivo. A amostra foi formada por prontuários de potenciais doadores ofertados de janeiro de 2021 a dezembro de 2023. <strong>Resultados:</strong> Foram 205 órgãos ofertados no período, sendo oito excluídos da análise devido à falta de dados. A média de idade dos pacientes foi de 19,5 anos, sendo 67,5% do sexo masculino. Radiografia ou tomografia de tórax não foi disponibilizada em 38,6% dos casos. O total de 56,3% tinha eletrocardiograma, dos quais 45% apresentavam alteração, e 29,4% não tinham ecocardiograma. Dos ecocardiogramas, 22,3% apresentavam disfunção. O total de 88,8% dos pacientes estava em uso de droga vasoativa e 61,9% apresentavam infecção ativa. Foram recusados 92,9% dos órgãos. <strong>Conclusão:</strong> Verificou-se uma taxa de recusa superior à estimativa mundial, o que pode ser resultado da ausência de informações sobre parâmetros relevantes relacionados ao doador no momento da oferta. Também se nota a prevalência de dados que sugerem algum grau de disfunção cardíaca nos potenciais doadores.</p> 2025-02-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Ana Laura Camargo Sturm, Bruno Hideo Saiki Silva https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/654 Efeitos Renais Tardios de COVID-19 em Receptores de Transplante Renal: Estudo Unicêntrico 2025-01-03T06:55:00-03:00 Bruno Teixeira Gomes brunogomes465@gmail.com Marcos Vinicius de Sousa marcosnefro@gmail.com Fernanda Garcia Bressanin febressanin@hotmail.com Matheus Rizzato Rossi matheus_rrossi@hotmail.com Marilda Mazzali marildamazzali@gmail.com <p><strong>Introdução:</strong> Durante a pandemia causada pela doença do coronavírus 2019 (COVID-19), os receptores de transplante renal apresentaram maiores taxas de hospitalização e mortalidade. No entanto, os dados sobre os efeitos renais tardios da infecção são escassos. <strong>Objetivos:</strong> Este estudo tem como objetivo descrever a evolução da função renal e proteinúria em receptores de transplante renal após a infecção. <strong>Métodos:</strong> Estudo de coorte prospectivo unicêntrico. O total de 321 receptores de transplante renal que sobreviveram à COVID-19 de março de 2020 a dezembro de 2022 foi incluído. Dados sobre função renal, proteinúria e imunossupressão foram analisados pré-infecção, 3 e 6 meses após a infecção. <strong>Resultados:</strong> A maioria dos pacientes era do sexo masculino (58,9%), com média de idade de 50 anos, receptor de rins de doadores falecidos (79,4%) e com mediana de tempo pós-transplante de 6,6 anos. Houve redução do nível de imunossupressão, de um escore de Vasudev pré-infecção de 4,66 para 4,50 (<em>p</em> &lt; 0,001) no 3º mês e 4,54 (<em>p</em> = 0,016) 6 meses pós-infecção. A taxa de filtração glomerular (TFG) permaneceu estável, em torno de 60 mL/min/1,73 m<sup>2</sup>. A porcentagem de pacientes com proteinúria ≥ 1,0 aumentou de 9,6% pré-infecção para mais de 13% (<em>p</em> &lt; 0,001) nos 3º e 6º meses após a infecção. Níveis mais elevados de proteinúria foram observados em receptores com maior tempo de seguimento pós-transplante, episódios de rejeição prévios, menor TFG estimada e maior prevalência de anticorpos anti-HLA doador-específicos. <strong>Conclusão:</strong> Os receptores de transplante renal com COVID-19 tiveram um aumento na proteinúria em 6 meses após a infecção, apesar de apresentarem TFG estável.</p> <p> </p> 2025-02-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Bruno Teixeira Gomes, Marcos Vinicius de Sousa, Fernanda Garcia Bressanin, Matheus Rizzato Rossi, Marilda Mazzali https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/631 O papel da Urina-1 e microscopia urinária no diagnóstico da injúria renal aguda 2024-12-04T06:18:38-03:00 Camila Lima camilaxlima@gmail.com Luciana Severo Brandão aa@bjt.org Maria de Fatima Correa fatipaula@gmail.com Etienne Macedo emmacedo@health.ucsd.edu <p><strong>Introdução:</strong> A injúria renal aguda (IRA) é uma complicação comum na unidade de terapia intensiva. A urina-1 (U-1) é uma ferramenta frequentemente esquecida para avaliar IRA e, além disso, não existe um consenso baseado em evidências sobre seu uso. O objetivo do estudo foi investigar o papel da U-1 e da microscopia urinária (MU) no diagnóstico da IRA grave e a necessidade de terapia de substituição renal (TSR) em pacientes submetidos ao transplante hepático (TH). <strong>Métodos:</strong> Nossa hipótese foi determinar se os parâmetros urinários disponíveis, U-1 e MU, estão associados ao diagnóstico da IRA grave e à necessidade de TSR. Avaliamos U-1 e MU em 6 horas após o TH. O critério utilizado para o diagnóstico da IRA foi o Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO), baseado apenas na creatinina sérica em 1 semana. <strong>Resultados:</strong> Oitenta e sete pacientes desenvolveram IRA na 1ª semana após o TH. O diagnóstico de IRA grave (KDIGO 2 e 3) foi encontrado em 59 pacientes. Seis horas após o TH, as variáveis na U-1 foram preditoras de IRA grave, com área sob a curva [<em>area under the curve</em> (AUC)]: 0,65 para proteínas, 0,68 para leucócitos e 0,63 para eritrócitos. Na determinação de TSR, essas variáveis tiveram melhor desempenho com AUC: 0,72 para proteínas, 0,69 para leucócitos e 0,68 para eritrócitos. Os grupos não IRA e IRA apresentaram distribuição semelhante na MU. <strong>Conclusão:</strong> Parâmetros simples e usuais na prática clínica, como proteinúria, eritrocitúria e leucocitúria, podem ser ferramentas valiosas para o diagnóstico da IRA grave e da necessidade de TSR.</p> 2025-02-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Camila Lima, Maria de Fatima Correa , Etienne Macedo https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/638 Biópsias de Tempo Zero no Transplante Renal de Doador Falecido: Valor Preditivo dos Achados Histológicos na Função do Enxerto a Longo Prazo 2024-12-02T09:59:42-03:00 Bárbara Beirão barbara.bvar@gmail.com Henrique Borges henriquetomasborges@gmail.com Joana Trigo Medeiros jrtmedeiros@gmail.com Filipa Fonte Rodrigues filipa.fonte.rodrigues@ulsas.min-saude.pt Ana Pena aa@bjt.org Mário Góis mario.gois@chlc.min-saude.pt Helena Viana viana.helena@gmail.com Cristina Jorge cristina.jorge2@chlc.min-saude.pt <p><strong>Introdução:</strong> As biópsias de tempo zero [<em>time-zero biopsies</em> (TzB)] fornecem informações sobre lesões provenientes do doador, mas seu valor preditivo para os resultados a longo prazo permanece incerto. O objetivo deste trabalho foi identificar fatores clínicos e histológicos das TzB de doadores falecidos que influenciam a taxa de filtração glomerular (TFG) aos 3 e 5 anos pós-transplante renal. <strong>Métodos:</strong> Analisámos retrospectivamente TzB realizadas de janeiro de 2015 a agosto de 2019. Foram excluídas 19 biópsias por óbito do receptor antes de 3 anos de seguimento. Avaliamos características relacionadas ao doador e receptor, além dos achados histológicos categorizados usando o sistema de escore de Banff. <strong>Resultados:</strong> Dentre 147 biópsias, 61,9% dos dadores eram do sexo masculino, com idade média de 51,8 ± 13,5 anos, e 27,2% eram doadores de critérios expandidos. A análise histológica revelou que 44,2% apresentavam alterações no escore de Banff crónico: 29,1% com alterações em Cv (<em>vascular fibrous intimal thickening</em>), 26,6% em Ah (<em>arteriolar hyalinosis</em>) e 8,3% em Ci (<em>interstitial fibrosis</em>)/Ct (<em>tubular atrophy</em>). A TFG média foi de 54,8 ± 21,2 e 52,3 ± 23,0 mL/min/1,73 m² aos 3 e 5 anos, respectivamente. Aos 3 anos, Ah &gt; 0, Ci/Ct &gt; 0, Cv &gt; 0, escore de Banff crônico &gt; 0, glomeruloesclerose, idade do doador &gt; 50 anos, doador de critérios expandidos e episódios de rejeição associaram-se significativamente a uma TFG mais baixa. Com exceção de Ci/Ct, todos os outros parâmetros também apresentaram associação significativa com TFG reduzida aos 5 anos. A regressão linear indicou que a idade do doador [β (IC95%) = -0,257 (-0,783, -0,021); <em>p</em> = 0,039] e hialinose arteriolar [β (IC95%) = -0,207 (-16,767, -0,448); <em>p</em> = 0,039] foram preditores de TFG aos 3 anos, sendo que a idade do doador manteve valor preditivo aos 5 anos [β (IC95%) = -0,276 (-0,776, -0,137); <em>p</em> = 0,006]. Observou-se uma tendência de valor preditivo para TFG aos 5 anos para glomeruloesclerose [β (IC95%) = -0,198 (-120,0, 1,038); <em>p</em> = 0,054]. <strong>Conclusão:</strong> As TzB fornecem informações prognósticas valiosas sobre a função do enxerto a longo prazo, sendo os achados histológicos (particularmente hialinose arteriolar e glomeruloesclerose) e a idade do doador preditores significativos da TFG aos 3 e 5 anos pós-transplante. Esses achados sugerem que as TzB podem ser úteis na estratificação de risco e na gestão personalizada de receptores de transplante renal.</p> 2025-02-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Bárbara Beirão, Henrique Borges, Joana Trigo Medeiros , Filipa Fonte Rodrigues , Ana Pena, Mário Góis, Helena Viana, Cristina Jorge https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/637 Avanços no Transplante de Fígado no Brasil: Desafios e Oportunidades sob a Portaria GM/MS Nº 1.262 2024-11-26T08:20:00-03:00 Fabio Silveira silveira.fabio@gmail.com 2025-02-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Fabio Silveira https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/661 Internacionalização do Brazilian Journal of Transplantation: Desafios e Estratégias 2025-01-15T19:20:16-03:00 Ilka de Fátima Santana F. Boin ilkaboin@gmail.com Simone Bacilieri bjt@abto.org.br Edna Frasson de Souza Montero edna.montero@gmail.com André Ibrahim David aa@bjt.com 2025-02-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Ilka de Fátima Santana F. Boin, Simone Bacilieri , Edna Frasson de Souza Montero, André Ibrahim David