https://bjt.emnuvens.com.br/revista/issue/feed Brazilian Journal of Transplantation 2024-09-18T06:33:38-03:00 Ana Morais bjt@abto.org.br Open Journal Systems <p> </p> <p> </p> https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/585 Desfecho de um Programa de Reabilitação Física sobre a Funcionalidade e Impacto na Qualidade de Vida em Pacientes no Pós-Operatório de Transplante Hepático: Uma Revisão Sistemática 2024-06-16T19:23:55-03:00 Thais Nogueira Falcão thaisfalcaofisio@gmail.com Maria Edna de Sousa Cardoso maria.cardoso@ufc.br Renata dos Santos Vasconcelos renatavasconcelos23@gmail.com Vanessa Ximenes Farias vanxfarias@gmail.com <div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p><strong>Objetivos:</strong> Realizar uma revisão sistemática da literatura acerca dos desfechos de um programa de reabilitação física sobre a funcionalidade e identificar possíveis impactos na qualidade de vida em pacientes no pós-transplante hepático (TxH). <strong>Métodos:</strong> Foram selecionados ensaios clínicos controlados e estudos observacionais das bases de dados PubMed, SciELO e BIREME que se encaixassem na estratégia PICO (P – population; I – intervention; C – comparison; O – outcomes) guiando a elaboração da pergunta norteadora: “quais os benefícios de um programa de reabilitação física sobre os desfechos de funcionalidade e qualidade de vida em pacientes submetidos ao transplante hepático?” Foram selecionados estudos escritos em inglês, português e espanhol, publicados nos últimos 10 anos. Após a seleção, a escala Physiotherapy Evidence Database (PEDro) foi utilizada para realizar a avaliação metodológica dos estudos. <strong>Resultados e Discussão:</strong> Foram selecionados cinco artigos intervencionistas, a maioria com boa qualidade metodológica. Apenas um estudo não associou o treino resistido a exercícios aeróbicos, porém todos tiveram resultados significativos quanto ao aumento da capacidade funcional e redução da percepção de fadiga no pós-TxH. <strong>Conclusão:</strong> Os estudos indicaram que a associação de um programa de treinamento resistido com treino aeróbico é benéfica quanto ao ganho de força muscular, capacidade de exercício e percepção de fadiga.</p> </div> </div> </div> </div> 2024-10-28T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Thais Nogueira Falcão, Maria Edna de Sousa Cardoso, Renata dos Santos Vasconcelos, Vanessa Ximenes Farias https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/618 Processo de Doação de Órgãos para Transplante: Revisão de Escopo 2024-09-12T17:12:13-03:00 Tatiane Ribeiro da Silva ribeiro.tatiane@estudante.ufjf.br Ronaldo Rocha Bastos ronaldo.bastos@ufjf.br Suellen Cristina D Emidio suellen.emidio@ufjf.br Fabio da Costa Carbogim fabiocarbogim@gmail.com Patrícia Rodrigues Braz patriciaenfbraz@gmail.com <div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p><strong>Objetivos:</strong> Identificar na literatura estudos que abordem as estratégias utilizadas no processo de doação de órgãos. <strong>Métodos:</strong> Revisão de escopo baseada na metodologia Joanna Briggs Institute (JBI) nas bases de dados Medical Literature and Retrieval System Online (MEDLINE), Scopus, Web of Science, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Embase via Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), seguindo o checklist Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses Extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR), realizada de agosto a dezembro de 2023. <strong>Resultados:</strong> Foram elegíveis 33 estudos, os quais evidenciaram que o processo de doação deve ocorrer de forma sistemática, seguindo as seguintes etapas: 1) identificação de pacientes com suspeita de morte encefálica (ME); 2) abertura do protocolo e notificação às organizações; 3) confirmação do diagnóstico de ME; 4) comunicação da morte à família; 5) realização da entrevista; 6) consentimento para doação; 7) manutenção do doador; 8) captação e alocação dos órgãos; 9) transplante; e 10) acompanhamento. <strong>Conclusão:</strong> A doação exige uma abordagem multifacetada, incluindo conscientização, investimento, avaliação e pesquisa.</p> </div> </div> </div> </div> <p> </p> 2024-10-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Tatiane Ribeiro da Silva, Ronaldo Rocha Bastos, Suellen Cristina D Emidio, Fabio da Costa Carbogim, Patrícia Rodrigues Braz https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/538 Tonometria Gastrointestinal no Perioperatório do Transplante Hepático: Uma Revisão Integrativa 2024-01-16T13:04:03-03:00 Tatiany Cíntia da Silva Brito tatiany.brito@upe.br Sabrina Priscila de Souza Xavier sabrina.souzaxavier@upe.br Breno Pereira Teixeira breno.teixeira@upe.br Carolline Eronita da Silva carolline.eronita@upe.br Jefferson Aires Falcão Jefferson.aires@upe.br Lívia Farias da Silva livia.farias@upe.br Artur Guilherme Caldas de Santana artur.guilhermes@upe.br Pedro Henrique Mafra dos Santos Nogueira Batista pedro.henriquemafra@upe.br Hugo Rafael de Souza e Silva Hugo.silva@upe.br Manuela Izidio de Lima manuela.izidio@upe.br Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto olivallucena@gmail.com <p><strong>Introdução</strong>: A tonometria gástrica é uma ferramenta útil para examinar a perfusão esplâncnica regional por permitir o fornecimento de uma avaliação indireta do estado do enxerto hepático. Isso ocorre devido à hipoperfusão esplâncnica ser um parâmetro crítico no contexto do transplante de fígado, estando associada ao desenvolvimento de problemas como insuficiência hepática aguda e falência de múltiplos órgãos. <strong>Objetivo</strong>: Analisar os efeitos da tonometria gastrointestinal no perioperatório dos pacientes submetidos ao transplante hepático. <strong>Metodologia</strong>: Trata-se de uma Revisão Integrativa realizada nas bases de dados PubMed e BVS. Foram utilizados os descritores: “Tonometry”, “Splanchnic circulation” e “Liver transplantation”, incluindo o operador booleano “AND”, e selecionados artigos de relevância para o tema. Foram selecionados inicialmente 24 artigos, todos publicados nos últimos 20 anos, em português e/ou inglês. Após análise, seis artigos corresponderam ao objetivo proposto. <strong>Resultado:</strong> Observou-se que a diferença entre a PraCO2 no final da cirurgia e na fase anepática foi maior em pacientes sem disfunção do enxerto hepático. Foi identificada uma correlação positiva entre ΔpraCO2 e o pico de ALT após o transplante de fígado. Em outro estudo, verificou-se que a presença de enzimas hepáticas elevadas e a piora da função hepática sintética, coagulopatia e encefalopatia estava relacionada à má função do enxerto. Também foi comprovado que o pH gástrico intramucoso pode predizer a funcionalidade precoce do enxerto. Em um grupo com disfunção hepática, os pacientes apresentaram pH gástrico intramucoso abaixo de 7,3 no período perioperatório, mantendo-se baixo até a 24ª hora pós-operatória, enquanto o grupo sem disfunção apresentou pH gástrico intramucoso acima de 7,3, exceto na fase anepática, quando ficou abaixo desse valor. <strong>Conclusão:</strong> Descreve-se a utilidade da tonometria gastrointestinal para monitorar a circulação esplâncnica e a função do enxerto hepático durante o transplante hepático. Embora alguns estudos ofereçam suporte a essa afirmação, esta revisão apresenta limitações devido à quantidade restrita de artigos disponíveis, o que a impede de abranger uma ampla gama de evidências científicas.</p> 2024-02-17T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Tatiany Cíntia da Silva Brito, Sabrina Priscila de Souza Xavier, Breno Pereira Teixeira, Carolline Eronita da Silva, Jefferson Aires Falcão, Lívia Farias da Silva, Artur Guilherme Caldas de Santana , Pedro Henrique Mafra dos Santos Nogueira Batista, Hugo Rafael de Souza e Silva, Manuela Izidio de Lima, Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/589 O Índice de Apgar Cirúrgico na Cirurgia Hepatobiliopancreática e no Transplante Hepático – Uma Revisão Integrativa 2024-03-20T09:42:12-03:00 Lorena Nascimento Paiva lorenanascpaiva@gmail.com Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto olivallucena@gmail.com <p>O índice de Apgar foi criado com o objetivo de avaliar o risco de morte e de complicações em recém-nascidos. Para adaptar esse índice à avaliação de mortalidade e morbidade pós-cirúrgicas, foi criado o índice de Apgar cirúrgico (IAC). Essa escala varia de 0 a 10, sendo o maior valor correspondente ao paciente com menor risco, e sua utilização pode ser mais amplamente difundida par evitar e avaliar possíveis complicações pós-operatórias em cirurgias específicas. <strong>Objetivos:</strong> Este estudo visa investigar a efetividade do IAC e sua implicação na avaliação de riscos pós-cirúrgicos em pacientes submetidos à cirurgia hepatobiliopancreática e a transplante hepático. <strong>Métodos:</strong> Revisão integrativa da literatura desenvolvida por meio de buscas na base de dados PubMed. Para compor esta revisão, após análise e aplicação dos critérios definidos pelos autores, foram selecionados seis artigos. <strong>Resultados:</strong> O uso do IAC apresenta bons indícios estatísticos como escala para avaliação de risco de complicações e morte no pós-operatório de cirurgias hepatobiliopancreáticas e transplante hepáico. Além de se mostrar útil e eficiente em cirurgias pancreáticas, o IAC foi considerado útil para indicar complicações após a cirurgia hepática e a transplante hepático. <strong>Conclusão:</strong> O IAC pode ser de utilidade clínica para orientar as decisões sobre o rastreamento rápido de risco pós-transplante – e perioperatório de cirurgias em geral – ou para atribuir cuidados intensivos, visto que se mostra uma estratégia eficiente que pode predizer morbidade e mortalidade de determinado paciente submetido à cirurgia.</p> 2024-04-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Lorena Nascimento Paiva, Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/566 A Importância da Reconstituição do Corpo de Doadores de Órgãos e Tecidos: um Olhar Sobre a Dignidade Humana 2024-04-09T10:19:29-03:00 Carlos Alexandre Curylofo Corsi carlos_ccorsi@hotmail.com Alan Vinicius Assunção-Luiz assuncao@alumni.usp.br Leonardo Monteiro-Silva leo-jmg@hotmail.com Katia Carmen Gabriel Scarpelini kcagabriel@yahoo.com.br Rodolfo Leandro Bento dorfo.rodolfo@hotmail.com Mayara Segundo Ribeiro mayara.segundo.ribeiro@gmail.com Flávio Luis Garcia flavio@fmrp.usp.br Luís Gustavo Gazoni Martins gustgazon@hotmail.com <p><strong>Introdução:</strong> A negativa familiar para autorização da doação de órgãos e tecidos humanos mantém-se elevada ao longo dos anos. Dentre as muitas causas de não efetivação da doação, destacam-se a falta de informação sobre o processo e o desconhecimento da família sobre o desejo do doador em vida, além de outras questões, como a aparência do corpo do doador após a captação. Nesse sentido, torna-se necessário trazer à luz da discussão os aspectos que permeiam os conceitos de morte, dignidade humana e zelo pela imagem do doador, principalmente no caso de doadores de tecidos, nos quais a retirada pode apresentar-se mais perceptível. <strong>Objetivos:</strong> Realizou-se uma revisão integrativa da literatura (RI), buscando evidenciar lacunas e caracterizar o processo da doação de órgãos e tecidos humanos, com foco na reconstrução do corpo do doador e na dignidade humana. Em complemento, também se propôs descrever um relato de experiência de um profissional de um banco de tecidos humanos (BTH). <strong>Métodos:</strong> Por meio da estratégia PICO, elaborou-se a questão norteadora do estudo, após a RI realizada nos últimos 10 anos, operacionalizada por descritores controlados nas bases de dados SciELO, LILACS, Google Acadêmico e PubMed. Adicionado à busca, foi descrito um relato de experiência referente às técnicas de reconstrução do corpo do doador após a captação dos tecidos utilizados por um BTH localizado no interior do estado de São Paulo. <strong>Resultados</strong>: Foram encontrados nove estudos específicos sobre doação e utilização de próteses para reconstrução de áreas doadas. Os resultados demonstram os motivos que envolvem a recusa familiar, assim como o cuidado que as equipes técnicas têm na reconstituição do corpo dos doadores. A preocupação da família em relação à situação estética do doador influencia a aceitação para doação, portanto, torna-se necessário investir na seguridade e na qualidade dos serviços prestados pelos BTH, a fim de diminuir a recusa familiar para doação. <strong>Conclusão:</strong> A comunicação clara e a seguridade dos processos que envolvem a captação de órgãos e tecidos humanos mostraram-se o melhor caminho para facilitar a doação, podendo, assim, aumentar as doações.</p> 2024-04-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Carlos Alexandre Curylofo Corsi, Alan Vinicius Assunção-Luiz, Leonardo Monteiro-Silva, Katia Carmen Gabriel Scarpelini , Rodolfo Leandro Bento, Mayara Segundo Ribeiro, Flávio Luis Garcia , Luís Gustavo Gazoni Martins https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/608 Profilaxia no Transplante Renal 2024-06-27T07:16:21-03:00 Catarina Cardoso catarinapcardoso93@gmail.com Pedro Bravo pedro.bravo@ulsas.min-saude.pt Ana Messias ana.messias@ulsas.min-saude.pt Joana Martins joana.martins.silva@ulsas.min-saude.pt Carlos Oliveira carlos.oliveira@ulsas.min-saude.pt <p>O transplante renal é o tratamento de excelência para a doença renal em estágio terminal, melhorando a sobrevivência e a qualidade de vida dos doentes em comparação com a diálise. No entanto, o uso de terapêutica imunossupressora para prevenção da rejeição do enxerto torna os recetores vulneráveis a infeções, uma complicação importante no período pós-transplante. As estratégias de profilaxia são indispensáveis para minimizar os riscos infeciosos e otimizar os resultados obtidos. Esta revisão pretende sistematizar as estratégias de profilaxia nas fases de pré-, peri- e pós-transplante, oferecendo uma visão abrangente das indicações, timing, doses e efeitos adversos. A profilaxia pré-transplante envolve a pesquisa meticulosa de infeções ativas, atualização do estado vacinal e tratamento de infeções latentes. A profilaxia peri-transplante concentra-se em abordagens antimicrobianas personalizadas, de forma a reduzir os riscos de infeção cirúrgica e relacionados com o dador durante o período do peri-operatório. A profilaxia pós-transplante é crucial para prevenir infeções oportunistas, com foco na pneumonia por Pneumocystis jirovecii e na infeção por citomegalovírus. Esta discussão pretende abranger as diferenças dos diversos regimes profiláticos, destacando a eficácia e os desafios associados aos agentes disponíveis e utilizados na prática clínica. Pretende ainda enfatizar o papel fundamental da instituição de profilaxias na minimização dos riscos infeciosos e na melhoria dos resultados dos recetores de transplante renal, defendendo uma abordagem proativa e multifacetada na gestão de doenças infeciosas nesse contexto.</p> 2024-08-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Catarina Cardoso, Pedro Bravo, Ana Messias, Joana Martins, Carlos Oliveira https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/587 Utilização de N-Acetil-Cisteína no perioperatório de transplante de fígado: uma revisão de escopo 2024-07-15T16:25:23-03:00 Felipe Asafe Melo dos Santos felipe.asafe@upe.br Guilherme Victor Costa Muniz guilherme.vcmuniz@upe.br Maria Eloysa Reino Teixeira da Rocha eloysa.reino@upe.br Samuel Fama Guimarães Diógenes samuel.diogenes@upe.br Davi Gueiros Behar Tôrres davi.behar@upe.br Clara Medeiros de Lima clara.medeiros@upe.br Breno Cipriano Bermond breno.bermond@upe.br Hugo Rafael de Souza e Silva Hugo.silva@upe.br Manuela Izidio de Lima manuela.izidio@upe.br Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto olivallucena@gmail.com <div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p><strong>Objetivo:</strong> Encontrar evidências sobre a utilização de N-acetil-cisteína (NAC) no perioperatório de transplante de fígado, uma vez que a NAC, por ser o precursor acetilado da L-cisteína e da glutationa reduzida, colabora no abastecimento hepático de glutationa ajudando o fígado a se recuperar da lesão de isquemia e reperfusão. <strong>Metodologia:</strong> Trata-se de uma revisão de escopo nas bases de dados PubMed, BVS e Web of Science. Foram utilizados os descritores “Liver transplantation”, “N-acetyl-cysteine” e “Reperfusion Ischemia”, com o operador booleano “AND”, e selecionados artigos de relevância para o tema. Inicialmente, foram selecionados 60 artigos, todos publicados nos últimos 24 anos, em português e/ou inglês. Após análise, oito artigos corresponderam ao objetivo proposto. <strong>Resultados:</strong> Os grupos que receberam NAC durante o TxF apresentaram hipotensão pós-reperfusão, menores valores de pH intraoperatório, concentrações plasmáticas mais elevadas de IL-4 e aumento significativo dos níveis de IL-10 cinco minutos <span style="font-size: 0.875rem;">antes da reperfusão. Observou-se ainda a inibição da α-glutationa S-transferase (α-GST) após a reperfusão, ao contrário do grupo controle, que apresentou aumento significativo dessa enzima. Além disso, os níveis de sVCAM-1 e sICAM-1 foram significativamente mais baixos no grupo NAC 24 horas após a reperfusão em comparação com o grupo placebo. O valor máximo de AST durante as primeiras 72 horas de pós-operatório foi semelhante em ambos os grupos, embora o pico de ALT tenha sido menor no grupo NAC do que no grupo placebo. Em enxertos que receberam o NAC na solução de perfusão, as taxas de sobrevivência aos 3 e 12 meses foram de 93% e 90%, respectivamente, e no grupo controle foram de 82% e 70%, respectivamente. A incidência de complicações pós-operatórias foi de 23% no grupo com o NAC e de 51% no grupo controle. A incidência de DPE foi menor para o grupo NAC, que apresentou 15% versus 32% do grupo controle. Em relação à administração do NAC durante o intraoperatório do TxF, a taxa de sobrevivência dos pacientes em um ano foi de 78,4% no grupo NAC em comparação com 80,9% no grupo placebo. <strong>Conclusão:</strong> A administração intraoperatória de NAC durante a fase anepática esteve associada a um efeito protetor contra a lesão de reperfusão, contudo em outros estudos foram observadas limitações na proteção contra lesões hepáticas, nos biomarcadores de estresse oxidativo, na inflamação e no funcionamento das enzimas hepáticas.</span></p> </div> </div> </div> </div> 2024-09-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Felipe Asafe Melo dos Santos, Guilherme Victor Costa Muniz, Maria Eloysa Reino Teixeira da Rocha, Samuel Fama Guimarães Diógenes, Davi Gueiros Behar Tôrres, Clara Medeiros de Lima, Breno Cipriano Bermond, Hugo Rafael de Souza e Silva, Manuela Izidio de Lima, Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/613 Vacinas contra SARS-CoV-2 e seus Efeitos Frente à Mortalidade em Pacientes Transplantados: Uma Revisão Sistemática com Metanálise 2024-06-25T06:30:37-03:00 Arthur Lacerda Rocha arthurocha20@gmail.com Eveline Pipolo Milan evepipolo@gmail.com Renan Oliveira de Carvalho Caminha renancuteco@gmail.com Daniel Felipe Fernandes Paiva D265738@dac.unicamp.br <p><strong>Objetivos:</strong> Com o avançar da pandemia e o melhor conhecimento da doença do coronavírus 2019 (COVID-19), novas maneiras de enfrentar essa enfermidade vieram à tona. Assim, propomos esta revisão sistemática para entender melhor a ação das vacinas no combate à mortalidade causada por esse vírus, em especial nos pacientes transplantados. <strong>Métodos:</strong> Nesta revisão sistemática com metanálise, os revisores analisaram 389 artigos elegíveis de acordo com os critérios utilizados e selecionaram cegamente os estudos que traziam dados sobre pacientes transplantados e mortalidade, resultando no total de 15 trabalhos inseridos no estudo. Os resultados da triagem foram adicionados a uma planilha e seus dados compilados. <strong>Resultados:</strong> Dos 15 artigos incluídos, foi possível observar uma queda significativa nos índices de mortalidade geral dos pacientes vacinados, exceto nos estudos que utilizaram o imunizante de vírus inativado. Além disso, a mortalidade dos pacientes infectados mesmo após a vacinação manteve-se próxima à do grupo dos não vacinados, assim como a necessidade de ventilação mecânica. <strong>Conclusão:</strong> A imunização dos pacientes transplantados é capaz de reduzir significativamente os índices de mortalidade dessa parcela da população. No entanto, por terem uma taxa de soroconversão reduzida, diferentes maneiras de atingir uma resposta imune adequada devem ser consideradas.</p> 2024-08-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Arthur Lacerda Rocha, Eveline Pipolo Milan, Renan Oliveira de Carvalho Caminha, Daniel Felipe Fernandes Paiva https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/568 Particularidades no Manejo do Trato Urinário antes do Transplante Renal Pediátrico em Crianças Pequenas 2024-02-14T14:51:14-03:00 Priscila Cardoso Braz Ascar pri79braz@gmail.com Jovelino Quintino de Souza Leão jovelino@uol.com.br Maria Fernanda Camargo de Carvalho maria.camargo@samaritano.com.br Paulo Cesar Koch Nogueira pkochnogueira@gmail.com <p>O número de transplantes renais em crianças pequenas (bebês ou com menos de 15 kg) aumentou devido à melhoria do diagnóstico pré-natal, ao encaminhamento mais precoce para centros especializados e aos avanços no tratamento de pacientes com insuficiência renal. A maioria desses pacientes tem anomalias congênitas do rim e do trato urinário, que precisam ser corrigidas antes do transplante. Para enfrentar esse desafio, a presença de um urologista pediátrico trabalhando em conjunto com uma equipe multidisciplinar experiente é fundamental. Este estudo fornece uma revisão narrativa compilando detalhes sobre o manejo urológico do trato urinário de pacientes de baixo peso com doença renal crônica e anomalias congênitas do rim e do trato urinário (CAKUT) encaminhados para transplante renal (TR). <strong>Objetivos</strong>: Realizar uma revisão narrativa sobre a correção urológica em crianças pequenas antes do TR. <strong>Métodos:</strong> Foram revisados artigos publicados em língua inglesa nos últimos 20 anos. As palavras-chave consideradas para a pesquisa e seleção de artigos foram TR pediátrico ou transplante de rins e crianças, ou crianças pequenas, ou lactentes pequenos, ou crianças jovens, ou lactentes jovens e reconstrução do trato urinário e CAKUT. Alguns artigos referenciados para elucidar os aspectos urológicos da revisão também foram incluídos.</p> 2024-02-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Priscila Cardoso Braz Ascar, Jovelino Quintino de Souza Leão, Maria Fernanda Camargo de Carvalho, Paulo https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/601 Fibrilação Atrial no Perioperatório de Transplante de Fígado: Uma Revisão Integrativa 2024-06-19T15:11:35-03:00 Rayanne Meirelly Vasconcelos Cardoso rayannemeirelly16@gmail.com Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto olivallucena@gmail.com <p class="p1"><strong>Objetivo:</strong> Revisar o desenvolvimento da fibrilação atrial (FA) durante o período perioperatório (intra e pós-operatório) em receptores de transplante de fígado (TxF). <strong>Métodos:</strong> Trata-se de uma revisão integrativa que buscou analisar o surgimento da FA no perioperatório de transplante hepático, bem como seus fatores associados. Utilizaram-se as bases de dados PubMed, MEDLINE, SciELO e Scopus. Os descritores foram permutados utilizando o operador booleano “AND”, com a restrição temporal de 10 anos, nos idiomas inglês e português. Inicialmente, foram encontrados 305 artigos, dos quais nove atenderam ao objetivo proposto após a análise. <strong>Resultados:</strong> Nesta revisão, foram selecionados nove artigos, os quais foram categorizados de acordo com o momento de surgimento da FA, em relação à cirurgia de transplante hepático: três em relação ao surgimento da FA no intraoperatório (FAIO) e seis no pós-operatório. Durante o período intraoperatório, os casos de FA apresentaram maior incidência após a reperfusão do enxerto hepático. Além disso, o grupo com FA apresentou maior incidência de insuficiência hepática, pontuações mais altas no escore model for end-stage liver disease (MELD), concentrações séricas mais elevadas de bilirrubina total e valores aumentados de international normalized ratio (INR). A presença de FA no pós-operatório (FAPO) foi associada a pacientes de idade avançada, com escores MELD mais elevados e disfunção renal. A permanência hospitalar foi prolongada e o risco de mortalidade foi aumentado em pacientes com FAPO. <strong>Conclusão</strong>: O aparecimento da FA no perioperatório de transplante de fígado sugere uma correlação com pacientes de escores MELD mais altos, idade avançada e possibilidade de ocorrerem instabilidades hemodinâmicas, como arritmias durante a cirurgia, podendo indicar um mau prognóstico para o paciente.</p> 2024-07-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Rayanne Meirelly Vasconcelos Cardoso, Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/606 Tratamento Individualizado para CMV com Mutação UL97 del597-599: Além da Resposta Incomum a um Aumento Menor da Dose de Ganciclovir 2024-07-13T07:53:50-03:00 Ana Piedade anapereira.piedade@hotmail.com Helena Vidal helena-vidal@hotmail.com Pilar Simões pilarbsimoes@gmail.com Miguel Bigotte Vieira mbigottevieira@gmail.com Maria Jesus Chasqueira mjchasqueira@nms.unl.pt Fernando Caeiro fccaeiro@gmail.com Inês Aires ircaires@gmail.com Paulo Paixão paulo.paixao@nms.unl.pt Cristina Jorge cristinamjorge@gmail.com <div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>A infecção pelo citomegalovírus humano (CMV) é a infecção mais prevalente que afeta os receptores de transplante de órgãos e é uma causa de morbidade e mortalidade em pacientes submetidos a transplante renal. A introdução do ganciclovir (GCV) para profilaxia e tratamento melhorou muito os resultados dos pacientes. A resistência ao GCV pode ser causada por mutações no gene da fosfotransferase UL97 ou no gene da polimerase UL54. Ela ocorre em 1 a 2% dos receptores de transplante renal com infecção ou doença por CMV. A resistência antiviral deve ser considerada quando se observa aumento da carga viral e progressão da doença, apesar da administração de terapia antiviral adequada. O grau de resistência varia de acordo com o tipo de mutação presente. Relatamos um paciente com resistência ao GCV devido a uma mutação UL97 del597-599 que, apesar de normalmente exigir um aumento de 8 vezes na dose de GCV, apresentou uma diminuição significativa na carga viral com apenas um aumento de duas vezes na dose. Entretanto, a evolução clínica geral do paciente permaneceu complicada. Devido à leucopenia grave, o Maribavir teve de ser iniciado, com uma boa resposta. No entanto, ele acabou morrendo devido a complicações indiretas relacionadas ao CMV. Esse caso também destaca a complexidade dos pacientes transplantados, que apresentam vários desafios, desde infecções até o gerenciamento da terapia.</p> </div> </div> </div> </div> 2024-09-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Ana Piedade, Helena Vidal, Pilar Simões, Miguel Bigotte Vieira , Maria Jesus Chasqueira , Fernando Caeiro, Inês Aires , Paulo Paixão, Cristina Jorge https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/584 Metástases Tireoidianas de Carcinoma Hepatocelular após Transplante Hepático 2024-08-11T07:46:10-03:00 Danilo Dias Avancini Viana danilo.avancini00@gmail.com Angel Evangelista Barroso Magalhães angelmagalhaes11@gmail.com Dayane Laura da Silva dayanelaura007@gmail.com Larissa Peixoto Teixeira lariisa.peixoto@hotmail.com Larissa Ponte Dias larissaponte@edu.unifor.br Clebia Azevedo de Lima clebiaazevedo@gmail.com Elodie Bomfim Hyppolito elodie.hyppolito@gmail.com Paulo Everton Garcia Costa pegcosta1@gmail.com Gustavo Rêgo Coelho gustavorego@ufc.br José Huygens Parente Garcia huygensgarcia@hotmail.com <div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Pacientes com metástase tireoidiana de carcinoma hepatocelular (CHC) são extremamente raros. Um paciente que realizou transplante hepático devido à recorrência de CHC apresentou metástase tireoidiana detectada 4 anos depois. A revisão de literatura identificou seis casos documentados, analisando informações relevantes sobre CHC com metástase tireoidiana após transplante de fígado. Verificou-se a prevalência do vírus da hepatite B (VHB) e da hepatite C (VHC) como etiologias da doença hepática (83,3%), com níveis elevados de alfafetoproteína (AFP) em cinco casos. Além disso, o tempo entre o diagnóstico de CHC e a metástase tireoidiana foi inferior a 3 anos. O paciente permanece clinicamente estável no acompanhamento ambulatorial, com sobrevida atual de 8 meses após tireoidectomia total.</p> </div> </div> </div> </div> 2024-10-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Danilo Dias Avancini Viana, Angel Evangelista Barroso Magalhães, Dayane, Larissa Peixoto Teixeira, Larissa Ponte Dias, Clebia Azevedo de Lima, Elodie Bomfim Hyppolito, Paulo Everton Garcia Costa, Gustavo Rêgo Coelho, José Huygens Parente Garcia https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/593 Tratamento da Lesão da Cápsula Renal em um Rim Transplantado: Um Relato de Caso e Revisão da Literatura 2024-09-18T06:33:38-03:00 Gabriel Chahade Sibanto Simões gabrielcssimoes@gmail.com Ana Beatriz Pereira de Souza anabp@gmail.com Lukas Costa Salles lukascsalles@gmai.com Caio de Oliveira caio.oliveira145556@gmail.com Arthur Degani Ottaiano arthurdegani@gmai.com Marilda Mazzali mmazzali@unicamp.br Ricardo Miyaoka rmiyaoka@gmail.com Adriano Fregonesi adriano.fregonesi@gmail.com <div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>O critério expandido para doadores foi estabelecido para reduzir o descarte de órgãos. Apesar disso, vários fatores podem levar à não utilização de rins inicialmente viáveis, como anormalidades anatômicas, lesões traumáticas e lesões iatrogênicas durante a cirurgia de captação de órgãos. Relatamos um caso de transplante renal em que foi identificada e reparada lesão capsular durante o preparo do órgão, bem como realizamos revisão da literatura sobre lesões renais em transplantes. Um paciente de 52 anos, diabético, hipertenso, com doença renal crônica, em tratamento dialítico há 2 anos, foi internado para transplante renal de doador falecido. O doador era um homem de 35 anos com morte encefálica secundária a traumatismo cranioencefálico em acidente de carro. Durante o preparo do órgão, foi identificada uma lesão capsular no polo superior do rim direito. Sutura contínua da cápsula renal foi realizada com fio CatGut 3-0 para corrigir o defeito e reconstruir a superfície renal. Após reperfusão renal, não foi observado sangramento ativo na área suturada. O paciente teve boa evolução pós-operatória, sem complicações. As principais complicações associadas às lesões capsulares e ao desnudamento capsular completo são o sangramento e a formação de hematomas, bem como o extravasamento urinário e linfático através do parênquima renal exposto. O tratamento pode envolver cauterização direta com eletrocautério ou plasma de argônio, ou uso de agentes hemostáticos. O reparo bem-sucedido de lesões capsulares previne complicações como sangramento durante a reperfusão e fístulas urinárias, e consiste em estratégia crucial para estimular o uso de todo o contingente de órgãos disponível, abrangendo maior número de receptores.</p> </div> </div> </div> </div> 2024-10-28T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Gabriel Chahade Sibanto Simões, Ana Beatriz Pereira de Souza, Lukas Costa Salles, Caio de Oliveira, Arthur Degani Ottaiano, Marilda Mazzali, Ricardo Miyaoka, Adriano Fregonesi https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/603 Recorrência de Aplasia Eritrocitária Pura Associada ao Parvovírus B19: Uma Doença Desafiante no Transplante Renal 2024-06-20T07:58:45-03:00 Núria Paulo nuriapaulo@hotmail.com Carolina Ferreira carolinaferreira89@gmail.com Ana Cerqueira anacerqueira-1@hotmail.com Susana Sampaio susana.sampaio@sapo.pt Manuel Pestana mvasconcelos@ulssjoao.min-saude.pt <p>A aplasia eritrocitária pura (PRCA) associada à infeção por parvovírus B19 (PVB19) é um importante diagnóstico a considerar em recetores de transplante renal (TR) que se apresentam com anemia persistente, nos quais outras etiologias foram excluídas. A gestão desses doentes representa um desafio, uma vez que a redução da imunossupressão (IS) para tratar a infeção vírica deve ser cautelosa pelo potencial aumento do risco de rejeição do aloenxerto. Os autores descrevem um caso de um homem de 43 anos com antecedentes de doença renal crónica de etiologia indeterminada que foi submetido a TR de um dador falecido após morte circulatória em janeiro de 2021. No primeiro ano pós-TR, o paciente foi internado repetidamente devido a PRCA associada ao PVB19 e necessitou de transfusões de glóbulos vermelhos e tratamento com imunoglobulina humana intravenosa (IVIG). A IS foi inicialmente ajustada com suspensão do micofenolato de mofetil (MMF) e posteriormente alterada para um esquema TRANSFORM com prednisolona, tacrolimus e everolimus. Devido ao agravamento da função renal, foi realizada uma biópsia renal que revelou rejeição aguda mediada por células T borderline com sinais significativos de cronicidade (50% de fibrose intersticial e atrofia tubular). Para garantir o controlo da infeção, a IS não foi aumentada. Considerando a recorrência da PRCA associada ao PVB19 apesar do uso de um esquema IS TRANSFORM num paciente com disfunção crónica do aloenxerto e alto risco imunológico, foi iniciada terapêutica de manutenção com IVIG (0,4 mg/kg) a cada 4 semanas. Após 9 meses de tratamento não foi identificada nenhuma recidiva. De forma a promover uma prescrição individualizada de IS, um ImmunoBiogram® foi recentemente realizado, estando a ser considerada uma redução da IS que potencialmente permitirá a suspensão da terapia de manutenção com IVIG. O diagnóstico e tratamento da PRCA associada ao PVB19 são desafiadores. Relativamente à doença recidivante, o tratamento prolongado com IVIG parece ser útil, mas mais estudos são necessários para estabelecer o seu papel. Também é fundamental adaptar, tanto quanto possível, a IS ao perfil imunológico individual dos doentes para prevenir o uso excessivo de imunossupressão.</p> 2024-08-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Núria Paulo, Carolina Ferreira, Ana Cerqueira, Susana Sampaio, Manuel Pestana https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/597 Transplante Fígado-Rim em Monobloco: Solução Técnica para Sítio Ilíaco com Aterosclerose Avançada 2024-04-15T07:02:13-03:00 Luiz Fernando Veloso luizfveloso1@gmail.com Bianca De Marco Angeli bia-dm26@hotmail.com João Pedro Donato Veloso joaopedrodv1@hotmail.com Mateus Donato Veloso mateusdveloso@gmail.com <p class="p1"><strong>Objetivos</strong>: Relatar o primeiro caso de transplante duplo – fígado e rim – em monobloco como alternativa cirúrgica em paciente com aterosclerose avançada e calcificação extensa de vasos arteriais aortoilíacos. <strong>Métodos:</strong> As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com a paciente, registro de imagem dos métodos diagnósticos aos quais a paciente foi submetida e revisão da literatura. <strong>Conclusão</strong>: A técnica descrita pode representar uma alternativa eficiente e segura em circunstâncias nas quais a anastomose vascular, arterial ou venosa é impossibilitada por desafios anatômicos em decorrência de doença vascular prévia.</p> 2024-07-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Luiz Fernando Veloso, Bianca De Marco Angeli, João Pedro Donato Veloso, Mateus Donato Veloso https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/609 Síndrome de Guillain-Barré Secundária à Infecção por Citomegalovírus em Paciente Pediátrico Transplantado Renal 2024-08-13T17:05:21-03:00 Daniela Saraiva Guerra Lopes danielasaraiva@gmail.com Iracy de Oliveira Araujo ira-araujo@hotmail.com Rodrigo Melo Gallindo RODRIGOGALLINDO@HOTMAIL.COM Cassio Tâmara Ribeiro cassioribeirotx@gmail.com Paula Andréa dos Santos Genesio paulatxped@hotmail.com <div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>A associação entre síndrome de Guillain-Barré (SGB) e citomegalovírus (CMV) já é bem estabelecida na literatura, tendo sido primeiramente relatada em 1967. Porém, essa associação é rara em pacientes transplantados de órgãos sólidos, apesar da incidência de infecção sintomática por CMV ser maior nesta população. Devido ao seu potencial de gravidade, alta morbidade e mortalidade, a possibilidade de SGB não pode ser afastada em caso de complicação neurológica em pacientes transplantados. Neste relato, é descrito um caso de SGB secundária a CMV em um paciente transplantado renal de 8 anos de idade, na faixa etária pediátrica, intervalo com ainda maior escassez de relatos sobre essa associação. O paciente apresentava sorologia (IgG e IgM) negativa para CMV em exames pré-transplante, enquanto o doador possuía IgG positiva, havendo dessa forma alto risco de desenvolvimento da doença. A abertura do quadro clínico ocorreu cerca de dois meses após a realização do transplante, com sintomas e evolução clássicos de SGB. São discutidos os aspectos clínicos, diagnósticos, de tratamento e de evolução da doença, além da relação com as evidências presentes na literatura mundial.</p> </div> </div> </div> </div> <p> </p> 2024-09-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Daniela Saraiva Guerra Lopes, Iracy de Oliveira Araujo, Rodrigo Melo Gallindo, Cassio Tâmara Ribeiro, Paula Andréa dos Santos Genesio https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/588 Recomendações de Triagem de Dengue de Doador e Receptor no Transplante de Órgãos Sólidos 2024-03-20T14:56:03-03:00 Daniel Wagner de Castro Lima Santos danielinfectologista@gmail.com Raquel Silveira Bello Stucchi stucchi.raquel@gmail.com Wanessa Trindade Clemente wanclemente@yahoo.com.br Edson Abdala eabdala@uol.com.br Guilherme Santoro-Lopes santorolopes@hucff.ufrj.br Ligia Pierrotti ligia.pierrotti@gmail.com <p>A dengue, infecção caracterizada por ciclos epidêmicos que se repetem a cada 3 a 5 anos, figura como um dos problemas de maior destaque, tendo em vista sua progressiva expansão em número de casos e extensão geográfica. Em que pese sua vasta distribuição geográfica, é nas Américas e Sudeste Asiático que a doença incide de forma mais intensa. No contexto de surtos e epidemias, as infecções transmitidas pelos doadores podem representar um grande desafio devido à falta de dados, na literatura, de uma política clara para triagem dos doadores e dos possíveis desfechos indesejáveis. Casos de transmissão provável e confirmada têm sido relatados em receptores de diferentes órgãos. Embora o total de casos descritos seja pequeno, é importante considerar a possibilidade de subnotificação e o aumento substancial do risco desse evento, especialmente nos períodos em que a transmissão da dengue atinge níveis epidêmicos na população. Com base na escassa literatura, porém baseada em estratégias adotadas em outros países que já experimentaram epidemias de dengue com transmissão do vírus por meio de transplante de órgãos, a Comissão de Infecção em Transplante (COINT) da Associação Brasileira de Transplante (ABTO) sugere triagem de doadores e candidatos a transplante com o uso combinado de NS1/IgM no sangue e critérios para o aceite do doador e do candidato.</p> 2024-03-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Daniel Wagner de Castro Lima Santos , Raquel Silveira Bello Stucchi , Wanessa Trindade Clemente , Edson Abdala, Guilherme Santoro-Lopes, Ligia Pierrotti https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/555 Importância e Relevância do Brazilian Journal of Transplantation para a Transplantação Brasileira 2024-01-17T15:01:41-03:00 Ilka de Fatima Santana Ferreira Boin ilkaboin@gmail.com Luciana Haddad lu@bjt.org Gustavo Fernandes Ferreira gu@bjt.org <p>O <em>Brazilian Journal of Transplantation</em>, por meio de sua atuação e comprometimento com altos padrões éticos e acadêmicos, almeja consolidar-se como uma referência na disseminação de conhecimento e avanço científico no campo dos transplantes, tanto nacional quanto internacionalmente. É inegável a contribuição social da BJT como um veículo de divulgação confiável e avaliado por pares. Alcança não apenas a comunidade científica, mas também a população em geral, desmistificando os processos de doação de órgãos, evidenciando o modelo de distribuição dos órgãos por meio da fila única nacional e sensibilizando para a necessidade da doação.</p> <p> </p> 2024-02-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Ilka de Fatima Santana Ferreira Boin, Luciana Haddad, Gustavo Fernandes Ferreira https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/612 Réquiem ao Prof. Paul McMaster 2024-06-07T17:50:04-03:00 Renato Ferreira da Silva renatofsbr@gmail.com Rita de Cássia Martins Alves da Silva aa@jatm.com.br 2024-07-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Renato Ferreira da Silva, Rita de Cássia Martins Alves da Silva https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/554 Prof Sir Roy Calne: Pioneiro que Realizou o Primeiro Transplante de Fígado na Europa 2024-01-17T09:56:26-03:00 Eleazar Chaib eleazarchaib@gmail.com Luciana Haddad autor@bjt.com 2024-02-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Eleazar Chaib, Luciana Haddad https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/561 Avaliação de biomarcadores inflamatórios em artérias pulmonares de transplantados cardíacos chagásicos e não chagásicos 2024-06-09T09:40:25-03:00 Marcus Vinícius de Paula da Silva marcus@cardiol.br Ildernandes Vieira Alves ildernandesvieira@gmail.com Antonielle Rodrigues Pereira Alves antoniellealvesmestrado@gmail.com Virginia Soares Lemos vsoareslemos@gmail.com Gabriel Assis Lopes do Carmo gabriel_carmo@yahoo.com.br Fábio o Morato de Castilho fabiomorcastilho@gmail.com Cláudio Léo Gelape clgelape@uol.com.br <p>O transplante cardíaco (TxC) é opção terapêutica considerada em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) avançada e refratária ao tratamento otimizado, de acordo com diretrizes nacionais e internacionais.&nbsp; A IC é uma doença progressiva que afeta milhões de pessoas. O paciente com IC avançada frequentemente desenvolve hipertensão arterial pulmonar (HAP). A HAP é definida como uma condição em que a pressão média da artéria pulmonar é superior a 20 mmHg. &nbsp;Em relação à HAP, reconhece-se que a inflamação é um aspecto importante no seu desenvolvimento. Objetivo: Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a relação entre o processo inflamatório e o desenvolvimento de hipertensão arterial pulmonar em pacientes submetido ao TxC. Métodos: Os níveis das interleucinas IL-6, IL-1β e TNF-α foram obtidos por ELISA, associados das contagens de CD68 e de neutrófilos CD66b pela técnica de imunofluorescência, em fragmentos das artérias pulmonares de pacientes portadores de cardiomiopatia chagásica ou não submetidos ao TxC. Resultados: O estudo revelou que não existe diferença estatisticamente significativa (p ≥ 0,05) entre os pacientes receptores chagásicos e os receptores não-chagásicos no que diz respeito às variáveis clínicas, ecocardiográficas, manométricas e aos marcadores inflamatórios. Conclusão: Esses dados sugerem a presença de um perfil pró-inflamatório nos pacientes transplantados cardíaco independente dos níveis aferidos de pressão na artéria pulmonar.</p> <p>&nbsp;</p> 2024-07-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Marcus Vinícius de Paula da Silva, Ildernandes Vieira Alves, Antonielle Rodrigues Pereira Alves, Virginia Soares Lemos, Gabriel Assis Lopes do Carmo, Fábio o Morato de Castilho, Cláudio Léo Gelape https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/596 Validação da Captação de Tecido Musculoesquelético em Doador Vivo: Experiência de um Banco de Multitecidos 2024-05-09T08:22:04-03:00 Luiz Henrique de Freitas Filho luizhff@unicamp.br Cristina de Carvalho Silva Neves crisnees@unicamp.br Carlos Alexandre Curylofo Corsi carlos_ccorsi@hotmail.com Evelyn Machado Cardoso evelync@unicamp.br Nilcilene Pinheiro Silva npshc@unicamp.br Gustavo Constantino de Campos gccampos@unicamp.br <p class="p1"><strong>Introdução:</strong> A captação de tecidos musculoesqueléticos é fundamental para garantir o fornecimento de produtos biológicos de origem humana com segurança e eficácia clínica. Para assegurar a qualidade desses tecidos, é essencial que a etapa de captação passe por um processo de validação. <strong>Objetivos:</strong> Este artigo descreve a experiência de um banco de multitecidos humanos (BMTHs) público na validação da captação de tecido musculoesquelético (cabeça femoral) de doador vivo. <strong>Métodos:</strong> Trata-se da avaliação e adequação de um protocolo de captação visando promover a excelência na qualidade dos tecidos distribuídos para fins terapêuticos e de pesquisa. Para isso, foram realizadas uma visita técnica em outro banco de tecidos e reuniões com a equipe do serviço de ortopedia para apresentação e discussão sobre o fluxo do processo. A triagem do doador foi conduzida por meio da aplicação de formulários, avaliando os critérios de seleção e exclusão. Após a aceitação, mediante termo de consentimento, foram solicitados os exames sorológicos do doador e, por fim, a captação. Validaram-se o kit de captação, o controle de temperatura da caixa térmica de transporte e a coleta de material microbiológico da peça no momento da retirada. Para considerar válido o processo, o tecido captado passou por avaliações macroscópicas, radiológicas e microbiológicas. Os formulários e demais documentos do prontuário foram auditados pelo Núcleo de Qualidade e Segurança em Saúde (NQSS) da instituição. Também foi realizado o mapeamento dos processos, visando os riscos e oportunidades de melhoria. <strong>Resultados:</strong> O protocolo de captação foi realizado e validado conforme previsto no plano de ação. A técnica de captação foi realizada de forma estéril no centro cirúrgico. As análises microbiológicas e sorológicas apresentaram resultados negativos e o tecido foi considerado macroscopicamente viável. Após auditoria, a documentação foi considerada adequada ao atender a legislação vigente (Resolução da Diretoria Colegiada – RDC Nº 707, de 1 de julho de 2022). Além disso, o mapeamento dos processos garantiu a segurança da captação e proporcionou oportunidades de melhoria. <strong>Conclusão:</strong> Apresenta-se um protocolo de captação de tecidos musculoesqueléticos no serviço de referência, sendo o processo de validação replicável, por meio de uma ferramenta fundamental para assegurar a inocuidade e segurança na captação de tecidos.</p> 2024-05-28T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Luiz Henrique de Freitas Filho, Cristina de Carvalho Silva Neves, Carlos Alexandre Curylofo Corsi, Evelyn Machado Cardoso, Nilcilene Pinheiro Silva, Gustavo Constantino de Campos https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/570 Impacto Econômico das Recomendações Farmacêuticas Realizadas em uma Unidade de Transplante Hepático de um Hospital Universitário 2024-03-23T06:39:20-03:00 Lara Nascimento laranascimento870@gmail.com Alene Barros de Oliveira barrosalene@gmail.com José Martins de Alcântara Neto neto_jman@yahoo.com.br Maria Gabrielle oliveira e Silva Linhares mgabslinhares@gmail.com Cinthya Cavalcante de Andrade cinthyabonsai@hotmail.com <p><strong>Introdução:</strong> Os avanços na medicina proporcionaram a possibilidade do transplante de órgãos e tecidos para fins terapêuticos. Os pacientes transplantados, além da terapia imunossupressora, fazem, em sua maioria, tratamento para outras comorbidade e essa polifarmácia faz com que o papel do farmacêutico seja de extrema importância para garantir a segurança e a adesão do paciente. Por meio das recomendações farmacêuticas (RF), o profissional consegue reduzir a morbimortalidade e o tempo de internação, assim como os custos de saúde. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de estudo observacional, descritivo retrospectivo, realizado no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2022, que tem por objetivo analisar o impacto econômico das recomendações farmacêuticas realizadas em uma unidade de transplante hepático de um hospital universitário. A coleta de dados ocorreu no período de maio a agosto de 2023 com auxílio do banco de dados da farmácia clínica da instituição. O impacto econômico foi classificado como aumento de efetividade (AE), redução de custo (RC) e risco evitado (RE), calculados por uma metodologia desenvolvida e adaptada à realidade do estudo. Os custos relacionados à aquisição dos medicamentos foram verificados mediante o sistema próprio do hospital e os valores foram ajustados de acordo com a inflação de junho de 2023. <strong>Resultados:</strong> Foram realizadas 363 RF, das quais o AE representou 64% (n = 231), seguido por RC (20%, n = 72) e RE (16%, n = 60). O valor total resultante corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de R$ 179.223,31, sendo o valor do RE de R$ 140.414,04 e da RC de R$ 38.809,27. <strong>Conclusão:</strong> A importância do farmacêutico clínico na equipe multidisciplinar é evidente por meio da melhoria do acompanhamento dos pacientes, da monitorização e da gestão da condição de saúde. Por intermédio deste estudo podemos perceber que as RF apresentadas obtiveram impacto financeiro considerável e obteve-se, pela otimização da farmacoterapia dos pacientes transplantados, uma AE terapêutica. Percebe-se, ainda, a importância de se desenvolverem mais estudos que mostrem o impacto da qualidade assistencial proporcionada pela atuação da farmácia clínica, para que seja possível destacar a importância dessa seara para a assistência em saúde.</p> 2024-04-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Lara Nascimento, Alene Barros de Oliveira, José Martins de Alcântara Neto, Maria Gabrielle oliveira e Silva Linhares, Cinthya Cavalcante de Andrade https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/558 Complicações Prevalentes no Transplante Cardíaco: Uma Análise de Coorte Retrospectiva 2024-03-23T06:48:52-03:00 Gabriela Ribeiro Borzani gabiiborzani@gmail.com Nadja Van Geen Poltronieri nadja.transplante@gmail.com Sérgio Henrique Simonetti sergioh@dantepazzanese.org.br Bruna Bronhara Damiani aa@jatm.com.br <p class="p1"><strong>Objetivos:</strong> Identificar as complicações prevalentes no pós-transplante cardíaco (TxC). <strong>Métodos:</strong> Trata-se de pesquisa quantitativa de coorte retrospectiva, com pacientes pós-TxC no período de 2010 a 2022, por meio de análise de prontuário. <strong>Resultados: </strong>Participaram do estudo 49 pacientes pós-TxC, sendo seis óbitos. A principal causa de insuficiência cardíaca prévia ao transplante foi dilatada idiopática (36,7%), seguida de etiologia chagásica (30,6%), com tempo médio de fila de transplante de 7,4 meses [desvio-padrão (DP) = 9,7]. No período pós-TxC, 95,9% da população apresentou ao menos uma complicação, sendo a mais frequente a rejeição celular aguda (81,6%) seguida de infecção por citomegalovírus (44,9%). <strong>Conclusão</strong>: O estudo forneceu dados relevantes para a literatura para de identificar as complicações prevalentes no TxC para implementar ações de enfermagem, como o planejamento realizado pelo enfermeiro para melhorar a autogestão do cuidado ao paciente transplantado.</p> 2024-05-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Gabriela Ribeiro Borzani, Nadja Van Geen Poltronieri , Sérgio Henrique Simonetti, Bruna Bronhara Damiani https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/528 Nível Sérico dos Imunossupressores como Marcador de Efetividade da Educação farmacêutica no Transplante de Órgãos Sólidos 2024-01-13T18:02:41-03:00 Thayse Ventura Luz thayseveentura@hotmail.com Paola Hoff Alves phoffalves@hcpa.edu.br Camila Silva Muneretto cmuneretto@gmail.com <p>Os indivíduos acometidos por doenças graves que comprometem algum órgão específico, muitas vezes, necessitam do transplante de órgãos sólidos. A terapia imunossupressora e a adesão ao tratamento medicamentoso influenciam nos desfechos clínicos positivos, como aumento da sobrevida do enxerto e melhora na qualidade de vida. Diante disso, a atuação do farmacêutico clínico a nível hospitalar e ambulatorial mediante acompanhamento farmacoterapêutico propicia a otimização do tratamento pós-transplante. <strong>Objetivos:</strong> Avaliar o reflexo da educação farmacêutica, bem como o acompanhamento farmacoterapêutico na adequação do nível sérico dos inibidores de calcineurina em pacientes receptores de órgãos sólidos. <strong>Métodos:</strong> Estudo descritivo e retrospectivo com pacientes adultos transplantados hepático e pulmonar em uso de inibidores de calcineurina. O índice de variação foi utilizado para avaliar a adequação do nível sérico em três períodos distintos. <strong>Resultados:</strong> Foram incluídos 64 pacientes no estudo, sendo 45 transplantes hepáticos e 19 pulmonares. Em análise de subgrupo, cerca de 50% da população não apresentou conformidade do nível sérico na primeira consulta pós-alta. Após um ano do procedimento cirúrgico e dos diferentes acompanhamentos ambulatoriais, o nível sérico alvo alcançou 63,16% no transplante hepático e 77,78% no transplante pulmonar. <strong>Conclusão:</strong> A importância da atuação do farmacêutico clínico baseia-se no reflexo obtido na adequação e conformidade dos níveis séricos dos inibidores de calcineurina, de forma não exclusiva aos dados iniciais avaliados no hospital no período imediato, mas principalmente no seguimento farmacoterapêutico realizado de modo ambulatorial, em que observamos um valor mais expressivo.</p> 2024-02-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Thayse Ventura Luz, Paola Hoff Alves, Camila Silva Muneretto https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/564 Competências Essenciais para a Atuação do Enfermeiro no Transplante de Medula Óssea 2024-05-11T06:58:39-03:00 Isabelle Ribeiro de Farias aa@jatm.com.br Marina de Jesus Leite aa@jatm.com.br Rafaela Vilela Alves dos Santos aa@jatm.com.br Filipi Utuari de Andrade Coelho aa@jatm.com.br Priscilla Caroliny de Oliveira priscilla.caroliny@einstein.br <p class="p1"><strong>Introdução:</strong> O transplante de medula óssea (TMO) é o processo de substituição de uma medula óssea doente ou lesada por outra com função normal. No Brasil, as atividades assistenciais relacionadas ao cuidado direto ao paciente são supervisionadas por um enfermeiro, sendo outras atividades privativas desse profissional. Devido à complexidade desses pacientes, alguns programas de TMO podem optar por prover o cuidado de enfermagem exclusivamente por enfermeiros. <strong>Objetivos:</strong> (i) Desvelar a percepção dos enfermeiros relativa às competências exigidas durante o processo de cuidado a pacientes na unidade de TMO e (ii) identificar se os enfermeiros reconhecem incremento da qualidade em unidades de TMO que implementam o cuidado de enfermagem exclusivamente por enfermeiros. <strong>Métodos:</strong> Estudo descritivo-exploratório com método misto concorrente realizado em um hospital de grande porte da Zona Sul da cidade de São Paulo com enfermeiros atuantes do TMO no ano de 2023. <strong>Resultados:</strong> A partir da análise das entrevistas, foi possível elencar os resultados em três categorias: a) as competências necessárias para atuação do enfermeiro no TMO; b) o TMO como especialização para a enfermagem; c) relação do cuidado exclusivo do enfermeiro com os resultados no TMO. <strong>Conclusão:</strong> Cinco competências centrais foram identificadas: raciocínio clínico, tomada de decisão, trabalho em equipe, educação em saúde e liderança. Os profissionais reconhecem o incremento da qualidade dos cuidados de enfermagem prestados no TMO quando realizados exclusivamente por enfermeiros.</p> 2024-06-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Isabelle Ribeiro de Farias, Marina de Jesus Leite, Rafaela Vilela Alves dos Santos, Filipi Utuari de Andrade Coelho, Priscilla Caroliny de Oliveira https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/548 Análise das Notificações Recebidas pela Central de Transplantes do Estado de Roraima de 2017 a 2021 2024-04-09T18:27:52-03:00 Lidiane Cristina Santiago de Oliveira lidianesanti@gmail.com Larissa Lima Araújo Mendes larissa.l.araujo16@gmail.com Matheus Dantas Brum dantas_brum@hotmail.com Mykaelle Soares Lima enfamykaelle@gmail.com Ana Carolina Ferrer Lobo carolinaferrerlobo@gmail.com Jéssica Anne Pereira Corrêa França jessicacorrea_@hotmail.com Carlos Henrique dos Santos Junior chenrique.ch614@gmail.com Lueli Evelin Leite Mota luelievelin21@gmail.com Geraldo Pereira Maia Neto geraldo.maia.pfl@gmail.com José Egberg Santos de Araújo egbergsa.enf@gmail.com Matilde Nascimento Rabelo nrmatilde@gmail.com Thaís Lorena Pereira da Paz a@bjt.org.br Victor Hugo Souza Lustosa a@bjt.org.br Bárbara Carvalho dos Santos fisioterapeutabarbaracarvalho@gmail.com Marcelo Moura Linhares linhares.sp@gmail.com <p><strong>Objetivos</strong>: Analisar as notificações de morte encefálica (ME) recebidas pela Central de Transplantes (CET) do estado de Roraima (RR) de 2017 a 2021.<strong> Métodos:</strong> Trata-se de estudo transversal, quantitativo e observacional no qual foram analisadas todas as notificações recebidas pela CET no período de 2017 a 2021, resultando em 120 pacientes, dos seguintes centros de saúde: Hospital Geral de Roraima (HGR), Hospital Confederação Nacional das Cooperativas Médicas (UNIMED), Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), Hospital das Clínicas (HC) e Hospital Lotty Íris (HLI). Os dados foram coletados do sistema de gerenciamento de dados da central e repassados para a ficha de coleta desenvolvida pela pesquisadora. <strong>Resultados:</strong> Este estudo analisou 119 notificações após a exclusão de uma devido a dados conflitantes. Houve predominância do sexo masculino (58%), com trauma cranioencefálico sendo a causa mais frequente de ME. Ao todo, foram realizadas seis captações de órgãos, todas no HGR. Este estudo não encontrou associações significativas entre a captação de órgãos e sexo, idade, local de internação e ano. <strong>Conclusão: </strong>Há grandes desafios em relação à doação de órgãos em RR, com uma taxa de captação baixa ao longo de 5 anos. Apenas o HGR obteve sucesso em realizar captações de órgãos, diferentemente de outros hospitais notificadores. São necessárias melhorias, destacando a importância de se realizarem mais estudos para uma análise mais aprofundada dos dados.</p> 2024-05-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Lidiane Cristina Santiago de Oliveira, Larissa Lima Araújo Mendes, Matheus Dantas Brum, Mykaelle Soares Lima, Ana Carolina Ferrer Lobo, Jéssica Anne Pereira Corrêa França, Carlos Henrique dos Santos Junior, Lueli Evelin Leite Mota, Geraldo Pereira Maia Neto, José Egberg Santos de Araújo, Matilde Nascimento Rabelo, Thaís Lorena Pereira da Paz, Victor Hugo Souza Lustosa, Bárbara Carvalho dos Santos, Marcelo Moura Linhares https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/580 Transplante Renal em Idosos: Experiência de Cinco Anos 2024-04-29T12:40:49-03:00 Núria Paulo nuriapaulo@hotmail.com Vítor Fernandes vitormsilvafernandes@gmail.com Ana Cerqueira anacerqueira-1@hotmail.com Manuela Bustorff bustorffmanuela@gmail.com Ana Pinho ana.pinho82@gmail.com Susana Sampaio susana.sampaio@sapo.pt Manuel Pestana mvasconcelos@ulssjoao.min-saude.pt <p class="p1"><strong>Objetivos:</strong> A prevalência de doença renal em estágio terminal está aumentando entre os adultos mais velhos em todo o mundo. Apesar de o transplante renal ser considerado a melhor terapia de substituição renal, ele apresenta desafios únicos em pacientes idosos. Este estudo pretende descrever o transplante renal com doador falecido em nosso centro, analisar os resultados, nomeadamente, função tardia do enxerto (FTE), rejeição aguda, infecções bacterianas e perda do aloenxerto censurada para a morte em pacientes com 65 anos ou mais, e comparar a sobrevida do enxerto e do paciente com receptores com menos de 65 anos.<strong> Métodos:</strong> Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo em um único centro sobre transplante renal de doador falecido entre 2016 e 2020. Foram coletados dados sobre as características do doador, do receptor e do transplante, e os resultados após o transplante foram analisados. A regressão univariada de Cox foi usada para comparar a sobrevida do paciente e do aloenxerto censurada para a morte entre pacientes mais velhos e mais jovens. <strong>Resultados:</strong> Dos 294 transplantes de doadores falecidos realizados, 48 foram alocados para receptores com 65 anos ou mais. Esses pacientes tiveram uma prevalência significativamente maior de doadores com critérios estendidos (DCE) em comparação com receptores mais jovens (p &lt; 0,001). A idade média dos receptores no grupo de idosos foi de 68 ± 2 anos, com um acompanhamento mediano de 29 meses (intervalo interquartil [IQR] 18-49). Durante o primeiro ano, cinco (10,4%) pacientes foram diagnosticados com rejeição aguda comprovada por biópsia e 24 (50%) com infecções bacterianas. A FTE foi observada em 27 (56,3%) pacientes e foi associada a uma proporção maior de doadores de alto risco (doadores com DCE e morte circulatória não controlada com perfusão regional normotérmica) (p = 0,034), tempos isquêmicos frios mais longos (p = 0,031) e maior duração de hospitalização (p &lt; 0,001). A sobrevida do aloenxerto censurado para a morte em 1, 3 e 5 anos foi de 89,1, 89,1 e 84,6%, respectivamente, o que não foi estatisticamente diferente do grupo de receptores mais jovens (p = 0,56). Durante o acompanhamento, cinco pacientes morreram, três (60%) dos quais tinham um aloenxerto funcional. A sobrevida dos pacientes em 1, 3 e 5 anos foi de 100, 97,6 e 79,2%, respectivamente, mais uma vez sem diferenças notáveis em comparação com os receptores mais jovens (p = 0,12). <strong>Conclusão:</strong> Embora uma abordagem individualizada e uma cuidadosa avaliação pré-transplante sejam fundamentais para o sucesso do transplante renal na população idosa, nossa sobrevida do aloenxerto e do paciente censurado para a morte em 1, 3 e 5 anos em pacientes idosos foi semelhante à dos receptores mais jovens.</p> 2024-05-28T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Núria Paulo, Vítor Fernandes, Ana Cerqueira, Manuela Bustorff, Ana Pinho, Susana Sampaio, Manuel Pestana https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/615 Fatores Relacionados à Baixa Taxa de Doação de Órgãos - Abordagem de Gestão de Transplantes 2024-08-04T04:43:34-03:00 Graziele Jacob Pimenta grazi_jacob@hotmail.com Sueli Coelho da Silva Carneiro suelicarn@gmail.com Andréa Martins Melo Fontenele andreamamefonte@gmail.com Gisele Jacob Pimenta gisele_jacob3@hotmail.com Ana Cássia Martins Ribeiro Cruz cassia.martins@hotmail.com Angela Ines Brito Veiga angelaines.veiga@gmail.com <div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p><strong>Objetivos:</strong> Avaliar a capacidade de identificar possíveis doadores de órgãos em um hospital universitário no estado do Maranhão (MA). <strong>Métodos:</strong> O estudo é uma coorte retrospectiva, quantitativa, baseada na análise documental de prontuários de pacientes falecidos nas unidades de terapia intensiva (UTIs) de adultos de um hospital universitário no MA, no período de 2018 a 2019. Utilizou-se o Instrumento de Triagem I da Organización Nacional de Trasplantes (ONT) da Espanha, fundamentado por Avedis Donabedian e validado no Brasil, para identificar possíveis doadores com indícios clínicos de morte encefálica (ME). A análise envolveu a revisão dos prontuários e a aplicação de critérios de diagnóstico de ME, conforme a Resolução no 2.173 de 2017 do Conselho Federal de Medicina. Foram analisados 312 prontuários, resultando em 38 com sinais de ME, classificados como escapes por falhas na identificação e manutenção dos doadores.<strong> Resultados:</strong> Dos 312 prontuários avaliados, 21 de 2018 e 17 de 2019 (totalizando 38) apresentaram indícios clínicos de ME e foram selecionados para auditoria detalhada. Além disso, foi identificado que 31,1% dos escapes ou perdas de possíveis doadores ocorreram devido a óbitos não identificados como ME, gerando indicadores antes desconhecidos. A ferramenta revelou que pacientes submetidos a tratamento cirúrgico para tumores encefálicos e doenças cerebrovasculares têm maior probabilidade de evoluir para ME. Esses pacientes, geralmente internados na UTI geral, devem receber atenção especial nas avaliações diárias, pois têm alto potencial para se tornarem doadores de órgãos. <strong>Conclusão:</strong> A auditoria evidenciou a necessidade de melhorias na identificação e manutenção de possíveis doadores, bem como na redução de recusas familiares para aumentar o número de doações efetivas.</p> </div> </div> </div> </div> 2024-09-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Graziele Jacob Pimenta, Sueli Coelho da Silva Carneiro, Andréa Martins Melo Fontenele, Gisele Jacob Pimenta , Ana Cássia Martins Ribeiro Cruz, Angela Ines Brito Veiga https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/562 Prevalência de Sintomas Miccionais e Fatores Preditivos em Transplantados Renais em um Centro Transplantador Brasileiro 2024-02-07T12:34:26-03:00 Diego Henrique Gomes Sobrinho diegohenriquegs1@gmail.com Kézia Jahel Santos Tomaz kezia.tomaz@gmail.com Guilherme Rodrigues Schwamback guilhermers07@gmail.com Renata Gonçalves Santos Rodrigues renata.goncalves.med@gmail.com Alessandro Corrêa Prudente dos Santos alessandro.prudente01@gmail.com <p><strong>Objetivos:</strong> Identificar relações entre escores de sintomas miccionais e variáveis relacionadas ao transplante. <strong>Métodos:</strong> Estudo observacional, transversal e analítico no qual o conjunto dos pacientes submetidos a transplante renal no estado de Rondônia, Brasil, foi avaliado por meio de entrevistas e análise de registros quanto a seu perfil clínico-demográfico e aos sinais e sintomas de disfunção miccional. Qui-quadrado, analysis of variance (ANOVA) e regressão linear multivariada foram utilizados para estabelecer possíveis correlações. <strong>Resultados:</strong> Abordaram-se 81,87% dos pacientes (n = 122). Os sintomas mais frequentes foram aumento da frequência (68,2%) e noctúria (97,6%). O teste ANOVA demonstrou relação entre a idade e o International Consultation on Incontinence Questionnaire (ICIQ) (Questionário Internacional de Consulta sobre Incontinência) (p = 0,014), etilismo e o Overactive Bladder Questionnaire (OAB-V8) (Question.rio de Avaliação da Bexiga Hiperativa) (p = 0,001), esquema imunossupressor e ICIQ (p = 0,04), timoglobulina e OAB (p = 0.009), uso de duplo J e ICIQ (p = 0,014), infecção por citomegalovírus e OAB (p = 0,031) e International Prostate Symptom Score (IPSS) (Escore Internacional de Sintomas Prostáticos) (p = 0,008). Das comorbidades, foi observada insuficiência cardíaca relacionada aos escores OAB (p = 0,009) e ICIQ (p = 0,003). Qui-quadrado apontou associação entre uso de álcool e grupo 1 do OAB (p = 0,005). O teste de Pearson correlacionou positivamente tempo de isquemia do enxerto com ICIQ (p = 0,04). <strong>Conclusão:</strong> A prevalência de sintomas do trato urinário inferior é maior em transplantados renais do que na população geral, e foi possível determinar fatores preditivos para sua ocorrência.</p> 2024-03-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Diego Henrique Gomes Sobrinho, Kézia Jahel Santos Tomaz, Guilherme Rodrigues Schwamback, Renata Gonçalves Santos Rodrigues, Alessandro Corrêa Prudente dos Santos https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/571 Análise de Sobrevida do Enxerto em Pacientes Pediátricos Submetidos ao Transplante Renal 2024-03-17T18:34:12-03:00 Ligia Soeiro ligiasoeiro2@hotmail.com Anna Clara de Moura Lima annaclara0611@hotmail.com Alice Pimentel Vinicius Silva alicepvs@hotmail.com Maria Eduarda Cardoso de Araújo mdudacardoso@gmail.com Daniela Saraiva Guerra Lopes danielasaraiva@gmail.com Iracy de Oliveira Araújo ira-araujo@hotmail.com Emília Maria Danta Soeiro emiliad.soeiro@hotmail.com <p><strong>Introdução:</strong> O transplante renal . a terapia padr.o ouro para doença renal crônica (DRC) em estágio final. Entretanto, aspectos relacionados às características do doador e do receptor, à técnica cirúrgica, ao protocolo de imunossupressão e comorbidade podem impactar a sobrevida do enxerto. <strong>Objetivos</strong>: Avaliar os fatores associados à sobrevida do enxerto em pacientes pediátricos submetidos ao transplante renal. <strong>Métodos:</strong> Estudo descritivo do tipo coorte retrospectivo que incluiu todos os pacientes de 1 a 18 anos submetidos ao transplante renal na Unidade Renal Pedi.trica do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), Recife, Brasil, de janeiro de 2017 a dezembro de 2021, com tempo m.nimo de seguimento de 10 meses, totalizando 51 pacientes. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do IMIP sob o CAAE: 52023921.1.0000.5201. <strong>Resultados</strong>: A mediana de idade dos pacientes ao transplante renal foi de 12 anos (9-13), sendo 27 (52,9%) do sexo masculino e oito (15,6%) com menos de 5 anos. As principais etiologias da DRC foram as anomalias congênitas do rim e do trato urinário (n = 25; 49%). Quanto ao transplante renal, 49 (96,1%) foram de doador falecido e a mediana do tempo de seguimento foi de 32 (14-42) meses. Após o transplante, 58% da população eram hipertensos, enquanto 80,4% apresentavam dislipidemia. As taxas de sobrevida do enxerto e do paciente em 5 anos, avaliadas pela curva de Kaplan Meier, foram, respectivamente, 86,3 e 90,2%. Sete pacientes (n = 5) perderam o enxerto, sendo a causa mais frequente a trombose de veia renal. As causas não glomerulares de DRC mostraram menor sobrevida do enxerto quando comparadas .s causas glomerulares (log rank p = 0,010). <strong>Conclusão:</strong> As taxas de sobrevida do enxerto e dos pacientes em nossa casuística assemelham-se aos dados nacionais e mundiais. As causas mais frequentes de perda do enxerto foram os eventos tromboembólicos. Além disso, observamos elevada prevalência de hipertensão e dislipidemia. Esses resultados nos direcionam para estabelecer estratégias para melhorar a sobrevida nos transplantes renais pediátricos.</p> 2024-04-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Ligia Soeiro, Anna Clara de Moura Lima, Alice Pimentel Vinicius Silva, Maria Eduarda Cardoso de Araújo, Daniela Saraiva Guerra Lopes, Iracy de Oliveira Araújo, Emília Maria Danta Soeiro https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/560 Qualidade de Vida Tardia em Receptores de Transplante Renal 2024-05-09T06:36:44-03:00 Renata Namie Yoshioka Kimura rehnamie@gmail.com Pedro Henrique Haisi Amaral Camargo pedro_amaral14@yahoo.com Paulo Eduardo Dietrich Jaworski pj@paulojaworski.com.br <p class="p1"><strong>Introdução:</strong> Com o aumento da expectativa de vida, houve também crescimento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, como a doença renal crônica (DRC). O tratamento de escolha da DRC terminal é o transplante renal (TR), via doador vivo (DV) ou falecido (DF). São escassos os dados na literatura sobre a qualidade de vida (QV) em pacientes transplantados e a correlação com a origem do enxerto. <strong>Objetivos:</strong> Analisar a QV em pacientes submetidos a TR antes de 2012, no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. <strong>Métodos:</strong> Este é um estudo transversal observacional. Foram selecionados pacientes submetidos a TR até 2012, sendo a amostra composta por 24 pacientes do sexo feminino (61,5% de DF) e 19 do sexo masculino (38,5% de DF). Foi aplicado o questionário Short Form-36 (SF-36). Os dados foram tabulados em Excel<span class="s1">® </span>e analisados estatisticamente. <strong>Resultados:</strong> Pacientes com DF apresentaram 39 meses excedentes de diálise (p = 0,017) e maiores níveis iniciais medianos de creatinina do que o grupo de DV (D1: p = 0,001, D3 e D7: <em>p</em> &lt; 0,001), com maior decaimento mensal nos 8 anos de TR (<em>p</em> &lt; 0,001) e menores níveis de creatinina nos 7º (<em>p</em> = 0,008) e 8º anos (<em>p</em> = 0,037). Com relação ao questionário SF-36, o único domínio estatisticamente significante foi “saúde mental”, melhor no grupo de DF (<em>p</em> = 0,008). <strong>Conclusão:</strong> A QV de pacientes transplantados por DV e DF não apresentou diferença significativa, exceto em saúde mental, que foi melhor em DF. Os achados de creatinina foram melhores nos 7º e 8º anos em DF, com taxas maiores na 1ª semana pós-TR, apontando decaimento temporal no grupo de DF.</p> 2024-06-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Renata Namie Yoshioka Kimura, Pedro Henrique Haisi Amaral Camargo, Paulo Eduardo Dietrich Jaworski https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/592 Avaliação de Fatores Clínicos na Evolução de Pacientes Transplantados Cardíacos: Estudo de Coorte Retrospectivo Unicêntrico 2024-04-11T09:29:46-03:00 Gabriela Vieira de Paula gvieiradepaula@gmail.com Adriele Fogaça Costa adriele.fog@gmail.com Nathalia Alves Viana nati_alvesviana@hotmail.com Claudia Maria Silva Cyrino claudia.cyrino@unesp.br Marcello Laneza Felicio marcello.felicio@unesp.br Flávio de Souza Brito flavio.brito@unesp.br Daniela Ponce daniela.ponce@unesp.br <p class="p1"><strong>Introdução:</strong> Após o transplante cardíaco (TxC), alguns pacientes continuam a apresentar mortalidade desproporcionalmente alta. <strong>Objetivos:</strong> Investigar quais variáveis clínicas estão associadas à sobrevida após o TxC. <strong>Métodos:</strong> Estudo do tipo coorte retrospectivo, unicêntrico, com 55 pacientes submetidos a TxC no período de maio de 2019 a abril de 2023. <strong>Resultados</strong>: A regressão logística identificou, como variáveis associadas ao óbito, o aumento da creatinina no pós-operatório imediato (POI) (<em>p</em> = 0,0067), a resistência vascular pulmonar (RVP) (p = 0,0185) e a pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP) prévios ao TxC (<em>p</em> = 0,0415). Ao construir a curva ROC (receiver operating characteristic curve) com o delta do aumento da creatinina nas primeiras 24 horas do pós-operatório, o ponto de corte foi de 0.35 mg/dL, a sensibilidade de 0,76 e a especificidade de 0,90. Na curva ROC para a RVP, o ponto de corte foi de 2,23 unidades Woods (WU), com sensibilidade de 0,79 e especificidade de 0,72. Na curva ROC para a PSAP, o ponto de corte foi de 40,50 mmHg, com sensibilidade de 0,89 e especificidade de 0,86. <strong>Conclusão:</strong> Aumento da creatinina para valor maior ou igual a 0,35 mg/dL nas primeiras 24 horas, PSAP com valores superiores a 40,5 mmHg e aumento da RVP para valor acima de 2,23 WU estão associados ao aumento das taxas de mortalidade hospitalar após o TxC.</p> 2024-07-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Gabriela Vieira de Paula, Adriele Fogaça Costa, Nathalia Alves Viana, Claudia Maria Silva Cyrino, Marcello Laneza Felicio, Flávio de Souza Brito; Daniela Ponce https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/526 Fatores Associados ao Letramento em Saúde Limitado de Pacientes Submetidos ao Transplante Renal 2024-05-09T12:54:53-03:00 Marcos Paulo Marinho Montelo marcosmontelo@hotmail.com Jules Ramon Brito Teixeira julesramon@gmail.com Karine Anusca Martins karine_anusca@ufg.br Edna Regina Silva Pereira ersp13@gmail.com <p class="p1"><strong>Introdução:</strong> O letramento em saúde (LS) limitado está associado a maiores dificuldades de autogerenciamento em saúde e a resultados desfavoráveis em pacientes com doença renal crônica (DRC) submetidos ao transplante renal (TxR). Este estudo objetivou analisar os fatores associados ao LS limitado em pacientes submetidos ao TxR. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de estudo transversal, analítico, realizado com 129 pacientes de um hospital referência em TxR de Goiânia, estado de Goiás, Brasil. Foi aplicado um questionário estruturado contendo variáveis sociodemográficas, ocupacionais, de hábitos de vida, clínicas e laboratoriais. O nível de LS foi avaliado pelo Brief Test of Functional Health Literacy in Adults (B-TOFHLA). <strong>Resultados:</strong> A prevalência de LS limitado foi de 34,1%. Na análise bivariada, observaram-se maiores prevalências de LS limitado em ensino fundamental [razão de prevalência (RP) = 1,85; intervalo de confiança (IC95%) 1,13-3,06], menor renda familiar mensal RP = 2,00; IC95% 1,17-3,43), não ter acesso à internet no domicílio (RP = 1,83; IC95% 1,07-3,10) e não trabalhar (RP = 2,29; IC95% 1,12-4,68). No modelo multivariado final, mantiveram-se associados ao LS limitado: ter ensino fundamental (RP: 1,72; IC95% 1,04-2,83) e não trabalhar (RP: 2,14; IC95% 1,05-4,35). Ter ensino fundamental completo e não trabalhar fortaleceram a prevalência de LS limitado em 72% e mais que duas vezes, respectivamente. <strong>Conclusão:</strong> A prevalência de LS limitado na população estudada está associada à maior vulnerabilidade socioeconômica.</p> 2024-06-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Marcos Paulo Marinho Montelo, Jules Ramon Brito Teixeira, Karine Anusca Martins, Edna Regina Silva Pereira https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/565 O Uso de Técnicas para Controle de Qualidade Microbiológico Adotadas em um Banco de Tecidos Humanos 2024-02-07T12:59:08-03:00 Carlos Alexandre Curylofo Corsi carlos_ccorsi@hotmail.com Katia Carmen Gabriel Scarpelini kcagabriel@yahoo.com.br Rodolfo Leandro Bento dorfo.rodolfo@hotmail.com Alan Vinicius Assunção-Luiz assuncao@alumni.usp.br Flávio Luís Garcia flavio@fmrp.usp.br Luís Gustavo Gazoni Martins gustgazon@hotmail.com <p>A Portaria de Consolidação n. 4, de 28 de setembro de 2017, do Ministério da Saúde, dispõe sobre a avaliação dos serviços destinados aos bancos de tecidos humanos (BTH) quanto ao controle microbiológico dos ambientes (sala de processamento classificação ISO 5) e dos produtos (cultura para patógenos aeróbicos, anaeróbicos e fungos), visando a garantia de inocuidade nos transplantes de tecidos. <strong>Objetivos:</strong> Evidenciar as técnicas para controle microbiológico dos tecidos distribuídos, adotadas por um BTH em 5 anos, assim como os resultados obtidos pela aplicação e uso dessas técnicas. <strong>Métodos:</strong> Por meio de procedimentos operacionais padrão (POP), foram estabelecidas previamente a metodologia e a frequência das coletas, dos exames e da limpeza das salas. Foram coletadas culturas microbiológicas dos tecidos em todas as captações e processamentos. Além disso, durante o processamento do tecido, amostras das digitais nas luvas do processador e na sala de processamento foram semeadas em placas ágar sangue. Semanalmente, a sala de processamento foi limpa com “biguanida + quaternário de amônia”, sendo a bancada de processamento higienizada com álcool 70% estéril e o controle ambiental microbiológico realizado semestralmente, por empresa terceirizada e qualificada. <strong>Resultados:</strong> No período analisado, as técnicas se mostraram eficazes em 46 (96%) casos, tendo sido identificada contaminação em apenas duas (4%) amostras processadas e coletadas. A eficência e os resultados foram documentados. <strong>Conclusão: </strong>Métodos eficazes de controle de qualidade biológico são legitimamente obrigatórios, porém passíveis de aperfeiçoamento, suscitando a necessidade do desenvolvimento de protocolos seguros para qualidade dos servi.os e inocuidade dos tecidos transplantados.</p> 2024-03-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Carlos Alexandre Curylofo Corsi, Katia Carmen Gabriel Scarpelini, Rodolfo Leandro Bento, Alan Vinicius Assunção-Luiz, Flávio Luís Garcia , Luís Gustavo Gazoni Martins https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/604 Fatores Associados ao Tempo de Espera no Transplante Hepático 2024-07-15T08:10:48-03:00 João Gabriel Vicentini Karvat joaokarvat@hotmail.com Gabriela do Rego Monteiro gabimonteiro@gmail.com Julia Gabriela Oliveira Marchiori juliamarchiori1@hotmail.com Matteus Cesar Miglioli matteusmiglioli@gmail.com Natália Bernardi Ribeiro nata-bernardi@gmail.com Jean Rodrigo Tafarel jeantafarel@hotmail.com <div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p><strong>Objetivos:</strong> O transplante hepático (TH) é a principal terapia para pacientes com cirrose ou insuficiência hepática fulminante. No entanto, há uma desproporção entre a demanda e a disponibilidade de órgãos, de modo que a mortalidade na lista de espera variou de 20 a 38% quando o único critério de alocação era o tempo de inclusão na lista de espera. O Brasil adotou então o escore Model for End-stage Liver Disease (MELD), com objetivo de priorizar pacientes com maior risco de morte para TH. Portanto, este estudo teve como objetivo determinar fatores associados ao tempo de espera para TH. <strong>Métodos:</strong> Estudo de coorte retrospectivo de pacientes adultos listados para TH de outubro de 2012 a dezembro de 2019 em um único estado do Brasil. <strong>Resultados:</strong> Foram analisados 1.262 pacientes no estudo [869 homens, 68,91%; mediana de idade, 53,33 ± 11,48 anos; mediana de tempo em lista de espera, 103,88 ± 162,05 dias; mediana do escore MELD Sódio (MELD-Na) de 22,41 ± 6,09]. A cirrose hepática alcoólica (n = 369; 29,24%) e a hepatite viral crônica (n = 295; 23,38%) foram os motivos mais prevalentes para TH. Os grupos sanguíneos O (n = 534; 42,31%) e A (n = 474; 37,56%) prevaleceram entre os receptores. A capital do estado e sua região metropolitana foram responsáveis por 91,20% (n = 1.151) de todos os transplantes de fígado realizados. A maioria dos doadores era falecida (n = 1.258; 99,68%). Pacientes com escores MELD-Na &gt; 21 (<em>p</em> &lt; 0,001), grupo sanguíneo não O (<em>p</em> = 0,002), idade &lt; 53 anos (<em>p</em> = 0,003) e listados ≥ 2017 permaneceram ≤ 30 dias em lista de espera (<em>p</em> &lt; 0,001). <strong>Conclusão:</strong> Um período ≤ 30 dias na lista de espera de TH foi associado a pontuações MELD-Na mais altas, idades mais baixas, grupos sanguíneos não O e listagens de TH antes de 2017.</p> </div> </div> </div> </div> 2024-09-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 João Gabriel Vicentini Karvat, Gabriela do Rego Monteiro, Julia Gabriela Oliveira Marchiori, Matteus Cesar Miglioli, Natália Bernardi Ribeiro, Jean Rodrigo Tafarel https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/553 Impacto da Pandemia da SARS-CoV-2 nas Doações de Tecidos Oculares para Transplantes em Hospital Universitário 2024-01-03T09:35:30-03:00 Adriana Carla de Miranda Magalhaes adriana.magalhaes@ebserh.gov.br Edna Andrea Pereira de Carvalho edna.andrea@ebserh.gov.br Joel Edmur Boteon joelboteon@yahoo.com Luciana Cristina dos Santos Silva luciana.csantos@ebserh.gov.br Tatiane Batista Chaves de Faria tatiane.faria@ebserh.gov.br Rene Coulaud Santos da Costa Cruz rene.costa@ebserh.gov.br Silvia Zenobio Nascimento silvia.zenobio@ebserh.gov.br <p><strong>Objetivos:</strong> Analisar o impacto da pandemia da síndrome respiratória aguda grave do coronavírus 2 (SARS-CoV-2) nas doações de tecidos oculares quanto às perdas de oportunidade de potenciais doadores devido à suspensão das captações e às mudanças nos critérios de elegibilidade, nas taxas de elegibilidade hospitalar de doadores e causas de não doação. <strong>Métodos:</strong> Foram analisados dados de pacientes falecidos em parada cardiorrespiratória (PCR) em um hospital universitário brasileiro em 2020. Compararamse o número de doações efetivadas, o número de óbitos potencialmente elegíveis para doação e as causas de não doação nos três períodos de 2020: período 1, pré-pandemia (1 de janeiro a 18 de março de 2020), período 2, com suspensão de doações em PCR (19 de março a 19 de setembro de 2020), e período 3, de captações com triagem epidemiológica para SARS-CoV-2 e redução da faixa etária de doadores até 65 anos (20 de setembro a 31 de dezembro de 2020). <strong>Resultados:</strong> Houve 710 óbitos por morte circulatória em 2020. A taxa de elegibilidade hospitalar foi de 5,7% em 140 óbitos no período 1, 11,9% de 395 pacientes durante a suspensão da captação no período 2 e 3,4% de 175 pacientes durante as restrições da faixa etária e triagem para doença do coronavírus 2019 (COVID-19) (p = 0,004). Os 47 pacientes falecidos no período 2 representaram perda de oportunidade de doação devido à suspensão das captações e 13 (7,6%) dos 175 pacientes no período 3 não foram elegíveis devido à redução da faixa etária. Dentre os elegíveis sem contraindicação clínica, 81% dos 75 pacientes tiveram limitação na oferta de doação devido às restrições da pandemia. Apenas um paciente foi considerado inelegível para doação devido à triagem clínico-epidemiológica para SARSCoV-2. As infecções graves foram a principal causa de não doação em 50,7, 48,1 e 47,4% dos óbitos nos três períodos (p = 0,615). <strong>Conclusão:</strong> A pandemia de SARS-CoV-2 afetou significativamente a captação de tecidos oculares para transplantes devido às medidas restritivas implementadas por motivos de segurança, resultando na perda de oportunidade de doação para 81% das famílias. As taxas de elegibilidade de potenciais doadores foram reduzidas significativamente pela restrição de faixa etária. As infecções graves foram a principal causa de não doação de tecidos oculares, porém, neste estudo, não houve aumento significativo durante o período pandêmico estudado.</p> 2024-05-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Adriana Carla de Miranda Magalhaes, Edna Andrea Pereira de Carvalho, Joel Edmur Boteon, Luciana Cristina dos Santos Silva, Tatiane Batista Chaves de Faria, Rene Coulaud Santos da Costa Cruz , Silvia Zenobio Nascimento https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/586 Complicações Pós-Operatórias em Pacientes Transplantados Renais em Centro de Transplantes do Sul de Minas Gerais 2024-06-27T07:33:17-03:00 Bruno Matida Bonando bmbonan@gmail.com Francisco Samuel Silva de Freitas ffreitas.samuel@gmail.com Vinicius Gobbi vinicius.gobbi@uol.com.br Beatriz Soares Fagundes e Silva beatrizsfagundes@hotmail.com Luciano Magalhães Vitorino lucianoenf@yahoo.com.br José Henrique Gomes Torres josehenrique_gt@yahoo.com.br <p><strong>Introdução:</strong> As complicações vasculares, urológicas e clínicas podem ocorrer em pacientes submetidos ao transplante renal. Diversos fatores podem influenciar a ocorrência desses eventos, frequentemente demandando reinternações hospitalares. Os serviços de transplantes geralmente se encontram em grandes centros urbanos. No sul do estado de Minas Gerais (MG), há uma cidade com população menor que 100 mil habitantes que dispõe de serviço de transplante. Não há disponível na literatura a prevalência de complicações pós-operatórias em pacientes operados em pequenos centros populacionais. <strong>Objetivos:</strong> O objetivo do estudo foi descrever as complicações pós-operatórias de pacientes submetidos ao transplante renal em serviço de uma pequena cidade do sul de MG. <strong>Métodos:</strong> Estudo retrospectivo e descritivo. Utilizaram-se os prontuários digitalizados de pacientes submetidos ao transplante renal (n = 55) no período de 2015 a 2020. <strong>Resultados:</strong> Dos 55 pacientes analisados, 28 (50,9%) estavam na faixa etária de 40 a 59 anos. A maioria era de indivíduos brancos [41 (74,5%)]. A principal etiologia da doença renal crônica foi de caráter indeterminado (40%). As complicações ocorreram em 61,8% dos pacientes, sendo a maioria de causa cirúrgica (52,9%), especialmente de origem vascular. Não houve diferença significativa na taxa de complicações em relação às variáveis sociodemográficas e clínicas (<em>p</em> &gt; 0,05), exceto quanto à variável hemodiálise (<em>p</em> &lt; 0,001). <strong>Conclusão:</strong> As complicações cirúrgicas vasculares apresentaram maior prevalência no pós-operatório de pacientes submetidos ao transplante renal em serviço situado em pequena cidade do sul de MG.</p> 2024-08-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Bruno Matida Bonando, Francisco Samuel Silva de Freitas, Vinicius Gobbi, Beatriz Soares Fagundes e Silva, Luciano Magalhães Vitorino, José Henrique Gomes Torres https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/616 Processo de Doação de Órgãos Sólidos: Correlação entre Perfil, Aprendizagem e Indicação do Curso 2024-08-04T15:07:32-03:00 Juliana Guareschi dos Santos julianaguareschi05@gmail.com Dayana Aparecida Martins Correa Calado dayana.calado@einstein.br Jose Maria do Nascimento Neto jose.nascimento@einstein.br Heloisa Barboza Paglione heloisa.paglione@einstein.br Silvia Regina Morgado silvia.morgado@einstein.br Jose Eduardo Afonso Junior jose.ejunior@einstein.br Wander Plassa da Silva wanderplassa@gmail.com <p><strong>Objetivos:</strong> Conhecer o perfil dos profissionais capacitados no processo de doação de órgãos sólidos, analisar o resultado de sua aprendizagem antes e após o curso, e correlacionar perfil e atuação do profissional com sua aprendizagem e indicação do curso.<strong> Métodos:</strong> Estudo retroprospectivo, quantitativo, analítico-descritivo com participantes do curso Processo de Doação de Órgãos Sólidos para Profissionais de Saúde. Utilizaram-se questionários online sobre perfil profissional, atuação na área de doação de órgãos, avaliação de conhecimento e indicação do curso. As análises e correlações foram verificadas com os testes de McNemar, postos de Spearman e ponto-bisserial.<strong> Resultados:</strong> Dos 130 profissionais, 62% eram enfermeiros, 38% médicos, 35% emergencistas, 26% intensivistas e 42% tinham mais de 10 anos de formação. Para o perfil de atuação na área de doação de órgãos, os profissionais relataram ter participado em até cinco casos em cada uma das seguintes etapas: 44% no protocolo de morte encefálica, 56% na entrevista familiar e 60% no processo de doação de órgãos. A taxa de retenção de conhecimento da turma foi de 26,7%, sendo a dos médicos 29,5% e a dos enfermeiros 24,8%. A indicação do curso foi avaliada seguindo o indicador Net Promoter Score (NPS), estando na zona de promotores. A correlação entre os grupos foi positiva e estatisticamente significante para os atuantes na emergência, com mais de 5 anos de formação e com mais de cinco casos relatados sobre as etapas questionadas na doação de órgãos. Não foi identificada correlação significativa dessas variáveis sobre a indicação do curso. <strong>Conclusão:</strong> O curso contribuiu para a aprendizagem dos profissionais com maior tempo de formação, maior experiência prévia nas etapas do processo de doação de órgãos e atuantes no setor de emergência.</p> 2024-09-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Juliana Guareschi dos Santos, Dayana Aparecida Martins Correa Calado, Jose Maria do Nascimento Neto, Heloisa Barboza Paglione , Silvia Regina Morgado, Jose Eduardo Afonso Junior , Wander Plassa da Silva https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/563 Agonistas do Receptor de Peptídeo Semelhante ao Glucagon-1 em Transplantados Renais - Estudo Retrospectivo de um Centro Hospitalar 2024-03-20T11:37:04-03:00 Joana Freitas joanacfreitas@gmail.com José Silvano jose.silvano.nefrologia@chporto.min-saude.pt Catarina Ribeiro catarina.ribeiro.nefrologia@chporto.min-saude.pt Jorge Malheiro jmalheiro.nefrologia@chporto.min-saude.pt Sofia Pedroso sofiapedroso.nefrologia@chporto.min-saude.pt Manuela Almeida manuelaalmeida.nefrologia@chporto.min-saude.pt Isabel Fonseca ifonseca.nutricao@chporto.min-saude.pt La Salete Martins lasaletemartins.nefrologia@chporto.min-saude.pt <p><strong>Objetivos:</strong> A incidência de diabetes pós-transplante e o aumento do risco cardiovascular entre os receptores de transplante estão em ascensão. Os agonistas do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon têm o potencial de mitigar os efeitos dos medicamentos imunossupressores, abordando tanto a hiperglicemia quanto o aumento de peso, o que os torna atrativos para uso nesta população, dadas as suas vantagens cardiovasculares e renoprotetoras. No entanto, a evidência atual é insuficiente sobre a sua eficácia em receptores de transplante renal diabéticos (RTRD). <strong>Métodos:</strong> O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar a eficácia e segurança dos agonistas do peptídeo semelhante ao glucagon-1 em RTRD. O foco principal foi avaliar o seu impacto em vários parâmetros, tais como níveis de hemoglobina A1c, índice de massa corporal (IMC), perfil lipídico, níveis de hemoglobina, função do enxerto renal (taxa de filtração glomerular estimada [TFGe]) e relação proteína-creatinina urinária. <strong>Resultados:</strong> Durante um período de observação mediano de 18 meses, esta investigação incluiu 64 pacientes transplantados renais. A TFGe mediana no início foi de 61,9 mL/min/1,73 m<sup>2</sup> e permaneceu estável durante o acompanhamento. A mediana da HbA1c diminuiu de 7,5 para 7% (IC95%; p &lt; 0,002). Também foi observada uma melhoria significativa no IMC e no perfil lipídico. Não foram observadas mudanças significativas nos níveis medianos de creatinina e relação proteína:creatinina urinária. Nenhum efeito colateral justificou a descontinuação do medicamento. <strong>Conclusão:</strong> Este estudo mostra que o uso de agonistas do peptídeo semelhante ao glucagon é viável e bem tolerado em RTRD, sem efeitos colaterais significativos observados. Estudos subsequentes são necessários para explorar se esta terapêutica pode melhorar efetivamente a sobrevida do aloenxerto nesses pacientes.</p> 2024-04-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Joana Freitas, José Silvano, Catarina Ribeiro, Jorge Malheiro, Sofia Pedroso, Manuela Almeida, Isabel Fonseca, La Salete Martins https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/579 Estudo Descritivo do Brazilian Journal of Transplantation: Uma Análise Bibliométrica 2024-04-06T18:25:20-03:00 Bruno Pellozo Cerqueira bruno.pellozo@unifesp.br Thays Sellan Paim sellan.paim@unifesp.br André Kiyoshi Miyahara andre.kiyoshi@unifesp.br Alexandre Vizzuso-Oliveira alexandre.vizzuso@unifesp.br Lara Baladi Garcia lara.baladi@unifesp.br Denis Campos Silva denis.campos@unifesp.br llka de Fátima Santana Ferreira Boin ilkaboin@yahoo.com Érika Bevilaqua Rangel erikabr@uol.com.br <p><strong>Introdução:</strong> O transplante de órgãos e tecidos desempenha um papel fundamental no tratamento de doenças crônicas avançadas. No Brasil, essa área tem registrado um crescimento significativo, impulsionado pela pesquisa científica e pelo aumento do número de procedimentos. O <em>Brazilian Journal of Transplantation</em> (BJT) tem um papel fundamental na disseminação do conhecimento nesta área de pesquisa. <strong>Objetivos:</strong> Realizar uma análise bibliométrica abrangente dos artigos publicados no BJT para identificar tendências e características dos artigos relacionados ao transplante de órgãos e tecidos. <strong>Métodos:</strong> Foi realizada uma análise bibliométrica dos artigos relacionados ao transplante de órgãos e tecidos publicados no BJT no período de 2005 a 2023. Foram coletados e analisados dados referentes ao ano de publicação, número de autores, sexo do primeiro e do último autor, país e região do primeiro autor, tipo de transplante abordado, tipo de estudo e metodologia empregada. <strong>Resultados:</strong> Foram analisados 433 artigos relacionados ao transplante de órgãos e tecidos no BJT. Os artigos relacionados ao transplante hepático foram os mais prevalentes (29,1%), seguidos pelo transplante renal (28,6%). Os estudos originais foram os mais frequentes (58,4%), seguidos das revisões (21,7%). Entre os estudos originais, os observacionais retrospectivos representaram 46,6%. Quanto à representação por sexo, as mulheres foram primeiras autoras em 59,6% das publicações e últimas em 46,7%. A Região Sudeste representou 53,2% do total de publicações de autores brasileiros, sendo o estado de São Paulo responsável por 42,7% das publicações nacionais. <strong>Conclusão:</strong> Nosso estudo fornece informações valiosas sobre o desenvolvimento e a distribuição da pesquisa em transplantes no Brasil. Destaca áreas que necessitam de atenção e intervenção, como a promoção de colaborações inter-regionais, investimentos em infraestrutura em regiões menos desenvolvidas e iniciativas para garantir equidade de gênero na pesquisa médica.</p> 2024-08-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Bruno Pellozo Cerqueira, Thays Sellan Paim, André Kiyoshi Miyahara, Alexandre Vizzuso-Oliveira, Lara Baladi Garcia, Denis Campos Silva, llka de Fátima Santana Ferreira Boin, Érika Bevilaqua Rangel https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/614 Associação da Monitorização Terapêutica de Tacrolimo com Marcadores Laboratoriais de Função Renal em Receptores de Aloenxerto Renal 2024-07-31T18:26:04-03:00 Livia de Oliveira Albuquerque liviaalbuquerque16@outlook.com Alene Barros de Oliveira barrosalene@gmail.com Francinaldo Filho Castro Monteiro francinaldocastrof123@gmail.com Tiago Lima Sampaio tiagosampaio@ufc.br Ramon Róseo Paula Pessoa Bezerra de Menezes ramonppessoa@ufc.br <div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p><strong>Introdução:</strong> O transplante renal constitui o tipo de transplante mais realizado no Brasil. O tacrolimo é um dos principais fármacos utilizados na terapia imunossupressora pós-transplante e possui como um de seus principais efeitos adversos a nefrotoxicidade. Os exames laboratoriais de avaliação da função renal possuem grande importância no acompanhamento de pacientes pós-transplante renal, auxiliando no diagnóstico de eventos indicativos de disfunção do enxerto.<strong> Objetivo:</strong> O presente estudo objetivou avaliar a associação entre alterações laboratoriais de função renal e os níveis sanguíneos de tacrolimo em pacientes pós-transplante renal. <strong>Métodos:</strong> Estudo observacional, analítico e transversal. Foram analisados os resultados dos níveis sanguíneos de tacrolimo e das dosagens de ureia, creatinina e estimativa da Taxa de Filtração Glomerular (eTFG), bem como os dados sociodemográficos de receptores de transplante renal acompanhados em um hospital universitário, que realizaram exames laboratoriais entre os meses de janeiro de 2021 e <span style="font-size: 0.875rem;">julho de 2022 no período próximo a 1 ano após a realização do transplante. As variáveis analisadas na pesquisa foram colhidas a partir dos registros dos prontuários dos pacientes e posteriormente analisadas, as análises estatísticas consideraram <em>p</em> &lt; 0,05. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Walter Cantídio sob o parecer número 5.436.434 e CAAE número 57396622.1.0000.5045. <strong>Resultados:</strong> A amostra foi composta, majoritariamente, pelo sexo masculino, cor parda, idade média de 51,5 anos (DP ± 12,5) e de cidades do interior do Ceará. Quanto ao percentual de pacientes com alterações laboratoriais, 50,62% (n = 45) deles apresentaram alterações dos níveis sanguíneos de tacrolimo; ainda, 56,79% (n = 46) apresentaram alterações na dosagem de creatinina sérica, 49,38% (n = 40) apresentaram alterações na dosagem de ureia sérica e 59,26% (n = 48) apresentaram uma eTFG alterada. As análises de correlação realizadas sugeriram uma baixa significância entre variações das variáveis estudadas. <strong>Conclusão:</strong> Os resultados obtidos sugerem não existir relação entre variações das concentrações sanguíneas de tacrolimo e o surgimento de alterações nos resultados de biomarcadores renais clássicos ao final do primeiro ano pós-transplante. Entretanto, faz-se necessária a realização de novos estudos para uma maior compreensão do impacto causado por alterações dos níveis sanguíneos de tacrolimo na função renal de receptores de aloenxerto renal.</span></p> </div> </div> </div> </div> 2024-09-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Livia de Oliveira Albuquerque , Alene Barros de Oliveira, Francinaldo Filho Castro Monteiro, Tiago Lima Sampaio, Ramon Róseo Paula Pessoa Bezerra de Menezes https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/546 Inibidores do Cotransportador de Sódio-Glicose 2 em Receptores de Transplante Renal – um Estudo Retrospectivo de Centro Único 2023-11-15T18:54:55-03:00 Joana Freitas joanacfreitas@gmail.com José Teixera Francisco joseantoniofrancisco93@gmail.com Miguel Trigo Coimbra miguelcoimbra12@gmail.com Renata Carvalho renatavieiracarvalho1993@gmail.com Sara Vilela sararbvilela@gmail.com José Luís Silvano jlcsilvano@gmail.com Catarina Ribeiro catarina.isabel.ribeiro@gmail.com Jorge Malheiro jmalheiro.nefrologia@chporto.min-saude.pt Sofia Pedroso sofialpedroso@gmail.com Manuela Almeida manuela.almeida10@gmail.com Isabel Fonseca ifonseca.nutricao@chporto.min-saude.pt La Salete Martins lasaletemartins.nefrologia@chporto.min-saude.pt <p><strong>Introdução:</strong> Considerando o aumento da incidência de diabetes pós-transplante e o elevado impacto cardiovascular entre os receptores de transplantes, este facto faz com que o uso de inibidores de SGLT2 nesse grupo seja atrativo devido aos seus benefícios cardiovasculares e renoprotetores. No entanto, há escassez de evidência nos receptores de transplante renal com diabetes devido a preocupações com possíveis danos ao enxerto renal e efeitos adversos. <strong>Métodos:</strong> Este estudo retrospectivo foi elaborado para avaliar a eficácia e segurança dos inibidores de SGLT2 em receptores de transplante renal (KTRs). O foco principal foi avaliar o seu impacto em parâmetros como níveis de hemoglobina A1c, índice de massa corporal (IMC), perfil lipídico, níveis de hemoglobina, função do enxerto renal (taxa de filtração glomerular estimada) e relação proteína/creatinina urinária. <strong>Resultados:</strong> Um total de 75 pacientes receptores de transplante renal foram incluídos em nossa investigação. O estudo abrangeu um período de observação mediano de 18 (2,0–71,0) meses. A taxa média de filtração glomerular estimada no início foi de 61,9 (26–120) mL/min/1,73 m2 e permaneceu estável durante o acompanhamento. A mediana da HbA1c diminuiu de 7,5 para 7,0% (IC 95%; p&lt;0,002). A melhora significativa no IMC (IC 95%; p&lt;0,001) e no perfil lipídico (IC 95%; p&lt;0,05) também foram observados. A taxa média de hemoglobina no início foi de 13,5g/dL e melhorou modestamente no final do acompanhamento para 13,7g/dL (p=0,12). Em relação à relação proteína/creatinina urinária, os níveis aumentaram ligeiramente, mas não significativamente [+0,05 g/g (p=0,9)]. Numa análise de subgrupo post-hoc, a taxa de infecções do trato urinário foi baixa (10%). Nenhum outro efeito colateral foi observado durante o curso do tratamento. <strong>Conclusões:</strong> Este estudo demonstra que a administração de inibidores de SGLT2 é viável e bem tolerada, sem efeitos colaterais notáveis em receptores de transplante renal. No entanto, a questão de saber se a inibição do SGLT2 pode efetivamente reduzir a mortalidade cardiovascular e melhorar a sobrevida do enxerto nesses pacientes permanece a ser explorada em estudos subsequentes.</p> 2024-01-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Joana Freitas, José Teixera Francisco, Miguel Trigo Coimbra, Renata Carvalho, Sara Vilela, José Luís Silvano, Catarina Ribeiro, Jorge Malheiro, Sofia Pedroso, Manuela Almeida, Isabel Fonseca, La Salete Martins https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/530 Análise Perioperatória dos Pacientes Submetidos a Transplante Hepático no Hospital de Clínicas da Unicamp no Contexto da Pandemia de SARS-Cov-2 2023-11-02T05:37:56-03:00 Marcos Melo msmelo@unicamp.br Adilson Roberto Cardoso adilsonrcardoso@gmail.com Cristina Aparecida Arrivabene Caruy cristinacaruy@gmail.com Derli Conceição Munhoz derli@unicamp.br Sérgio San Juan Dertkigil sergiosj@unicamp.br André Henrique Miyoshi andremiyoshi@gmail.com Thierry Lodomez Mecchi thierrymecchi@gmail.com Isabeli Camila Miyoshi isabelimiyoshi@gmail.com Simone Reges Perales aa@bjt.com.br Elaine Cristina de Ataíde aa@bjt.org Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin ilkaboin@yahoo.com <p><strong>Introdução:</strong> A pandemia causada pelo SARS-CoV-2 teve início no ano de 2020 e ocasionou mudanças importantes no número de transplantes realizados nos hospitais e nos protocolos de admissão de candidatos para realização do procedimento. A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) recomendava não realizar transplante de doadores com infecção COVID-19 ativa, teste positivo ou com Síndrome Respiratória Aguda Grave. As repercussões hepáticas relacionadas a COVID-19 são apresentadas em alguns relatos presentes na literatura médica. Estão bem documentadas as alterações hepáticas decorrentes de outros coronavírus tais como SARSCoV e MERS-CoV. O Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas é um centro terciário que realiza transplantes de órgãos sólidos. <strong>Objetivos:</strong> Realizar a análise retrospectiva descritiva perioperatória dos transplantes hepáticos no contexto da pandemia por SARS-CoV-2 realizados no hospital das clínicas da Universidade Estadual de Campinas no período de março de 2020 a julho de 2021. <strong>Materiais e Métodos:</strong> Estudo retrospectivo, descritivo de coorte longitudinal baseado na revisão dos prontuários dos pacientes submetidos ao transplante hepático no contexto da pandemia por SARS-CoV-2 no período de março de 2020 a julho de 2021 no hospital de clínicas da Universidade Estadual de Campinas. <strong>Resultados:</strong> A análise retrospectiva foi realizada em 57 pacientes no período. Apenas 1 paciente precisou ser excluído por ter menos de 18 anos. Dos 56 pacientes, 52 realizaram coleta do exame laboratorial RT-PCR e tomografia (TC) de tórax. Desses 52 pacientes apenas 2 positivaram o exame, um pré transplante (TX) e um no pós-operatório (pós-op). Em relação às TC de tórax nenhuma apresentava alterações típicas para COVID pré-TX, no pós-op 4 pacientes apresentaram TC típicas. A média de idade foi de 55,86 anos. A taxa de mortalidade foi de 38% e nenhum óbito foi atribuído ao COVID 19. A escala de MELDNa média foi de 20,94. <strong>Conclusão:</strong> O presente estudo realizado no Hospital de Clínicas da Unicamp analisou a associação clínica, laboratorial e radiológica para melhor elucidar as variáveis determinadas pela COVID-19 no seu diagnóstico e manejo intra-hospitalar. Conclui-se que a pandemia por SARS-CoV-2 teve impacto na rotina de realização do transplante hepático mundialmente e no serviço no qual o estudo foi realizado.</p> 2024-02-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Marcos Melo, Adilson Roberto Cardoso, Cristina Aparecida Arrivabene Caruy, Derli Conceição Munhoz, Sérgio San Juan Dertkigil, André Henrique Miyoshi , Thierry Lodomez Mecchi, Isabeli Camila Miyoshi , Elaine Cristina de Ataíde, Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/545 Perfil e Avaliação Social de Candidatos a Transplante de Fígado: Uma Abordagem Retrospectiva 2023-12-17T17:54:37-03:00 Luzia Cristina de Almeida Serrano cristinna.serrano@gmail.com Vinícius Araújo Pereira v.adm1997@hotmail.com Rafael Mangas Barbeiro rafa3dz@gmail.com William José Duca williamjduca72@gmail.com Rita de Cássia Martins Alves da Silva ritasilva@famerp.br Paulo César Arroyo Júnior pauloarroyojr@gmail.com Jemima Domingos Lemes servicosocialtransplantes@hospitaldebase.com.br Allana C. Fortunato fortunato_a@hotmail.com Adriano Virches servicosocialtransplanteshb@gmail.com Eliane Tiemi Miyazaki 30279@unilago.edu.br Adília Maria Pires Sciarra adilia@famerp.br Renato Ferreira da Silva renato.silva@edu.famerp.br <p><strong>Introdução:</strong> A complexidade do transplante de fígado requer uma equipe altamente qualificada, em que o Serviço Social desempenha papel crucial para analisar e intervir na situação social dos candidatos. <strong>Objetivos:</strong> Detectar o perfil social dos candidatos ao transplante de fígado e relacioná-lo com as intervenções e reflexões efetuadas durante a avaliação social na Unidade de Transplante de Fígado do Hospital de Base. <strong>Métodos: </strong>Com base nos registros do Serviço Social, foram analisadas as informações dos candidatos avaliados entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020. Este estudo quantitativo-qualitativo, retrospectivo, descritivo e documental, com observação participante, foi conduzido a partir de um panorama dialético. <strong>Resultados</strong>: Durante o período de coleta de dados, obteve-se 174 avaliações. Perfil social: média etária de 55,8 anos, predominância masculina (N=116; 66,7%), com companheiro/a (N=129, 74,1%), residentes em municípios do estado de São Paulo (124; 71,3%), ensino fundamental incompleto (N=68, 39,1%), baixo nível de instrução (N=65; 37,4%), inatividade no mercado de trabalho (N=151; 86,8%), acessando benefício da previdência social (N=120; 69%), positiva aceitação do transplante (N=158; 90,8%), família nuclear (N=120; 69%), oferta de cuidados e aderência familiar (172; 98,9%), acesso parcial a medicamentos (N=122; 70,1%), facilidade de acesso ao centro transplantador (N=157; 90,2%), renda per capita familiar de 1\2 a 2 salários mínimos (N=107; 61,5%) e padrão habitacional e estado de conservação satisfatório/conservado (N=157; 90,3%). <strong>Conclusão</strong>: O perfil social de maior vulnerabilidade social exigiu mais intervenções na maioria das 25 variáveis avaliadas, fornecendo elementos importantes para a identificação e atendimento das necessidades sociais de cada indivíduo.</p> 2024-01-29T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Cristina Serrano; Vinícius Araújo Pereira; Rafael Mangas Barbeiro, William José Duca, Rita de Cássia Martins Alves da Silva, Paulo César Arroyo Júnior, Jemima Domingos Lemes, Allana C. Fortunato, Adriano Virches, Eliane Tiemi Miyazaki, Adília Maria Pires Sciarra, Renato Ferreira da Silva